A proteção do sono do recém-nascido pré-termo e de termo nas unidades de cuidados intensivos neonatais: modelo touchpoints
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Publication Date: | 2024 |
Format: | Master thesis |
Language: | por |
Source: | Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
Download full: | http://hdl.handle.net/10400.26/53866 |
Summary: | O sono é o principal estado comportamental no período neonatal. Os recém-nascidos (RN) não apresentam um padrão circadiano, presumindo-se uma ritmação por sincronização com a prestação de cuidados. A capacidade de atingirem um estado de transição sugestivo de adormecimento tem que ver com uma capacidade temporalmente dependente de marcos de desenvolvimento relativos a conexões neuronais expressas em respostas comportamentais comprometidas pela estimulação sensorial excessiva observada em ambiente de cuidados intensivos, indutora de privação do sono. Efetuou-se um estudo observacional, longitudinal, correlacional e prospetivo, de abordagem quantitativa, que pretendeu avaliar o sono dos RN por uma análise biocomportamental tendo em conta as etapas de neurodesenvolvimento do RN pré-termo e de termo. Estes, foram avaliados mediante a sua estabilidade autónoma e fisiológica, regulação motora, organização de estados, que culminaram na capacidade de resposta ao meio que os envolvia traduzida por um padrão de sono. Face aos estímulos a que estiveram sujeitos ao longo do tempo de internamento, foram considerados touchpoints no crescimento e desenvolvimento. A amostra do estudo incluiu 62 RN internados numa Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais (UCIN) de um Hospital de Lisboa. Para recolha de dados, utilizouse uma grelha de observação que avaliou o sono dos RN quanto ao estado comportamental, posicionamento, necessidade de ventilação, alimentação, manipulação e exposição a ruído e luminosidade. Os resultados foram significativos no que concerne à influência do ruído no tempo de sono, tendo em conta a idade gestacional (IG). Por outro lado, demonstrou-se não existir correlação entre a resposta comportamental, perante fatores stressores, e a idade gestacional; que nem o posicionamento, nem a ventilação, influenciam o tempo de sono; que a forma de administração da alimentação não impacta no tempo de sono, e que não existe relação direta entre o seu tipo e o tempo até se atingir o estado de transição. Concluiu-se que é perentório existirem avaliações individuais das capacidades do RN pré-termo e de termo para lidarem com a estimulação excessiva a que ficam sujeitos nas UCIN, com efeito direto na proteção do seu sono. |
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O sono é o principal estado comportamental no período neonatal. Os recém-nascidos (RN) não apresentam um padrão circadiano, presumindo-se uma ritmação por sincronização com a prestação de cuidados. A capacidade de atingirem um estado de transição sugestivo de adormecimento tem que ver com uma capacidade temporalmente dependente de marcos de desenvolvimento relativos a conexões neuronais expressas em respostas comportamentais comprometidas pela estimulação sensorial excessiva observada em ambiente de cuidados intensivos, indutora de privação do sono. Efetuou-se um estudo observacional, longitudinal, correlacional e prospetivo, de abordagem quantitativa, que pretendeu avaliar o sono dos RN por uma análise biocomportamental tendo em conta as etapas de neurodesenvolvimento do RN pré-termo e de termo. Estes, foram avaliados mediante a sua estabilidade autónoma e fisiológica, regulação motora, organização de estados, que culminaram na capacidade de resposta ao meio que os envolvia traduzida por um padrão de sono. Face aos estímulos a que estiveram sujeitos ao longo do tempo de internamento, foram considerados touchpoints no crescimento e desenvolvimento. A amostra do estudo incluiu 62 RN internados numa Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais (UCIN) de um Hospital de Lisboa. Para recolha de dados, utilizouse uma grelha de observação que avaliou o sono dos RN quanto ao estado comportamental, posicionamento, necessidade de ventilação, alimentação, manipulação e exposição a ruído e luminosidade. Os resultados foram significativos no que concerne à influência do ruído no tempo de sono, tendo em conta a idade gestacional (IG). Por outro lado, demonstrou-se não existir correlação entre a resposta comportamental, perante fatores stressores, e a idade gestacional; que nem o posicionamento, nem a ventilação, influenciam o tempo de sono; que a forma de administração da alimentação não impacta no tempo de sono, e que não existe relação direta entre o seu tipo e o tempo até se atingir o estado de transição. Concluiu-se que é perentório existirem avaliações individuais das capacidades do RN pré-termo e de termo para lidarem com a estimulação excessiva a que ficam sujeitos nas UCIN, com efeito direto na proteção do seu sono. |
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