Potencial terapêutico da irisina na terapêutica da obesidade

Bibliographic Details
Main Author: Nóbrega, Inês Sofia Pires
Publication Date: 2022
Format: Master thesis
Language: por
Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Download full: http://hdl.handle.net/10400.1/19274
Summary: A obesidade constitui uma doença crónica e um problema de saúde pública, que se caracteriza por um excesso de gordura corporal acumulada, que pode ser prejudicial à saúde de um indivíduo. Resulta de um conjunto de balanços energéticos positivos, em que o consumo calórico é superior ao gasto. A sua prevalência tem vindo a aumentar nos últimos anos, tendo quase triplicado nos últimos 40 anos, a nível mundial. A terapêutica farmacológica da obesidade é, atualmente, muito limitada, e inclui apenas três fármacos aprovados a nível europeu: o orlistato, o liraglutido e a associação de bupropiom e naltrexona. A terapêutica de 1ªlinha é o liraglutido, por ter menos efeitos adversos, maior evidência científica e maior efetividade. A terapêutica não farmacológica, que constitui a primeira opção de tratamento, inclui a terapêutica nutricional, a prática de exercício físico regular, a terapêutica comportamental, e em casos mais extremos, a cirurgia bariátrica. Em 2012, foi descoberta, em Harvard, uma hormona, a irisina, produzida pelo músculo esquelético durante a prática de exercício físico, capaz de aumentar a termogénese e de promover o browning do tecido adiposo, constituindo uma potencial opção na terapêutica da obesidade. Até ao momento, ainda não foi identificado um recetor específico para a irisina e o seu mecanismo de ação ainda não está completamente esclarecido. Esta mioquina surge, assim como uma forma de justificar os efeitos benéficos do exercício físico em múltiplas patologias. Para além da obesidade, existem estudos sobre a aplicação desta mioquina noutras doenças, quer como tratamento quer como biomarcador da sua evolução, nomeadamente na diabetes tipo 2, na doença cardiovascular, na doença de Alzheimer, entre outras. No entanto, os resultados obtidos pelos diversos estudos são, muitas vezes controversos. Além disso, a maioria dos estudos recorre a modelos animais, e nem sempre os resultados são transponíveis para a espécie humana.
id RCAP_c17b224626e87db196eb6ca7c52cd2cc
oai_identifier_str oai:sapientia.ualg.pt:10400.1/19274
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
repository_id_str https://opendoar.ac.uk/repository/7160
spelling Potencial terapêutico da irisina na terapêutica da obesidadeIrisinaExcesso de pesoObesidadeTerapêuticaTratamentoA obesidade constitui uma doença crónica e um problema de saúde pública, que se caracteriza por um excesso de gordura corporal acumulada, que pode ser prejudicial à saúde de um indivíduo. Resulta de um conjunto de balanços energéticos positivos, em que o consumo calórico é superior ao gasto. A sua prevalência tem vindo a aumentar nos últimos anos, tendo quase triplicado nos últimos 40 anos, a nível mundial. A terapêutica farmacológica da obesidade é, atualmente, muito limitada, e inclui apenas três fármacos aprovados a nível europeu: o orlistato, o liraglutido e a associação de bupropiom e naltrexona. A terapêutica de 1ªlinha é o liraglutido, por ter menos efeitos adversos, maior evidência científica e maior efetividade. A terapêutica não farmacológica, que constitui a primeira opção de tratamento, inclui a terapêutica nutricional, a prática de exercício físico regular, a terapêutica comportamental, e em casos mais extremos, a cirurgia bariátrica. Em 2012, foi descoberta, em Harvard, uma hormona, a irisina, produzida pelo músculo esquelético durante a prática de exercício físico, capaz de aumentar a termogénese e de promover o browning do tecido adiposo, constituindo uma potencial opção na terapêutica da obesidade. Até ao momento, ainda não foi identificado um recetor específico para a irisina e o seu mecanismo de ação ainda não está completamente esclarecido. Esta mioquina surge, assim como uma forma de justificar os efeitos benéficos do exercício físico em múltiplas patologias. Para além da obesidade, existem estudos sobre a aplicação desta mioquina noutras doenças, quer como tratamento quer como biomarcador da sua evolução, nomeadamente na diabetes tipo 2, na doença cardiovascular, na doença de Alzheimer, entre outras. No entanto, os