PREVALÊNCIA DE LESÕES MÚSCULO-ESQUELÉTICAS EM TRABALHADORES INDUSTRIAIS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA
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Summary: | RESUMO Introdução Segundo a Organização Mundial de Saúde, no ano de 2017, as doenças musculosqueléticas foram as que mais contribuíram para a incapacidade global. Considerando o exercício de funções em contexto profissional como uma componente essencial no quotidiano do ser humano, é neste ambiente que surgem muitas destas lesões. As graves repercussões económicas, laborais e sociais que este tipo de lesões pode provocar remete-nos para a importância de analisar a prevalência atual destes eventos em diversas indústrias, bem como as zonas corporais mais afetadas. Métodos Foi realizada uma pesquisa de literatura nas bases de dados Pubmed e Web of Science, de artigos publicados após 2015. Os descritores utilizados foram “employee”, “skeletal muscle”, “injuries” e “industry/sectory”. Esta pesquisa resultou em 132 artigos, dos quais em 37 foi efetuada uma revisão ao texto completo e avaliação de qualidade dos mesmos, o que permitiu selecionar 15 artigos para uma análise consequente. Resultados Entre as diversas indústrias, a de curtumes foi a que apresentou maior prevalência global de lesões músculo-esqueléticas (89,1%), sendo de 94,5% no género feminino e de 85% no género masculino. De uma forma geral, a prevalência deste tipo de lesões em trabalhadores de diversas indústrias rondou os 70%. Na maioria das indústrias analisadas (como a alimentar, construção civil e têxtil), a zona dorsal/ lombar foi a zona mais descrita como origem destas lesões, com exceção da indústria da impressão, que reportou maior prevalência ao nível do ombro. Contudo, a zona dorsal foi a região menos identificada na indústria da impressão sendo substituída, neste caso, pela região do ombro. Discussão / Conclusão De uma forma geral, e de acordo com os dados obtidos, os trabalhadores industriais são afetados por uma prevalência de lesões músculo-esqueléticas que pode variar entre cerca de 55% e 90%. As regiões do corpo mais afetadas incluem a zona dorsal, seguida de ombros, membros inferiores e pescoço. O género feminino demonstrou ser mais suscetível de contrair lesões músculo-esqueléticas, no que respeita a trabalhadores industriais. |
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PREVALÊNCIA DE LESÕES MÚSCULO-ESQUELÉTICAS EM TRABALHADORES INDUSTRIAIS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURAPrevalênciaLesões Músculo-esqueléticasSegurança IndustrialRevisãoSaúde OcupacionalRESUMO Introdução Segundo a Organização Mundial de Saúde, no ano de 2017, as doenças musculosqueléticas foram as que mais contribuíram para a incapacidade global. Considerando o exercício de funções em contexto profissional como uma componente essencial no quotidiano do ser humano, é neste ambiente que surgem muitas destas lesões. As graves repercussões económicas, laborais e sociais que este tipo de lesões pode provocar remete-nos para a importância de analisar a prevalência atual destes eventos em diversas indústrias, bem como as zonas corporais mais afetadas. Métodos Foi realizada uma pesquisa de literatura nas bases de dados Pubmed e Web of Science, de artigos publicados após 2015. Os descritores utilizados foram “employee”, “skeletal muscle”, “injuries” e “industry/sectory”. Esta pesquisa resultou em 132 artigos, dos quais em 37 foi efetuada uma revisão ao texto completo e avaliação de qualidade dos mesmos, o que permitiu selecionar 15 artigos para uma análise consequente. Resultados Entre as diversas indústrias, a de curtumes foi a que apresentou maior prevalência global de lesões músculo-esqueléticas (89,1%), sendo de 94,5% no género feminino e de 85% no género masculino. De uma forma geral, a prevalência deste tipo de lesões em trabalhadores de diversas indústrias rondou os 70%. Na maioria das indústrias analisadas (como a alimentar, construção civil e têxtil), a zona dorsal/ lombar foi a zona mais descrita como origem destas lesões, com exceção da indústria da impressão, que reportou maior prevalência ao nível do ombro. Contudo, a zona dorsal foi a região menos identificada na indústria da impressão sendo substituída, neste caso, pela região do ombro. Discussão / Conclusão De uma forma geral, e de acordo com os dados obtidos, os trabalhadores industriais são afetados por uma prevalência de lesões músculo-esqueléticas que pode variar entre cerca de 55% e 90%. As regiões do corpo mais afetadas incluem a zona dorsal, seguida de ombros, membros inferiores e pescoço. O género feminino demonstrou ser mais suscetível de contrair lesões músculo-esqueléticas, no que respeita a trabalhadores industriais.Ajeogene Serviços Médicos Lda2020-12-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2183-84532020000200117Revista Portuguesa de Saúde Ocupacional online v.10 2020reponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiainstacron:RCAAPporhttp://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2183-84532020000200117Gonçalves,CSilva,PSilva,RCouto,Ginfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-02-06T17:31:24Zoai:scielo:S2183-84532020000200117Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireinfo@rcaap.ptopendoar:https://opendoar.ac.uk/repository/71602025-05-28T13:18:30.565427Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiafalse |
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RESUMO Introdução Segundo a Organização Mundial de Saúde, no ano de 2017, as doenças musculosqueléticas foram as que mais contribuíram para a incapacidade global. Considerando o exercício de funções em contexto profissional como uma componente essencial no quotidiano do ser humano, é neste ambiente que surgem muitas destas lesões. As graves repercussões económicas, laborais e sociais que este tipo de lesões pode provocar remete-nos para a importância de analisar a prevalência atual destes eventos em diversas indústrias, bem como as zonas corporais mais afetadas. Métodos Foi realizada uma pesquisa de literatura nas bases de dados Pubmed e Web of Science, de artigos publicados após 2015. Os descritores utilizados foram “employee”, “skeletal muscle”, “injuries” e “industry/sectory”. Esta pesquisa resultou em 132 artigos, dos quais em 37 foi efetuada uma revisão ao texto completo e avaliação de qualidade dos mesmos, o que permitiu selecionar 15 artigos para uma análise consequente. Resultados Entre as diversas indústrias, a de curtumes foi a que apresentou maior prevalência global de lesões músculo-esqueléticas (89,1%), sendo de 94,5% no género feminino e de 85% no género masculino. De uma forma geral, a prevalência deste tipo de lesões em trabalhadores de diversas indústrias rondou os 70%. Na maioria das indústrias analisadas (como a alimentar, construção civil e têxtil), a zona dorsal/ lombar foi a zona mais descrita como origem destas lesões, com exceção da indústria da impressão, que reportou maior prevalência ao nível do ombro. Contudo, a zona dorsal foi a região menos identificada na indústria da impressão sendo substituída, neste caso, pela região do ombro. Discussão / Conclusão De uma forma geral, e de acordo com os dados obtidos, os trabalhadores industriais são afetados por uma prevalência de lesões músculo-esqueléticas que pode variar entre cerca de 55% e 90%. As regiões do corpo mais afetadas incluem a zona dorsal, seguida de ombros, membros inferiores e pescoço. O género feminino demonstrou ser mais suscetível de contrair lesões músculo-esqueléticas, no que respeita a trabalhadores industriais. |
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