Particularidades na formulação de misturas de alimentos para coelhos anões
Main Author: | |
---|---|
Publication Date: | 2012 |
Other Authors: | , |
Format: | Article |
Language: | por |
Source: | Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
Download full: | http://hdl.handle.net/10400.11/1507 |
Summary: | Estima-se que dois em cada três lares portugueses tenham um animal de estimação. Embora predominem os cães e os gatos, lagomorfos e roedores de companhia têm vindo a contribuir cada vez mais para aqueles números. Pela importância que os coelhos anões têm a nível mundial como novos animais de companhia, vários estudos têm sido desenvolvidos para avaliar as suas necessidades nutricionais, sempre com o objetivo de aumentar o seu bem-estar e a sua longevidade. Os coelhos anões podem viver mais de 7 anos, têm um peso ao nascimento de 30 a 60g, peso adulto inferior a 1000g e consumos médios diários de alimentos de 5g/100g PV e de água de 5 a 10ml/100g PV. O primeiro grande problema que o nutricionista tem de resolver é o de conseguir atenuar, com o alimento que formula, o ritmo de crescimento dos dentes incisivos. O regime alimentar deve conter alimentos fibrosos, predominantemente fenos de gramíneas como o azevém (Lo¬lium spp) e/ou o rabo-de-gato (Phleum pratense). O segundo grande problema consiste em reduzir o risco de urolitíase nos animais mais velhos. As dietas devem conter pouco Ca (0,5% em coelhos adultos; 0,8% em coelhos em crescimento e coelhas em lactação) e pouca Vitamina D (<25μg/kg de alimen¬to). Os regimes alimentares com elevados níveis de Ca, por exemplo com grande quantidade de feno de luzerna, vão contribuir para uma maior ocorrência de cálculos renais de Ca(H2PO4)2 e CaC2O4. O terceiro grande problema é a obesidade. Para evitar fenómenos de obesidade, o regime alimentar deve ser pobre em gordura (até 3,5%) e o rótulo da embalagem devem indicar a dose máxima diária recomendada de alimento. A gordura deve ser rica em CLA e PUFA para evitar problemas de pele e pêlo. O poster elaborado apresenta alguns exemplos do apoio técnico e científico que a Escola Superior Agrária de Castelo Branco está a dar a duas empresas que produzem e comercializam misturas para animais de companhia. Têm vindo a ser formuladas misturas para coelhos anões que já estão disponíveis no mercado. As misturas produzidas satisfazem as necessidades dos animais e incluem sementes de cereais (milho, trigo e cevada) e de proteaginosas (ervilha forrageira e lentilha), micronizadas e extrudidas, pelet formulados por nós e pelet de luzerna, palha de trigo, fenos de azevém e de luzerna e suplementos vitamínicos, minerais e PUFA. Apresentam uma composição variável de 11-13% PB, 2-3% GB, 13-15% FB, 4-6% cinzas, Ca <1%, P<0,7% e 2600-2800 kcla/kg ED. |
id |
RCAP_8a25f20f8998b1520a82bf74183b0994 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ipcb.pt:10400.11/1507 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
repository_id_str |
https://opendoar.ac.uk/repository/7160 |
spelling |
Particularidades na formulação de misturas de alimentos para coelhos anõesCoelhos anõesNecessidades em nutrientesRegime alimentarEstima-se que dois em cada três lares portugueses tenham um animal de estimação. Embora predominem os cães e os gatos, lagomorfos e roedores de companhia têm vindo a contribuir cada vez mais para aqueles números. Pela importância que os coelhos anões têm a nível mundial como novos animais de companhia, vários estudos têm sido desenvolvidos para avaliar as suas necessidades nutricionais, sempre com o objetivo de aumentar o seu bem-estar e a sua longevidade. Os coelhos anões podem viver mais de 7 anos, têm um peso ao nascimento de 30 a 60g, peso adulto inferior a 1000g e consumos médios diários de alimentos de 5g/100g PV e de água de 5 a 10ml/100g PV. O primeiro grande problema que o nutricionista tem de resolver é o de conseguir atenuar, com o alimento que formula, o ritmo de crescimento dos dentes incisivos. O regime alimentar deve conter alimentos fibrosos, predominantemente fenos de gramíneas como o azevém (Lo¬lium spp) e/ou o rabo-de-gato (Phleum pratense). O segundo grande problema consiste em reduzir o risco de urolitíase nos animais mais velhos. As dietas devem conter pouco Ca (0,5% em coelhos adultos; 0,8% em coelhos em crescimento e coelhas em lactação) e pouca Vitamina D (<25μg/kg de alimen¬to). Os regimes alimentares com elevados níveis de Ca, por exemplo com grande quantidade de feno de luzerna, vão contribuir para uma maior ocorrência de cálculos renais de Ca(H2PO4)2 e CaC2O4. O terceiro grande problema é a obesidade. Para evitar fenómenos de obesidade, o regime alimentar deve ser pobre em gordura (até 3,5%) e o rótulo da embalagem devem indicar a dose máxima diária recomendada de alimento. A gordura deve ser rica em CLA e PUFA para evitar problemas de pele e pêlo. O poster elaborado apresenta alguns exemplos do apoio técnico e científico que a Escola Superior Agrária de Castelo Branco está a dar a duas empresas que produzem e comercializam misturas para animais de companhia. Têm vindo a ser formuladas misturas para coelhos anões que já estão disponíveis no mercado. As misturas produzidas satisfazem as necessidades dos animais e incluem sementes de cereais (milho, trigo e cevada) e de proteaginosas (ervilha forrageira e lentilha), micronizadas e extrudidas, pelet