Riscos psicossociais e saúde dos profissionais numa unidade de saúde pública : diagnóstico de situação

• Main Author: Borges, Maria Manuela Pinto
• Publication Date: 2023
• Format: Master thesis
• Language: por
• Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
• Download full: http://hdl.handle.net/10400.14/43017
• topic: Riscos psicossociais; Impacto psicossocial; Profissionais de saúde; Psychosocial risks; Psychosocial impact; Health professionals

O presente relatório, surge no âmbito do Curso de Mestrado em Enfermagem com Especialização em Enfermagem Comunitária, na área de Enfermagem de Saúde Comunitária e Saúde Pública e relata o percurso efetuado para a aquisição de competências, decorrente do estágio realizado numa Unidade de Saúde Pública (USP) na Região do Norte de Portugal. Os riscos psicossociais associados à atividade laboral apresentam-se como um problema de saúde pública de elevada magnitude, uma vez que podem ser responsáveis pelos fenómenos de absentismo e presenteísmo laboral, baixa produtividade, bem como fraca motivação dos profissionais. Desta forma, emerge a necessidade de investigar esta problemática devido ao impacto negativo que pode causar na saúde dos profissionais. As estratégias de promoção da saúde devem centrar-se na prevenção desses riscos. Foi realizado um diagnóstico de situação sobre os riscos psicossociais e saúde dos profissionais da USP, tendo por base o Planeamento em Saúde. Tratou-se de um estudo descritivo transversal, com metodologia quantitativa, em que participaram 17 profissionais que desempenham funções na USP. Para recolha de dados sobre a exposição dos trabalhadores a fatores de risco psicossocial, foi utilizado o instrumento “Copenhagen Psychosocial Questionnaire” (COPSOQ II) versão média, validado para a população portuguesa em 2011. A analise dos dados foi meramente descritiva, de modo a avaliar a perceção que os profissionais têm sobre os fatores de risco psicossocial a que estão expostos e de que modo podem interferir com a saúde. As sub-dimensões percecionadas e avaliadas como de maior risco para a saúde foram o apoio social de superiores e o burnout; com uma avaliação moderada de risco emergiram a confiança horizontal, as exigências emocionais, a previsibilidade e o stresse. Em sentido contrário, como fatores protetores para a saúde surgiram a confiança vertical, as possibilidades de desenvolvimento e as exigências cognitivas. Face aos resultados é possível inferir que o trabalho destes profissionais de saúde é percecionado como desafiador e cognitivamente estimulante, mas de grande exigência e com pouco suporte das chefias, fatores que provocam desgaste na equipa. Assim, com esta intervenção, pretendeu-se promover a consciencialização dos profissionais sobre a problemática de modo a potenciar mudanças organizacionais e individuais, e criar as bases para um ambiente laboral mais saudável. Todo este trabalho reflete a aquisição de competências de Mestre em Enfermagem, e de Especialista em Enfermagem Comunitária na área de Enfermagem de Saúde Comunitária e Saúde Pública.