Violência no namoro em contexto académico

Bibliographic Details
Main Author: Sá, Jéssica
Publication Date: 2016
Other Authors: Melo, Sílvia Almeida, Caldeira, Suzana Nunes
Language: por
Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Download full: http://hdl.handle.net/10400.3/3861
Summary: A violência no namoro (VN) é definida como qualquer ato ou ação de natureza psicológica, física ou sexual, que possa causar dano, sofrimento ou morte a outra pessoa. A VN é indiferente ao género, raça, idade e nível socioeconómico abrangendo qualquer relação (Cristóvão, 2012). A primeira abordagem a esta temática foi realizada em 1981 por Makepeace, o qual referiu que uma de cada cinco relações amorosas por estudantes universitários apresentavam indícios de violência. Em Portugal, Paiva e Figueiredo (2004) num estudo realizado com 318 estudantes universitários, verificaram que o abuso psicológico, quer na perpetração (53,8%) quer na vitimação (50,8%), foi o mais prevalente na amostra entre os diferentes tipos de abuso, de seguida a coerção sexual, o abuso físico sem sequelas e por fim o abuso físico com sequelas. Posteriormente, Machado, Caridade e Martins (2009), num estudo realizado com 4.667 participantes, com idades compreendidas entre os 13 e os 29 anos, verificaram que 25,4% dos participantes relataram ter sido vítimas de pelo menos um ato de abuso (13,4% de abuso físico e 19,5% de abuso emocional) na sua relação durante o último ano. Dos estudos mais recentes, Costa em 2014, fazendo um levantamento em Instituições de Ensino Superior das regiões do Porto e de Coimbra, evidenciou que os estudantes da área de Serviço Social são os que mais legitimavam a violência em comparação com os estudantes de Enfermagem e Medicina. Face à importância deste tema e havendo formação em Serviço Social e em Enfermagem na Universidade dos Açores, um grupo de estudantes de Psicologia teve interesse em averiguar se a mesma tendência, em termos de atitude face à VN, caracterizava os estudantes que ingressam pela primeira vez nesses cursos na instituição de ensino superior dos Açores. Sendo o Serviço Social mais direcionado para o apoio social à pessoa em todas as fases da vida, pela dedicação às causas sociais, pelo desenvolvimento social e na melhoria da qualidade de vida (Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, 2015), torna-se distinto da Enfermagem uma vez que a última está mais direcionada para a assistência ao ser humano, desenvolvendo a proteção, a promoção, a recuperação e a reabilitação da saúde (Ordem dos Enfermeiros, 2012). Não obstante, ambos os cursos têm como objetivo a assistência e cuidado ao ser humano, individualmente, na família ou em comunidade de modo integral e holístico, desenvolvendo de forma autónoma ou em equipa, atividades de promoção, proteção, prevenção, reabilitação e recuperação.
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