formulados por nós e pelet de luzerna, palha de trigo, fenos de azevém e de luzerna e suplementos vitamínicos, minerais e PUFA. Apresentam uma composição variável de 11-13% PB, 2-3% GB, 13-15% FB, 4-6% cinzas, Ca <1%, P<0,7% e 2600-2800 kcla/kg ED.ASPOC / ESAVRepositório Científico do Instituto Politécnico de Castelo BrancoVaz, Edgar Santa RitaPitacas, F.I.Rodrigues, A.M.2012-11-12T09:49:22Z20122012-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.11/1507porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiainstacron:RCAAP2025-02-26T14:13:23Zoai:repositorio.ipcb.pt:10400.11/1507Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireinfo@rcaap.ptopendoar:https://opendoar.ac.uk/repository/71602025-05-28T21:28:30.805394Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiafalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Particularidades na formulação de misturas de alimentos para coelhos anões |
title |
Particularidades na formulação de misturas de alimentos para coelhos anões |
spellingShingle |
Particularidades na formulação de misturas de alimentos para coelhos anões Vaz, Edgar Santa Rita Coelhos anões Necessidades em nutrientes Regime alimentar |
title_short |
Particularidades na formulação de misturas de alimentos para coelhos anões |
title_full |
Particularidades na formulação de misturas de alimentos para coelhos anões |
title_fullStr |
Particularidades na formulação de misturas de alimentos para coelhos anões |
title_full_unstemmed |
Particularidades na formulação de misturas de alimentos para coelhos anões |
title_sort |
Particularidades na formulação de misturas de alimentos para coelhos anões |
author |
Vaz, Edgar Santa Rita |
author_facet |
Vaz, Edgar Santa Rita Pitacas, F.I. Rodrigues, A.M. |
author_role |
author |
author2 |
Pitacas, F.I. Rodrigues, A.M. |
author2_role |
author author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Repositório Científico do Instituto Politécnico de Castelo Branco |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Vaz, Edgar Santa Rita Pitacas, F.I. Rodrigues, A.M. |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Coelhos anões Necessidades em nutrientes Regime alimentar |
topic |
Coelhos anões Necessidades em nutrientes Regime alimentar |
description |
Estima-se que dois em cada três lares portugueses tenham um animal de estimação. Embora predominem os cães e os gatos, lagomorfos e roedores de companhia têm vindo a contribuir cada vez mais para aqueles números. Pela importância que os coelhos anões têm a nível mundial como novos animais de companhia, vários estudos têm sido desenvolvidos para avaliar as suas necessidades nutricionais, sempre com o objetivo de aumentar o seu bem-estar e a sua longevidade. Os coelhos anões podem viver mais de 7 anos, têm um peso ao nascimento de 30 a 60g, peso adulto inferior a 1000g e consumos médios diários de alimentos de 5g/100g PV e de água de 5 a 10ml/100g PV. O primeiro grande problema que o nutricionista tem de resolver é o de conseguir atenuar, com o alimento que formula, o ritmo de crescimento dos dentes incisivos. O regime alimentar deve conter alimentos fibrosos, predominantemente fenos de gramíneas como o azevém (Lo¬lium spp) e/ou o rabo-de-gato (Phleum pratense). O segundo grande problema consiste em reduzir o risco de urolitíase nos animais mais velhos. As dietas devem conter pouco Ca (0,5% em coelhos adultos; 0,8% em coelhos em crescimento e coelhas em lactação) e pouca Vitamina D (<25μg/kg de alimen¬to). Os regimes alimentares com elevados níveis de Ca, por exemplo com grande quantidade de feno de luzerna, vão contribuir para uma maior ocorrência de cálculos renais de Ca(H2PO4)2 e CaC2O4. O terceiro grande problema é a obesidade. Para evitar fenómenos de obesidade, o regime alimentar deve ser pobre em gordura (até 3,5%) e o rótulo da embalagem devem indicar a dose máxima diária recomendada de alimento. A gordura deve ser rica em CLA e PUFA para evitar problemas de pele e pêlo. O poster elaborado apresenta alguns exemplos do apoio técnico e científico que a Escola Superior Agrária de Castelo Branco está a dar a duas empresas que produzem e comercializam misturas para animais de companhia. Têm vindo a ser formuladas misturas para coelhos anões que já estão disponíveis no mercado. As misturas produzidas satisfazem as necessidades dos animais e incluem sementes de cereais (milho, trigo e cevada) e de proteaginosas (ervilha forrageira e lentilha), micronizadas e extrudidas, pelet formulados por nós e pelet de luzerna, palha de trigo, fenos de azevém e de luzerna e suplementos vitamínicos, minerais e PUFA. Apresentam uma composição variável de 11-13% PB, 2-3% GB, 13-15% FB, 4-6% cinzas, Ca <1%, P<0,7% e 2600-2800 kcla/kg ED. |
publishDate |
2012 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2012-11-12T09:49:22Z 2012 2012-01-01T00:00:00Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10400.11/1507 |
url |
http://hdl.handle.net/10400.11/1507 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
ASPOC / ESAV |
publisher.none.fl_str_mv |
ASPOC / ESAV |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia instacron:RCAAP |
instname_str |
FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
collection |
Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia |
repository.mail.fl_str_mv |
info@rcaap.pt |
_version_ |
1833599292759080960 |