Monitorização da Carga de Treino no Futebol ao Longo do Período Competitivo
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.15/2532 |
Resumo: | Existem fatores que podem ser manipulados no planeamento e periodização do treino, como sejam, o volume e a intensidade, sendo comum referirem-se no futebol como carga de treino. Esta pode ser dividida em externa e interna. A carga externa refere-se ao treino específico prescrito pelos treinadores, enquanto a carga interna refere-se à resposta fisiológica individual ao estímulo externo. A literatura conclui que, cada vez mais, os dados de carga externa são de extrema importância para a quantificação da carga de treino de uma forma individual e específica, e que, parece existir uma associação entre a carga externa e os indicadores observáveis e latentes de carga interna. No entanto, a sua distribuição ao longo do macrociclo numa equipa de elite de futebol profissional europeu não está ainda bem caraterizado. O objetivo do presente estudo é, a monitorização e análise da modelação da carga de treino quantificando a sua distribuição inter-microciclo (distância total, perceção subjetiva de esforço e índice Hooper), durante 10 mesociclos do período competitivo de uma equipa de elite de futebol profissional europeu, a fim de se verificar, se existe variação na carga de treino nos diferentes microciclos. Participam neste estudo, 20 jogadores profissionais de futebol (média ± DP, idade, 26,2 ± 3,9 anos; altura, 183,6 ± 6,2 cm; massa corporal, 78,8 ± 6,6 kg), com a seguinte distribuição por posição: 4 defesas centrais, 4 defesas laterais, 4 médios centro, 4 médios ala e 4 avançados. Foi utilizada a tecnologia do sistema de posicionamento global para recolha de dados de tempo-movimento, durante os microciclos de 7 dias, registados os dados de tempo de treino, distância total e perceção subjetiva de esforço, através da escala modificada por Foster (1998), durante cada sessão de treino. Os dados foram analisados através do teste paramétrico one-way ANOVA para medidas repetidas (Johnson, 1998), tenho sido verificada a esfericidade através do teste de Mauchly. Sempre que, não se verificou o pressuposto de esfericidade, utilizou-se o fator de correlação Epsilon de Greenhouse-Geisser (Box, 1954). Para a identificação das diferenças foi utilizado o teste de post-doc de Bonferroni, e o nível de significância admitido foi de p<0,05.Verificaram-se diferenças significativas na comparação do número unidades de treino, duração das sessões, número de microciclos, impulso de treino, na distância total média percorrida pelos jogadores entre mesociclo e na comparação da velocidade média utilizada. Em relação, à comparação da escala de perceção subjetiva de esforço entre mesociclos e minutos jogados pelos jogadores, não houve diferenças significativas. O Índice de Hooper, apresentou poucas variações ao longo da época alcançando o valor mais elevado no mesociclo 5 e o mais baixo no mesociclo 10. Dos resultados conclui-se que, apesar de se verificarem diferenças significativas entre os mesociclos, a variação da carga de treino ao longo da temporada para as variáveis internas e externas foi de pouca amplitude. |
id |
RCAP_dc21e4d67d06456165cde01d4a9558b8 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ipsantarem.pt:10400.15/2532 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
repository_id_str |
https://opendoar.ac.uk/repository/7160 |
spelling |
Monitorização da Carga de Treino no Futebol ao Longo do Período CompetitivoFutebolGPSPeriodizaçãoCarga de TreinoSoccerTraining LoadPeriodizationExistem fatores que podem ser manipulados no planeamento e periodização do treino, como sejam, o volume e a intensidade, sendo comum referirem-se no futebol como carga de treino. Esta pode ser dividida em externa e interna. A carga externa refere-se ao treino específico prescrito pelos treinadores, enquanto a carga interna refere-se à resposta fisiológica individual ao estímulo externo. A literatura conclui que, cada vez mais, os dados de carga externa são de extrema importância para a quantificação da carga de treino de uma forma individual e específica, e que, parece existir uma associação entre a carga externa e os indicadores observáveis e latentes de carga interna. No entanto, a sua distribuição ao longo do macrociclo numa equipa de elite de futebol profissional europeu não está ainda bem caraterizado. O objetivo do presente estudo é, a monitorização e análise da modelação da carga de treino quantificando a sua distribuição inter-microciclo (distância total, perceção subjetiva de esforço e índice Hooper), durante 10 mesociclos do período competitivo de uma equipa de elite de futebol profissional europeu, a fim de se verificar, se existe variação na carga de treino nos diferentes microciclos. Participam neste estudo, 20 jogadores profissionais de futebol (média ± DP, idade, 26,2 ± 3,9 anos; altura, 183,6 ± 6,2 cm; massa corporal, 78,8 ± 6,6 kg), com a seguinte distribuição por posição: 4 defesas centrais, 4 defesas laterais, 4 médios centro, 4 médios ala e 4 avançados. Foi utilizada a tecnologia do sistema de posicionamento global para recolha de dados de tempo-movimento, durante os microciclos de 7 dias, registados os dados de tempo de treino, distância total e perceção subjetiva de esforço, através da escala modificada por Foster (1998), durante cada sessão de treino. Os dados foram analisados através do teste paramétrico one-way ANOVA para medidas repetidas (Johnson, 1998), tenho sido verificada a esfericidade através do teste de Mauchly. Sempre que, não se verificou o pressuposto de esfericidade, utilizou-se o fator de correlação Epsilon de Greenhouse-Geisser (Box, 1954). Para a identificação das diferenças foi utilizado o teste de post-doc de Bonferroni, e o nível de significância admitido foi de p<0,05.Verificaram-se diferenças significativas na comparação do número unidades de treino, duração das sessões, número de microciclos, impulso de treino, na distância total média percorrida pelos jogadores entre mesociclo e na comparação da velocidade média utilizada. Em relação, à comparação da