Cyberbullying na pré-adolescência - realidade de um concelho do norte de Portugal

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Main Author: Melo, Vanda
Publication Date: 2025
Other Authors: Pacheco, Pedro, Portela, Mariana, Costa, Sandra, Ribeiro, Helena
Format: Article
Language: por
Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Download full: https://doi.org/10.25753/BirthGrowthMJ.v34.i1.37627
Summary: Introdução: A rápida evolução das tecnologias de comunicação possibilitou um fácil e prematuro acesso de crianças e jovens a redes sociais, internet e smartphones. O uso indiscriminado destas tecnologias levou ao aparecimento do cyberbullying. O objetivo foi analisar a prevalência de cyberbullying e as formas mais frequentes implicadas nesta faixa. Métodos: Estudo observacional transversal, obtido através de questionários anónimos distribuídos em escolas do 2º e 3º ciclo do ensino básico do concelho. Resultados: De uma amostra de 482 alunos, as idades distribuíram-se entre os 9 e os 15 anos, com a mediana de 12 anos e uma proporção semelhante entre géneros (55% feminino; 45% masculino). Quanto ao tempo diário dispensado no ecrã, 20,5% respondeu passar menos de 1 hora, 47,7% entre 1 a 3 horas, enquanto 31,1% mais de 3 horas por dia. A prevalência de cyberbullying da amostra estudada foi de 30,9%, sendo que 34,9% dos mesmos assumem ter sido vítimas nos últimos 3 meses, sendo que apenas 50% solicitaram ajuda. A tipologia mais assinalada foi ter sido excluído de algum chat ou rede social. Na subamostra de crianças que sofreram de cyberbullying, obteve-se uma relação estatisticamente significativa entre a vitimização e ser do sexo feminino (p-value 0,046) e entre a vitimização e ser agressor (p-value < 0,001). Conclusão: Segundo este estudo, a exposição à tecnologia digital nesta faixa etária é praticamente universal, sendo que a prevalência de cyberbulling foi de cerca 31%, um valor alarmante de vitimização numa fase crucial de desenvolvimento social e emocional da criança.
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