Estudo do valor prognóstico do Ki-67 em adenocarcinomas do colon e reto e sua correlação com o grau de diferenciação histológica, localização e prognóstico de pacientes com o respetivo tumor

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Alves, Ana Rita Vergílio
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/5313
Resumo: Introdução: Num mundo onde as neoplasias são cada vez mais causa de perda de qualidade de vida, ou até de morte, torna-se imprescindível o estudo do seu comportamento, tanto pelo interesse num diagnóstico precoce, como também no estabelecimento de um prognóstico. O Cancro Colorretal é a segunda neoplasia mais comum na Europa. O estadio do tumor, a classificação histológica, a presença/ausência de linfadenopatias e/ou metástases à distância, têm sido reconhecidos como factores de prognóstico. No entanto, estas características, por si só, não permitem prever na totalidade qual o resultado clínico final. Por esta razão, têm sido feitos esforços no sentido de tentar identificar novos marcadores moleculares que auxiliem, como factores de prognóstico isolados, ou em combinação com dados clínico-histopatológicos, a melhorar a previsão do desfecho e a determinar a abordagem terapêutica mais adequada. Um deles é o antigénio Ki-67, uma proteína expressa no núcleo das células durante todo o ciclo celular, com exceção da fase G0. A sua presença estritamente relacionada com o ciclo celular sugere o seu papel importante na regulação deste. Dos estudos até agora concretizados, a sua utilização como marcador de proliferação celular tem mostrado o seu reconhecimento como factor de prognóstico independente para o cancro da próstata, mama, entre outros. Contudo, no que concerne ao Adenocarcinoma Colorretal a literatura disponível revela resultados controversos quanto ao seu valor prognóstico. Objetivos: 1. Analisar a expressão imunohistoquímica da proteína Ki-67 e dos factores clínico-histopatológicos: “género”, “idade”, “prognóstico dos pacientes”, “grau de diferenciação histológica do tumor”, “localização do tumor” e “classificação TMN” de pacientes com Adenocarcinomas Colorretais. 2. Estudar o valor prognóstico da proteína Ki-67 em Adenocarcinomas Colorretais e a sua correlação com alguns parâmetros clínico-histopatológicos. Métodos: Foram estudados 35 pacientes com Adenocarcinoma Colorretal que foram submetidos a resseção cirúrgica do tumor com intenção curativa, entre janeiro de 2001 e janeiro de 2003, no Centro Hospitalar Cova da Beira. Nenhum recebeu terapia neoadjuvante, tendo sido depois sujeitos a um follow-up pós-operatório de 10 anos. As amostras foram processadas histologicamente, segundo o protocolo definido pela instituição anteriormente referida, para a marcação imunohistoquímica da proteína Ki-67. Foram depois classificadas de acordo com o “grau de diferenciação histológica do tumor”, e consideradas tanto a “intensidade” como a “percentagem” de células marcadas pela proteína Ki-67. Os dados foram analisados estatisticamente considerando-se um valor p<0,05 como estatisticamente significativo. Resultados: Foi encontrada correlação estatisticamente significativa (p<0,05) entre a “expressão imunohistoquímica de células marcadas pela proteína Ki-67” e o “prognóstico dos pacientes”. Contudo, não se verificaram resultados estatisticamente significativos entre a “expressão imunohistoquímica de células marcadas pela proteína Ki-67” relativamente à “localização do tumor” e “grau de diferenciação histológica do tumor”. Ao fim de 10 anos a mortalidade foi de 37,1%.