escala de perceção subjetiva de esforço entre mesociclos e minutos jogados pelos jogadores, não houve diferenças significativas. O Índice de Hooper, apresentou poucas variações ao longo da época alcançando o valor mais elevado no mesociclo 5 e o mais baixo no mesociclo 10. Dos resultados conclui-se que, apesar de se verificarem diferenças significativas entre os mesociclos, a variação da carga de treino ao longo da temporada para as variáveis internas e externas foi de pouca amplitude.Brito, JoãoRepositório Científico do Instituto Politécnico de SantarémCorreia, Cláudio Roberto Vieira Mendes2019-04-30T17:25:21Z2019-04-152019-04-15T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.15/2532urn:tid:202228401porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiainstacron:RCAAP2025-05-11T04:38:52Zoai:repositorio.ipsantarem.pt:10400.15/2532Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireinfo@rcaap.ptopendoar:https://opendoar.ac.uk/repository/71602025-05-29T07:13:08.863414Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiafalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Monitorização da Carga de Treino no Futebol ao Longo do Período Competitivo |
title |
Monitorização da Carga de Treino no Futebol ao Longo do Período Competitivo |
spellingShingle |
Monitorização da Carga de Treino no Futebol ao Longo do Período Competitivo Correia, Cláudio Roberto Vieira Mendes Futebol GPS Periodização Carga de Treino Soccer Training Load Periodization |
title_short |
Monitorização da Carga de Treino no Futebol ao Longo do Período Competitivo |
title_full |
Monitorização da Carga de Treino no Futebol ao Longo do Período Competitivo |
title_fullStr |
Monitorização da Carga de Treino no Futebol ao Longo do Período Competitivo |
title_full_unstemmed |
Monitorização da Carga de Treino no Futebol ao Longo do Período Competitivo |
title_sort |
Monitorização da Carga de Treino no Futebol ao Longo do Período Competitivo |
author |
Correia, Cláudio Roberto Vieira Mendes |
author_facet |
Correia, Cláudio Roberto Vieira Mendes |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Brito, João Repositório Científico do Instituto Politécnico de Santarém |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Correia, Cláudio Roberto Vieira Mendes |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Futebol GPS Periodização Carga de Treino Soccer Training Load Periodization |
topic |
Futebol GPS Periodização Carga de Treino Soccer Training Load Periodization |
description |
Existem fatores que podem ser manipulados no planeamento e periodização do treino, como sejam, o volume e a intensidade, sendo comum referirem-se no futebol como carga de treino. Esta pode ser dividida em externa e interna. A carga externa refere-se ao treino específico prescrito pelos treinadores, enquanto a carga interna refere-se à resposta fisiológica individual ao estímulo externo. A literatura conclui que, cada vez mais, os dados de carga externa são de extrema importância para a quantificação da carga de treino de uma forma individual e específica, e que, parece existir uma associação entre a carga externa e os indicadores observáveis e latentes de carga interna. No entanto, a sua distribuição ao longo do macrociclo numa equipa de elite de futebol profissional europeu não está ainda bem caraterizado. O objetivo do presente estudo é, a monitorização e análise da modelação da carga de treino quantificando a sua distribuição inter-microciclo (distância total, perceção subjetiva de esforço e índice Hooper), durante 10 mesociclos do período competitivo de uma equipa de elite de futebol profissional europeu, a fim de se verificar, se existe variação na carga de treino nos diferentes microciclos. Participam neste estudo, 20 jogadores profissionais de futebol (média ± DP, idade, 26,2 ± 3,9 anos; altura, 183,6 ± 6,2 cm; massa corporal, 78,8 ± 6,6 kg), com a seguinte distribuição por posição: 4 defesas centrais, 4 defesas laterais, 4 médios centro, 4 médios ala e 4 avançados. Foi utilizada a tecnologia do sistema de posicionamento global para recolha de dados de tempo-movimento, durante os microciclos de 7 dias, registados os dados de tempo de treino, distância total e perceção subjetiva de esforço, através da escala modificada por Foster (1998), durante cada sessão de treino. Os dados foram analisados através do teste paramétrico one-way ANOVA para medidas repetidas (Johnson, 1998), tenho sido verificada a esfericidade através do teste de Mauchly. Sempre que, não se verificou o pressuposto de esfericidade, utilizou-se o fator de correlação Epsilon de Greenhouse-Geisser (Box, 1954). Para a identificação das diferenças foi utilizado o teste de post-doc de Bonferroni, e o nível de significância admitido foi de p<0,05.Verificaram-se diferenças significativas na comparação do número unidades de treino, duração das sessões, número de microciclos, impulso de treino, na distância total média percorrida pelos jogadores entre mesociclo e na comparação da velocidade média utilizada. Em relação, à comparação da escala de perceção subjetiva de esforço entre mesociclos e minutos jogados pelos jogadores, não houve diferenças significativas. O Índice de Hooper, apresentou poucas variações ao longo da época alcançando o valor mais elevado no mesociclo 5 e o mais baixo no mesociclo 10. Dos resultados conclui-se que, apesar de se verificarem diferenças significativas entre os mesociclos, a variação da carga de treino ao longo da temporada para as variáveis internas e externas foi de pouca amplitude. |
publishDate |
2019 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2019-04-30T17:25:21Z 2019-04-15 2019-04-15T00:00:00Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10400.15/2532 urn:tid:202228401 |
url |
http://hdl.handle.net/10400.15/2532 |
identifier_str_mv |
urn:tid:202228401 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia instacron:RCAAP |
instname_str |
FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
collection |
Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia |
repository.mail.fl_str_mv |
info@rcaap.pt |
_version_ |
1833602920492302336 |