resultados obtidos pelos diversos estudos são, muitas vezes controversos. Além disso, a maioria dos estudos recorre a modelos animais, e nem sempre os resultados são transponíveis para a espécie humana.Serralheiro, Ana Isabel AzevedoSapientiaNóbrega, Inês Sofia Pires2023-03-20T11:06:51Z2022-12-192022-12-19T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.1/19274urn:tid:203248147porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiainstacron:RCAAP2025-02-18T17:40:48Zoai:sapientia.ualg.pt:10400.1/19274Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireinfo@rcaap.ptopendoar:https://opendoar.ac.uk/repository/71602025-05-28T20:31:38.376244Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiafalse
dc.title.none.fl_str_mv Potencial terapêutico da irisina na terapêutica da obesidade
title Potencial terapêutico da irisina na terapêutica da obesidade
spellingShingle Potencial terapêutico da irisina na terapêutica da obesidade
Nóbrega, Inês Sofia Pires
Irisina
Excesso de peso
Obesidade
Terapêutica
Tratamento
title_short Potencial terapêutico da irisina na terapêutica da obesidade
title_full Potencial terapêutico da irisina na terapêutica da obesidade
title_fullStr Potencial terapêutico da irisina na terapêutica da obesidade
title_full_unstemmed Potencial terapêutico da irisina na terapêutica da obesidade
title_sort Potencial terapêutico da irisina na terapêutica da obesidade
author Nóbrega, Inês Sofia Pires
author_facet Nóbrega, Inês Sofia Pires
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Serralheiro, Ana Isabel Azevedo
Sapientia
dc.contributor.author.fl_str_mv Nóbrega, Inês Sofia Pires
dc.subject.por.fl_str_mv Irisina
Excesso de peso
Obesidade
Terapêutica
Tratamento
topic Irisina
Excesso de peso
Obesidade
Terapêutica
Tratamento
description A obesidade constitui uma doença crónica e um problema de saúde pública, que se caracteriza por um excesso de gordura corporal acumulada, que pode ser prejudicial à saúde de um indivíduo. Resulta de um conjunto de balanços energéticos positivos, em que o consumo calórico é superior ao gasto. A sua prevalência tem vindo a aumentar nos últimos anos, tendo quase triplicado nos últimos 40 anos, a nível mundial. A terapêutica farmacológica da obesidade é, atualmente, muito limitada, e inclui apenas três fármacos aprovados a nível europeu: o orlistato, o liraglutido e a associação de bupropiom e naltrexona. A terapêutica de 1ªlinha é o liraglutido, por ter menos efeitos adversos, maior evidência científica e maior efetividade. A terapêutica não farmacológica, que constitui a primeira opção de tratamento, inclui a terapêutica nutricional, a prática de exercício físico regular, a terapêutica comportamental, e em casos mais extremos, a cirurgia bariátrica. Em 2012, foi descoberta, em Harvard, uma hormona, a irisina, produzida pelo músculo esquelético durante a prática de exercício físico, capaz de aumentar a termogénese e de promover o browning do tecido adiposo, constituindo uma potencial opção na terapêutica da obesidade. Até ao momento, ainda não foi identificado um recetor específico para a irisina e o seu mecanismo de ação ainda não está completamente esclarecido. Esta mioquina surge, assim como uma forma de justificar os efeitos benéficos do exercício físico em múltiplas patologias. Para além da obesidade, existem estudos sobre a aplicação desta mioquina noutras doenças, quer como tratamento quer como biomarcador da sua evolução, nomeadamente na diabetes tipo 2, na doença cardiovascular, na doença de Alzheimer, entre outras. No entanto, os resultados obtidos pelos diversos estudos são, muitas vezes controversos. Além disso, a maioria dos estudos recorre a modelos animais, e nem sempre os resultados são transponíveis para a espécie humana.
publishDate 2022
dc.date.none.fl_str_mv 2022-12-19
2022-12-19T00:00:00Z
2023-03-20T11:06:51Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10400.1/19274
urn:tid:203248147
url http://hdl.handle.net/10400.1/19274
identifier_str_mv urn:tid:203248147
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia
instacron:RCAAP
instname_str FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
collection Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
repository.name.fl_str_mv Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia
repository.mail.fl_str_mv info@rcaap.pt
_version_ 1833598699581734912