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Por esta razão, têm sido feitos esforços no sentido de tentar identificar novos marcadores moleculares que auxiliem, como factores de prognóstico isolados, ou em combinação com dados clínico-histopatológicos, a melhorar a previsão do desfecho e a determinar a abordagem terapêutica mais adequada. Um deles é o antigénio Ki-67, uma proteína expressa no núcleo das células durante todo o ciclo celular, com exceção da fase G0. A sua presença estritamente relacionada com o ciclo celular sugere o seu papel importante na regulação deste. Dos estudos até agora concretizados, a sua utilização como marcador de proliferação celular tem mostrado o seu reconhecimento como factor de prognóstico independente para o cancro da próstata, mama, entre outros. Contudo, no que concerne ao Adenocarcinoma Colorretal a literatura disponível revela resultados controversos quanto ao seu valor prognóstico. Objetivos: 1. Analisar a expressão imunohistoquímica da proteína Ki-67 e dos factores clínico-histopatológicos: “género”, “idade”, “prognóstico dos pacientes”, “grau de diferenciação histológica do tumor”, “localização do tumor” e “classificação TMN” de pacientes com Adenocarcinomas Colorretais. 2. Estudar o valor prognóstico da proteína Ki-67 em Adenocarcinomas Colorretais e a sua correlação com alguns parâmetros clínico-histopatológicos. Métodos: Foram estudados 35 pacientes com Adenocarcinoma Colorretal que foram submetidos a resseção cirúrgica do tumor com intenção curativa, entre janeiro de 2001 e janeiro de 2003, no Centro Hospitalar Cova da Beira. Nenhum recebeu terapia neoadjuvante, tendo sido depois sujeitos a um follow-up pós-operatório de 10 anos. As amostras foram processadas histologicamente, segundo o protocolo definido pela instituição anteriormente referida, para a marcação imunohistoquímica da proteína Ki-67. Foram depois classificadas de acordo com o “grau de diferenciação histológica do tumor”, e consideradas tanto a “intensidade” como a “percentagem” de células marcadas pela proteína Ki-67. Os dados foram analisados estatisticamente considerando-se um valor p<0,05 como estatisticamente significativo. Resultados: Foi encontrada correlação estatisticamente significativa (p<0,05) entre a “expressão imunohistoquímica de células marcadas pela proteína Ki-67” e o “prognóstico dos pacientes”. Contudo, não se verificaram resultados estatisticamente significativos entre a “expressão imunohistoquímica de células marcadas pela proteína Ki-67” relativamente à “localização do tumor” e “grau de diferenciação histológica do tumor”. Ao fim de 10 anos a mortalidade foi de 37,1%.Introduction: In a world where cancer is increasingly a cause of loss of quality of life or death it is essential to study its behavior, either by an interest in early diagnosis as well as in establishing a prognosis. The Colorectal cancer is the second most common cancer in Europe. The tumour stage, histological type, the presence/absence of lymphadenopathy and/or distant metastases have been recognized as prognostic factors. However these characteristics, in itself, didn’t allow us to fully predict the clinical outcome. For this reason efforts have been made to try and identify new molecular markers that aid, as individual prognosis factors or in combination with clinicalhistopathological data, to improve prediction of the outcome and to determine the most appropriate therapeutic approach. One of them is the Ki-67 antigen, a protein expressed in the nucleus of cells throughout the cell cycle, except G0. Its presence strictly related to cell cycle suggesting its important role in the regulation thereof. From studies completed so far, its use as a marker of cellular proliferation has shown its recognition as an independent prognostic factor for prostate cancer, breast cancer and other cancers. However, regarding the Colorectal Adenocarcinoma available literature reveals conflicting results concerning its prognostic value. Goals: 1. Analyze the immunohistochemical expression of Ki-67 protein and clinicalhistopathological parameters: “gender”, “age”, “prognosis of patients”, “histological type of the tumour”, “location of the tumour” and “TMN classification” of patients with colorectal adenocarcinomas. 2. Study the prognostic value of Ki-67 protein in colorectal adenocarcinomas correlated with some clinicalhistopathological parameters. Methods: 35 patients with Colorectal Adenocarcinoma were studied who underwent surgical resection of the tumour with curative intent, between January 2001 and January 2003, at Centro Hospitalar Cova da Beira. None received neoadjuvant therapy, having been subjected to a post-operative follow-up of 10 years. Samples were histologically processed according to the protocol defined by the aforementioned institution for the immunohistochemical staining of the Ki-67 protein. They were then classified according to histological type of the tumour and considering both the intensity and the percentage of stained cells by the Ki-67 protein. The data were analyzed considering a p value <0.05 considered statistically significant. Results: Statistically significant correlation (p<0,05) was found between “immunohistochemical expression of cells stained by the Ki-67 protein” and the “prognosis of patients”. However, there were no statistically significant results within the “immunohistochemical expression of stained cells by the Ki-67 protein” with respect to the “location of the tumour” and “histological type of the tumour”. After 10 years, the mortality rate was 37.1%.Muñoz Moreno, JavieruBibliorumAlves, Ana Rita Vergílio2018-07-20T15:56:29Z2016-5-122016-06-132016-06-13T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/5313urn:tid:201774291porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiainstacron:RCAAP2025-03-11T14:39:15Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/5313Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireinfo@rcaap.ptopendoar:https://opendoar.ac.uk/repository/71602025-05-29T01:19:54.317354Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiafalse
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