Doppler transcraniano na monitorização do traumatismo craniencefálico grave em Pediatria
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Publication Date: | 2013 |
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Source: | Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
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Summary: | Introdução e Objectivos: A hipertensão intracraniana é uma complicação grave do traumatismo craniencefálico, associando-se a um prognóstico desfavorável. A monitorização da pressão intracraniana (PIC) requer um procedimento invasivo. Este estudo teve como objetivo analisar a utilidade do Doppler transcraniano na avaliação dos doentes com traumatismo craniencefálico grave. Métodos: Estudo observacional prospetivo, realizado entre agosto de 2008 e março de 2012 numa unidade de cuidados intensivos pediátricos, de um hospital universitário de nível III, centro de referência de neurotrauma. Amostra consecutiva de doentes admitidos com traumatismo craniencefálico grave e submetidos a monitorização invasiva da PIC com avaliação simultânea por Doppler transcraniano. Análise da relação entre a PIC e o índice de pulsatilidade (IP), determinado por Doppler transcraniano, e entre estas duas variáveis e as sequelas neurológicas. Resultados: Foram avaliados dezoito doentes, com média de idade de 8,7 anos (14 meses - 17 anos). A mortalidade foi de 11,1% (2/18), sendo a mortalidade previsível, calculada através da escala pediatric risk of mortality, de 28,2%. Em dezasseis doentes registaram-se valores de PIC superiores a 20 mmHg, com média de valor máximo de 35,7±11,2 mmHg. A média da primeira determinação do IP foi de 1,12±0,33. Houve uma correlação significativa entre a primeira determinação do IP e a PIC correspondente (coeficiente de correlação de Pearson r=0,755, p<0,0001). Quando considerados todos os IP determinados (42 avaliações), a correlação manteve-se significativa (r=0,573; p<0,0001). Não se encontrou associação significativa entre o IP ou a PIC e as sequelas neurológicas. Conclusões: Os resultados deste estudo sugerem que é possível identificar situações de hipertensão intracraniana através do IP determinado por Doppler transcraniano em crianças com traumatismo craniencefálico grave, evidenciando o papel promissor desta técnica. São necessários mais estudos para que seja validada e incluída de forma mais generalizada na avaliação e orientação terapêutica do traumatismo craniencefálico. |
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