Características de vinculação, sintomas psicopatológicos e recursos internos de resiliência em adolescentes institucionalizados

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Main Author: Sá, Isadora da Silva Coelho de
Publication Date: 2021
Format: Master thesis
Language: por
Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Download full: http://hdl.handle.net/10400.1/17088
Summary: O acolhimento institucional é uma política pública que ocorre em diversos países do mundo como estratégia de proteção para crianças e adolescentes que se encontram em contextos potencialmente danosos para a sua saúde física e mental. Em Portugal, apesar do esforço das instituições em promover boas práticas institucionais e assegurar condições adequadas de desenvolvimento aos adolescentes sob a tutela do Estado, esse grupo-alvo ainda é pouco estudado. A adolescência é uma fase de desenvolvimento marcada por maior instabilidade e pela aquisição de diversas competências emocionais, sociais e cognitivas, reforçando-se a importância dos processos de intervenção precoce. Neste estudo participaram um total de 68 adolescentes de ambos os sexos, com idades entre 12 e 19 anos, que residiam em cinco Lares de Infância e Juventude do Algarve. O principal objetivo foi o de investigar a associação entre as características de resiliência, a vulnerabilidade da vinculação e a sintomatologia psicopatológica nesta população. Utilizou-se para esse efeito os seguintes instrumentos: Healthy Kids Resilience Assessment Module (HKRAM); Vulnerable Attachment Style Questionnaire (VASQ); o Brief Symptom Inventory (BSI) e um questionário de dados sociodemográficos e familiares. Os resultados confirmaram a prevalência de vinculação insegura entre os adolescentes institucionalizados. Os jovens que apresentaram vinculação segura apresentaram também índices de perceção de resiliência maiores quando comparados com sujeitos com vinculação insegura. Ademais, rapazes e raparigas são afetados diferentemente pela vinculação vulnerável, reportando as raparigas índices mais elevados de sintomatologia psicopatológica. Apesar disso, os resultados também apontam para fatores de proteção como bons níveis de resiliência percebida. Atendendo aos resultados obtidos, verificamos a importância de estimular o relacionamento com a família e com os técnicos que trabalham nas instituições, gerando um ambiente de acolhimento que também seja sensível as demandas emocionais dos residentes. Conclui-se que apesar dos adolescentes residirem em instituições, os recursos que este ambiente oferece pode impactar positivamente no desenvolvimento dos jovens, sendo um espaço de recuperação e segurança.
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