A Glaciação plistocénica na Serra do Gerês
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Publication Date: | 2000 |
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Source: | Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
Download full: | http://hdl.handle.net/10451/36921 |
Summary: | Estudos anteriores de SCHMIDT-THOMÉ (1973, 1978) e de COUDÉ-GAUSSEN (1978, 1979, 1981), que defendiam a existência de uma glaciação plistocénica na Serra do Gerês, provocaram viva controvérsia. Os autores do presente artigo retomaram o assunto, seguindo duas vias complementares: 1) levantamento sistemático de campo; 2) análise laboratorial dos depósitos, nomeadamente o estudo micromorfológico dos sedimentos subglaciários. A análise destes últimos revelou-se de importância fundamental no diagnóstico seguro de outros vestígios glaciários. Confirma-se a glaciação na Serra do Gerês, que terá atingido maior amplitude nos sectores de Couce, vale da Ribeira das Negras e depressão de Compadre. A descoberta de novas moreias altas e a identificação de sedimentos subglaciários permitiram reconstituir uma cúpula de gelo com 150 m de espessura, tanto no Couce como em Compadre, e os depósitos subglaciários permitiram precisar melhor os limites das línguas glaciárias periféricas. Dados recentes de cronologia absoluta, baseados nos isótopos cosmogénicos gerados em superfícies polidas glaciárias, sugerem que a fase pleniglaciária geresiana é anterior à última Glaciação. |
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A Glaciação plistocénica na Serra do GerêsThe Pleistocene glaciation of Serra do Gerês (northwest Portugal)Glaciação plistocénicaMoreias e sedimentos subglaciáriosNoroeste da Península IbéricaEstudos anteriores de SCHMIDT-THOMÉ (1973, 1978) e de COUDÉ-GAUSSEN (1978, 1979, 1981), que defendiam a existência de uma glaciação plistocénica na Serra do Gerês, provocaram viva controvérsia. Os autores do presente artigo retomaram o assunto, seguindo duas vias complementares: 1) levantamento sistemático de campo; 2) análise laboratorial dos depósitos, nomeadamente o estudo micromorfológico dos sedimentos subglaciários. A análise destes últimos revelou-se de importância fundamental no diagnóstico seguro de outros vestígios glaciários. Confirma-se a glaciação na Serra do Gerês, que terá atingido maior amplitude nos sectores de Couce, vale da Ribeira das Negras e depressão de Compadre. A descoberta de novas moreias altas e a identificação de sedimentos subglaciários permitiram reconstituir uma cúpula de gelo com 150 m de espessura, tanto no Couce como em Compadre, e os depósitos subglaciários permitiram precisar melhor os limites das línguas glaciárias periféricas. Dados recentes de cronologia absoluta, baseados nos isótopos cosmogénicos gerados em superfícies polidas glaciárias, sugerem que a fase pleniglaciária geresiana é anterior à última Glaciação.Studies made by SCHMIDT-THOMÉ (1973, 1978) and COUDÉ-GAUSSEN (1978, 1979, 1981) which put forward the explanation of a Pleistocene glaciation in the Gerês mountain gave rise to lively controversy. In order to clarify the problem, the authors of the present study selected two lines of research: 1) detailed geomorphologic mapping; and 2) laboratory analysis of the glacial deposits. This sedimentological study, which had not been carried out before in the area, proved to be very significant for the diagnosis of the style and extent of the glaciation. We can confirm the Serra do Gerês glaciation. The vestiges are particularly clear and important on the Eastern side of the mountain and in the Fafião Valley, where the most important glacigenic sediment complex is found. At the glaciation maximum, an ice dome reached the thickness of some 150m in both the Couce and the Compadre areas, from whence outlet glaciers radiated into the main peripheral valleys. At that time the upstream sector of the Homem Valley glacier must have reached the thickness of about 300m. Recent absolute dating, using cosmogenic isotopes in glaciated granitic surfaces, suggest that the glaciation maximum in the Gerês is older than the Last Glaciation.Universidade de Lisboa, Centro de Estudos GeográficosRepositório da Universidade de LisboaFerreira, António BrumRomaní, Juan VidalZêzere, JoséRodrigues, Maria Luísa2019-02-08T14:58:14Z20002000-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/36921porBrum Ferreira, A. de, Vidal Romaní, J. R., Zêzere, J. L., & Rodrigues, M. L. (2000). A Glaciação plistocénica na Serra do Gerês. Finisterra, XXXV(69), 39-68. https://doi.org/10.18055/Finis1669.0430-502710.18055/Finis1669info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiainstacron:RCAAP2025-03-17T14:03:20Zoai:repositorio.ulisboa.pt:10451/36921Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireinfo@rcaap.ptopendoar:https://opendoar.ac.uk/repository/71602025-05-29T03:01:28.402611Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiafalse |
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Estudos anteriores de SCHMIDT-THOMÉ (1973, 1978) e de COUDÉ-GAUSSEN (1978, 1979, 1981), que defendiam a existência de uma glaciação plistocénica na Serra do Gerês, provocaram viva controvérsia. Os autores do presente artigo retomaram o assunto, seguindo duas vias complementares: 1) levantamento sistemático de campo; 2) análise laboratorial dos depósitos, nomeadamente o estudo micromorfológico dos sedimentos subglaciários. A análise destes últimos revelou-se de importância fundamental no diagnóstico seguro de outros vestígios glaciários. Confirma-se a glaciação na Serra do Gerês, que terá atingido maior amplitude nos sectores de Couce, vale da Ribeira das Negras e depressão de Compadre. A descoberta de novas moreias altas e a identificação de sedimentos subglaciários permitiram reconstituir uma cúpula de gelo com 150 m de espessura, tanto no Couce como em Compadre, e os depósitos subglaciários permitiram precisar melhor os limites das línguas glaciárias periféricas. Dados recentes de cronologia absoluta, baseados nos isótopos cosmogénicos gerados em superfícies polidas glaciárias, sugerem que a fase pleniglaciária geresiana é anterior à última Glaciação. |
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