A relação do espectador com o sujeito fílmico em contextos pedagógicos: a importância do close-up
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Data de Publicação: | 2018 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Outros |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.22/15034 |
Resumo: | No âmbito de um projeto de cinema documental com um ponto de vista sobre o ensino doméstico, pretende-se analisar a ocorrência, contextos e objetivos de diversas técnicas de realização/edição na construção da personagem, aptas para desenhar a individualidade no seio de um coletivo infantil. Equacionados parâmetros como o cenário, a perspetiva, o ponto de vista visual e sonoro, entendeu-se a perspetiva como uma das formas mais produtivas de construir uma relação de afeto (Deleuze, 2007) entre o adulto-espectador e a criança-personagem, e uma voz para a personagem. Sendo o close-up um plano de intimidade e expressão, torna-se muito importante para a experiência afetiva do espectador, permitindo o acesso a micro expressões faciais (cf. Ekmann, 2003), mas também favorecendo a ‘identificação emocional’ entre espectador e personagem: “If we look at and understand each other’s faces and gestures, we not only understand, we also learn to feel each other’s emotions” (Balazs apud Plantinga, 1996, p.243).). O adulto que assiste através do ponto de vista da criança, dada a posição da câmara, desloca-se mentalmente até à sua própria infância (cf. Adult-child seer”, Martin-Jones, 2001) e a perceção do processo de aprendizagem, através do close-up sobre a criança, (cf. Être et Avoir, Philibert, 2003) torna-se um processo de decifração de informações subtis. Entende-se esta ‘identificação emocional’ como um meio possível (longe da intenção paternalista), de colocar o adulto no lugar da criança, sem, todavia, lhe retirar a consciência desse efeito. Enquanto exercício propedêutico capaz de estruturar futuras opções de realização, far-se-á a descrição e a análise do método de close-up, utilizado no documentário Être et Avoir, e da sua relevância na construção da relação afetiva entre o personagem e o espectador. |
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