Port2COMM: Português global? Estratégias para a comunicação empresarial
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Publication Date: | 2018 |
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Source: | Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
Download full: | http://hdl.handle.net/10400.22/12132 |
Summary: | A partilha de uma língua foi desde sempre um agente promotor de transações comerciais. O Português(s) Global guarda no seu património genético a tradição provecta de língua de diáspora. No entanto, ainda que o seu potencial no mundo negocial possa facilmente ser atestado por indicadores de ordem vária, tais como o número de falantes, o índice de penetração na internet e a taxa de utilização de redes sociais, a inteligibilidade mútua entre as suas variantes, nomeadamente entre o PE e o PB, está longe ficar assegurada por via da mera harmonização ortográfica. No que à internacionalização diz respeito, o Guia para PME Horizonte Internacionalizar da AICEP (2013) revela que a expansão das empresas portuguesas se norteia por dois tipos de proximidade - a geográfica e a psicológica - e que esta última se prende diretamente com fatores de ordem linguística, determinando a preferência por países de Língua Oficial Portuguesa. O mesmo documento, ao concluir que a existência de uma “linguagem comum” é um fator de atratividade, parece apontar para a existência de um português internacional, dotado de homogeneidade. Todavia, esta unidade, ao ser apenas parcial, compromete a inteligibilidade plena, tornando-se necessário assumir a diversidade que faz do português uma língua pluricêntrica. O objetivo deste estudo, alocado ao Projeto PORT2COMM, é aferir a conceção de português para a internacionalização de portuguesas e brasileiras. Para a persecução de tal desiderato, analisaram-se diferentes formatos de comunicação externa digital de PME portuguesas internacionalizadas no Brasil e de PME brasileiras com internacionalização em Portugal. Uma primeira análise dos resultados evidencia que o mercado de exportação não parece revelar uma grande preocupação com a inteligibilidade plena entre as variantes brasileira e europeia, sendo mais recorrentes os casos em que há recurso exclusivo a uma das variantes do português para comunicar com outro país de língua oficial portuguesa em que a variante é distinta. Cremos que, por um lado, estas lacunas poderão ser colmatadas no contexto empresarial através de uma intervenção que incida na valorização da identidade linguístico-cultural dos conteúdos digitais e da produção de guias de boas práticas de comunicação intralinguística e, por outro lado, na formação superior, investindo na qualificação de recursos humanos orientados para resolver questões linguístico-culturais que assegurem a eficaz intermediação linguística na esfera negocial. |
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