A prevenção do delirium no doente internado na unidade de cuidados intensivos

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Main Author: Bispo, Bruno Miguel
Publication Date: 2019
Format: Master thesis
Language: por
Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Download full: http://hdl.handle.net/10400.14/45748
Summary: Apesar de os termos “delirium” e “confusão aguda” serem utilizados na prática clínica há muitos anos e terem definições diferentes, continuam a ser utilizados de forma indiscriminada para se referirem à mesma síndrome. A ausência de diagnóstico de delirium pode comprometer a segurança do doente e ter implicações diretas nos cuidados de saúde prestados, tendo consequências que podem mesmo manifestar-se após a alta hospitalar. As unidades de cuidados intensivos estão normalmente associadas a um ambiente hostil para doentes e famílias, com muito ruído, pouco convidativas a visitas demoradas e com horários pouco flexíveis. Os doentes estão habitualmente com limitação da mobilidade, medicados e dependentes de equipamentos muitos deles invasivos e dos quais depende a sua vida. A perturbação do sono é uma constante, e a perceção de quando é dia ou noite nem sempre é fácil. A relação entre o ambiente e a saúde é mesmo uma das primeiras reflexões atribuídas a Florence Nightingale, considerada a primeira teórica de enfermagem e cujo objeto de estudo se focou nas implicações que o ambiente tinha na saúde dos doentes. O aparecimento de delirium está relacionado com diversos fatores, sendo importante considerar aqueles que são modificáveis, e sobre quais o enfermeiro especialista pode intervir. Da revisão integrativa da literatura, identificam-se algumas intervenções de enfermagem com impacto positivo na prevenção de delirium, como sejam a orientação dos doentes, a mobilização precoce, a criação de um ambiente mais agradável e a promoção do ciclo do sono. Urge aprofundar e consolidar este conhecimento na linguagem e nas práticas de enfermagem. Considera-se, por isso, que o maior desafio é a formação das equipas, começando pelas unidades de cuidados intensivos, onde a incidência de delirium é mais significativa.
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