Fibrilhação auricular: Incidência, prevalência e percentagem de anticoagulados numa consulta do Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira
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Publication Date: | 2020 |
Format: | Master thesis |
Language: | por |
Source: | Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
Download full: | http://hdl.handle.net/10400.6/10753 |
Summary: | Introdução: A fibrilhação auricular é a arritmia mais frequente na prática clínica, acarretando um aumento da morbilidade e mortalidade global do individuo. Este estudo pretende averiguar a prevalência, incidência, percentagem de anticoagulados e a relação entre esta arritmia e outros fatores. Métodos: Estudo retrospetivo, descritivo e observacional numa amostra de utentes que frequentaram consultas de Cardiologia e de Hipertensão Arterial do Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira durante seis meses em 2019, através da consulta de processos clínicos no SClínico, a partir do qual foram recolhidos dados como o género, idade, medicação anticoagulante, presença ou não de fibrilhação auricular, hipertensão, síndrome de apneia obstrutiva do sono, hábitos tabágicos, índice de massa corporal e eventos de acidente vascular cerebral, acidente isquémico transitório e/ou enfarte agudo do miocárdio. A análise estatística foi realizada no SPSS®. Resultados: Numa amostra de 391 utentes, apurou-se uma prevalência de fibrilhação auricular de 16,9% e uma incidência de 5,23% em 6 meses. Dos utentes com fibrilhação auricular, 68,2% está sob anticoagulação, sendo o Rivaroxabano o mais usado: 28,9% de todos os anticoagulantes. Metade dos utentes com esta arritmia são do sexo masculino, 39,4% têm entre 70 a 79 anos, 87,9% têm hipertensão arterial, 25,8% têm obesidade, 10,6% têm síndrome de apneia obstrutiva do sono, 6,1% são fumadores, 4,5% tiveram um acidente vascular cerebral, 4,5% um acidente isquémico transitório e 16,7% um enfarte agudo do miocárdio. Não foram encontradas relações estatisticamente significativas entre fibrilhação auricular e as outras variáveis, exceto a idade e a anticoagulação. Conclusão: A prevalência de fibrilhação auricular obtida neste estudo é elevada, o que chama à atenção para a necessidade de um diagnóstico precoce pela morbilidade e mortalidade que esta arritmia acarreta e para a importância da prevenção desta mesma, uma vez que muitos dos fatores de risco podem ser controlados e tratados, reforçando o papel dos Cuidados de Saúde Primários nestes. |
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Fibrilhação auricular: Incidência, prevalência e percentagem de anticoagulados numa consulta do Centro Hospitalar Universitário Cova da BeiraAnticoagulaçãoFibrilhação AuricularIncidênciaPrevalênciaIntrodução: A fibrilhação auricular é a arritmia mais frequente na prática clínica, acarretando um aumento da morbilidade e mortalidade global do individuo. Este estudo pretende averiguar a prevalência, incidência, percentagem de anticoagulados e a relação entre esta arritmia e outros fatores. Métodos: Estudo retrospetivo, descritivo e observacional numa amostra de utentes que frequentaram consultas de Cardiologia e de Hipertensão Arterial do Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira durante seis meses em 2019, através da consulta de processos clínicos no SClínico, a partir do qual foram recolhidos dados como o género, idade, medicação anticoagulante, presença ou não de fibrilhação auricular, hipertensão, síndrome de apneia obstrutiva do sono, hábitos tabágicos, índice de massa corporal e eventos de acidente vascular cerebral, acidente isquémico transitório e/ou enfarte agudo do miocárdio. A análise estatística foi realizada no SPSS®. Resultados: Numa amostra de 391 utentes, apurou-se uma prevalência de fibrilhação auricular de 16,9% e uma incidência de 5,23% em 6 meses. Dos utentes com fibrilhação auricular, 68,2% está sob anticoagulação, sendo o Rivaroxabano o mais usado: 28,9% de todos os anticoagulantes. Metade dos utentes com esta arritmia são do sexo masculino, 39,4% têm entre 70 a 79 anos, 87,9% têm hipertensão arterial, 25,8% têm obesidade, 10,6% têm síndrome de apneia obstrutiva do sono, 6,1% são fumadores, 4,5% tiveram um acidente vascular cerebral, 4,5% um acidente isquémico transitório e 16,7% um enfarte agudo do miocárdio. Não foram encontradas relações estatisticamente significativas entre fibrilhação auricular e as outras variáveis, exceto a idade e a anticoagulação. Conclusão: A prevalência de fibrilhação auricular obtida neste estudo é elevada, o que chama à atenção para a necessidade de um diagnóstico precoce pela morbilidade e mortalidade que esta arritmia acarreta e para a importância da prevenção desta mesma, uma vez que muitos dos fatores de risco podem ser controlados e tratados, reforçando o papel dos Cuidados de Saúde Primários nestes.Introduction: Atrial fibrillation is the most frequent arrythmia in clinical practice, leading to an increase in the individual’s morbidity and overall mortality. This study aims to investigate the prevalence, incidence, percentage of individuals anticoagulated and the relationship between this arrythmia and other factors. Methods: Retrospective, descriptive and observational study in a sample of patients who attended Cardiology and Hypertension appointments in Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira for six months in 2019, through the consultation of clinical processes at SClínico, from which data was collected such as gender, age, anticoagulant medication, presence or absence of atrial fibrillation, hypertension, obstructive sleep apnea, smoking habits, body mass index and events of stroke, transient ischemic attack and/or acute myocardial infarction. Statistical analysis was performed by using SPSS®. Results: In a sample of 391 people, there was a prevalence of 16,9% of atrial fibrillation and an incidence of 5,23 per 100 patients in 6 months. Of the patients with atrial fibrillation, 68,2% are anticoagulated, being Rivaroxaban the one that is the most used of all anticoagulants: 28,9%. Half of the patients with atrial fibrillation are males, 39,4% are between 70 and 79 years old, 87,9% have hypertension, 25,8% have obstructive sleep apnea, 6,1% are smokers, 4,5% had a stroke, 4,5% had a transient ischemic attack and 16,7% had an acute myocardial infarction. There was no relationship found between atrial fibrillation and the other variables, except for age and anticoagulation. Conclusion: The prevalence of atrial fibrillation obtained in this study is high, which entails that an early diagnosis is needed due to the morbidity and mortality that this arrythmia causes and that it is crucial to prevent the risk factors that lead to atrial fibrillation, reinforcing the role of Primary Health Care in them.Rodrigues, Manuel de CarvalhouBibliorumVilarinho, Maria Margarida de Carvalho2020-12-17T16:45:25Z2020-07-102020-05-142020-07-10T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/10753urn:tid:202548830porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiainstacron:RCAAP2025-03-11T15:09:12Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/10753Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireinfo@rcaap.ptopendoar:https://opendoar.ac.uk/repository/71602025-05-29T01:23:54.723416Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiafalse |
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