Contributo para a definição do interesse da medição do valor sérico da hormona anti-Mulleriana, em procriação medicamente assistida

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Main Author: Magalhães, Ana Catarina Ferreira
Publication Date: 2012
Format: Master thesis
Language: por
Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Download full: http://hdl.handle.net/10400.6/1175
Summary: Objetivo: Este estudo teve como objetivo comparar o valor sérico basal de hormona anti-Mulleriana com outros marcadores de reserva ovárica - medição dos níveis séricos basais de hormona folículo-estimulante e estradiol e contagem de folículos antrais por ecografia bidimensional e tridimensional – na avaliação da reserva e resposta ováricas à estimulação controlada, em Procriação Medicamente Assistida. Material e Métodos: 37 mulheres, submetidas a tratamentos de infertilidade, de segunda linha, foram estudadas prospectivamente. Foram medidas as concentrações séricas basais de hormona anti-Mulleriana, estradiol e hormona folículo-estimulante. A contagem de folículos antrais (2-10mm de diâmetro) foi realizada por ecografia bidimensional e pelo método semiautomático de ecografia tridimensional. Para avaliar a resposta ovárica ao tratamento por estimulação ovárica controlada utilizou-se a contagem de folículos evolutivos (diâmetro superior a 12mm). Resultados: A contagem de folículos antrais por ecografia a 2 dimensões e por ecografia semiautomática a 3 dimensões correlacionou-se fortemente (t= 0,630 e p <0,01; t= 0,591 e p <0,01, respetivamente) com o nível sérico basal de hormona anti-Mulleriana. Ambas as ecografias, bem como a hormona anti-Mulleriana possuem uma forte relação direta (t= 0,666 e p <0,01; t= 0,564 e p <0,01; t= 0,581 e p <0,01, respetivamente) com a resposta ao tratamento. A idade apresenta uma forte correlação inversa (t= -0,504 e p <0,01). Já os níveis séricos de estradiol e hormona folículo-estimulante não demonstraram relação com a resposta ovárica (t= -0,054 e p >0,01; t =0,023 e p >0,01, respetivamente). A percentagem de concordância entre a contagem do número de folículos antrais pelas ecografias 2D e ecografia 3D é de 35,14%, não se podendo afirmar que um método seja mais eficaz que o outro, nesta perspetiva. Conclusão: O presente estudo conclui que há uma forte associação entre a hormona anti-Mulleriana e a reserva folicular ovárica, bem como com a resposta ovárica ao tratamento por estimulação ovárica controlada. Esta relação é superior à encontrada quando utilizados outros testes de avaliação de reserva ovárica (idade, concentrações séricas de hormona folículo-estimulante e estradiol); mas é semelhante quando comparada à contagem de folículos antrais por ecografia tanto a duas como a três dimensões.
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A contagem de folículos antrais (2-10mm de diâmetro) foi realizada por ecografia bidimensional e pelo método semiautomático de ecografia tridimensional. Para avaliar a resposta ovárica ao tratamento por estimulação ovárica controlada utilizou-se a contagem de folículos evolutivos (diâmetro superior a 12mm). Resultados: A contagem de folículos antrais por ecografia a 2 dimensões e por ecografia semiautomática a 3 dimensões correlacionou-se fortemente (t= 0,630 e p <0,01; t= 0,591 e p <0,01, respetivamente) com o nível sérico basal de hormona anti-Mulleriana. Ambas as ecografias, bem como a hormona anti-Mulleriana possuem uma forte relação direta (t= 0,666 e p <0,01; t= 0,564 e p <0,01; t= 0,581 e p <0,01, respetivamente) com a resposta ao tratamento. A idade apresenta uma forte correlação inversa (t= -0,504 e p <0,01). Já os níveis séricos de estradiol e hormona folículo-estimulante não demonstraram relação com a resposta ovárica (t= -0,054 e p >0,01; t =0,023 e p >0,01, respetivamente). A percentagem de concordância entre a contagem do número de folículos antrais pelas ecografias 2D e ecografia 3D é de 35,14%, não se podendo afirmar que um método seja mais eficaz que o outro, nesta perspetiva. Conclusão: O presente estudo conclui que há uma forte associação entre a hormona anti-Mulleriana e a reserva folicular ovárica, bem como com a resposta ovárica ao tratamento por estimulação ovárica controlada. Esta relação é superior à encontrada quando utilizados outros testes de avaliação de reserva ovárica (idade, concentrações séricas de hormona folículo-estimulante e estradiol); mas é semelhante quando comparada à contagem de folículos antrais por ecografia tanto a duas como a três dimensões.Objective: The present study aims to compare the value of the basal serum anti-Mullerian hormone level with other ovarian reserve markers – basal serum concentrations of follicle stimulating hormone, estradiol and antral follicle count using two-dimensional and three dimensional ultrasound imaging – in the assessment of the reserve and ovarian response, in assisted reproduction techniques. Materials and Methods: A prospective analysis was performed in 37 patients undergoing fertility treatments. Basal serum levels of anti-Mullerian hormone, estradiol and follicle stimulating hormone were measured. The number of antral follicles (2-10 mm in diameter) was estimated by two-dimensional and semi-automatic three dimensional ultrasound imaging. Follicle (> 14mm in diameter) count was used to evaluate the ovarian response to controlled ovarian hiperstimulation. Results: Antral follicle count using two-dimensional and semi-automatic three dimensional ultrasound imaging are strongly correlated (t= 0,630 p< 0,01; t= 0,591 p< 0,01, respectively) with basal serum anti-Mullerian hormone level. Both ultrasound imaging techniques and anti-Mullerian hormone are directly correlated (t= 0,666 p< 0,01; t= 0,564 p< 0,01; t= 0,581 p< 0,01, respectively) with treatment response, as age is inversely correlated (t= -0,504 p<0,01) with it. On the other hand, basal serum levels of estradiol and follicle stimulating hormone did not correlate (t= -0,054 p>0,01; t= 0,023 p>0,01,respectively) with ovarian response. The percentage of agreement between the antral follicle count by two and three dimensional ultrasound is 35.14%, though we cannot affirm that a method is more efficient than the other. Conclusion: This study concludes that there is a strong association between anti-Mullerian hormone and ovarian follicular reserve, and response to controlled ovarian hiperstimulation. This relation is higher than that found when using other tests to assess ovarian reserve (age, serum follicle stimulating hormone and estradiol), but is similar to the antral follicle count, by two-dimensional and semi-automatic three dimensional ultrasound techniques.Universidade da Beira InteriorOliveira, José António Martinez Souto deMorimoto, Danilo KogauBibliorumMagalhães, Ana Catarina Ferreira2013-05-16T14:30:23Z2012-062012-06-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/1175porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiainstacron:RCAAP2025-03-11T16:01:55Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/1175Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireinfo@rcaap.ptopendoar:https://opendoar.ac.uk/repository/71602025-05-29T01:31:07.815853Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiafalse
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