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Atitudes da mulher face à interrupção voluntária da gravidez

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Main Author: Fernandes, Bruno Filipe Almeida
Publication Date: 2014
Format: Master thesis
Language: por
Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Download full: http://hdl.handle.net/10400.19/2557
Summary: Enquadramento: A interrupção voluntária da gravidez tem sido um tema controverso nas sociedades economicamente desenvolvidas, abrangendo múltiplas perspetivas, mobilizando valores humanos, éticos, sociais, psicológicos, políticos; técnicos e económicos. O conhecimento desta temática por parte dos profissionais de saúde constitui-se como essencial na promoção do planeamento familiar e do empoderamento da mulher/ casal na adesão a comportamentos assertivos com uma vivência da sexualidade responsável e saudável. Objetivos: Identificar as variáveis sociodemográficas e obstétricas que são determinantes nas atitudes da mulher face à interrupção voluntária da gravidez; Analisar a influência da autoestima, da funcionalidade familiar, do suporte social e da satisfação com a vida conjugal nas atitudes da mulher face à interrupção voluntária da gravidez. Métodos: Estudo não experimental, quantitativo, descritivo-correlacional e explicativo, com uma amostra não probabilística por conveniência (n=101). A recolha de dados efetuou-se através de um questionário constituído por uma componente sociodemográfica e historial obstétrico, e por uma segunda parte onde recorremos a quatro escalas: Funcionalidade familiar, SmilKstein (1978), versão portuguesa de Azevedo & Matos (1989); Self Esteem Scale, Rosenberg (1965), versão portuguesa de Santos & Maia (1999, 2003); Satisfação com o suporte social, Ribeiro (1999); Satisfação em áreas da vida conjugal, Narciso, I. & Costa, M. E. (1996). Este instrumento de colheita de dados foi aplicado a mulheres que interromperam a gravidez num hospital da região centro. Resultados: A idade das mulheres oscilou entre os 16 e os 49 anos, 61,4% são solteiras/ divorciadas, apresentam um agregado familiar médio de 3,18 elementos, (48,3%) são gesta três e têm em média de 5,81 semanas de gestação. 97% não planeou esta gravidez. Constatamos diferenças estatísticas significativas para as variáveis: Idade, são as mulheres mais novas que mais valorizam a dimensão “motivos de ordem pessoal” (p=0,001) e a “atitude total” (p=0,036); Nacionalidade, são as mulheres estrangeiras que maior importância atribuem à dimensão “motivos familiares” (p=0,035); Situação laboral, são as estudantes que revelam interromper a gravidez por “motivos de ordem pessoal” (p=0,000). 52,5% aponta motivos de ordem económica para a concretizar, são as mulheres mais velhas (53,6%) que maior significado atribuem à dimensão “motivos de ordem económica” (p=0,000), enquanto que as Primigestas o fazem por “motivos de ordem pessoal” (p=0,000). Verificamos ainda que os “motivos de ordem familiar” são os mais significativos nas mulheres com disfuncionalidade familiar leve (p=0,007), com moderada satisfação com o suporte social (p=0,014) e baixa satisfação conjugal (p=0,002). Por fim, constatamos que o Suporte social, na dimensão “intimidade” (p=0,000 - 0,006), face aos motivos de ordem familiar e total das atitudes, respetivamente, e “suporte social total” (p=0,005 ) relativamente aos motivos de ordem socioeconómica; e a Satisfação em áreas da vida conjugal, nas dimensões “sexualidade” (p=0,000) e “autonomia” (p=0,021 ), quanto aos motivos de ordem familiar e pessoal, respetivamente; têm poder preditivo sobre as atitudes da mulher face à interrupção voluntária da gravidez. Conclusão: Podemos assim afirmar que a idade, a situação laboral, a nacionalidade, ser primigesta, as motivações económicas, funcionalidade familiar, a satisfação com o suporte social e a satisfação conjugal apresentam evidências de sensibilidade no contexto da interrupção voluntária da gravidez. O conhecimento mais aprofundado das atitudes da mulher face à interrupção voluntária da gravidez, permitirá produzir reflexos na prática de cuidados especializados, no contexto do planeamento familiar e pré-concecional, visando a excelência das práticas em Saúde Materna, Obstetrícia e Ginecologia. Palavras-chave: Atitudes, interrupção voluntária da gravidez, funcionalidade familiar, autoestima, suporte social e satisfação conjugal.
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Objetivos: Identificar as variáveis sociodemográficas e obstétricas que são determinantes nas atitudes da mulher face à interrupção voluntária da gravidez; Analisar a influência da autoestima, da funcionalidade familiar, do suporte social e da satisfação com a vida conjugal nas atitudes da mulher face à interrupção voluntária da gravidez. Métodos: Estudo não experimental, quantitativo, descritivo-correlacional e explicativo, com uma amostra não probabilística por conveniência (n=101). A recolha de dados efetuou-se através de um questionário constituído por uma componente sociodemográfica e historial obstétrico, e por uma segunda parte onde recorremos a quatro escalas: Funcionalidade familiar, SmilKstein (1978), versão portuguesa de Azevedo & Matos (1989); Self Esteem Scale, Rosenberg (1965), versão portuguesa de Santos & Maia (1999, 2003); Satisfação com o suporte social, Ribeiro (1999); Satisfação em áreas da vida conjugal, Narciso, I. & Costa, M. E. (1996). Este instrumento de colheita de dados foi aplicado a mulheres que interromperam a gravidez num hospital da região centro. Resultados: A idade das mulheres oscilou entre os 16 e os 49 anos, 61,4% são solteiras/ divorciadas, apresentam um agregado familiar médio de 3,18 elementos, (48,3%) são gesta três e têm em média de 5,81 semanas de gestação. 97% não planeou esta gravidez. Constatamos diferenças estatísticas significativas para as variáveis: Idade, são as mulheres mais novas que mais valorizam a dimensão “motivos de ordem pessoal” (p=0,001) e a “atitude total” (p=0,036); Nacionalidade, são as mulheres estrangeiras que maior importância atribuem à dimensão “motivos familiares” (p=0,035); Situação laboral, são as estudantes que revelam interromper a gravidez por “motivos de ordem pessoal” (p=0,000). 52,5% aponta motivos de ordem económica para a concretizar, são as mulheres mais velhas (53,6%) que maior significado atribuem à dimensão “motivos de ordem económica” (p=0,000), enquanto que as Primigestas o fazem por “motivos de ordem pessoal” (p=0,000). Verificamos ainda que os “motivos de ordem familiar” são os mais significativos nas mulheres com disfuncionalidade familiar leve (p=0,007), com moderada satisfação com o suporte social (p=0,014) e baixa satisfação conjugal (p=0,002). Por fim, constatamos que o Suporte social, na dimensão “intimidade” (p=0,000 - 0,006), face aos motivos de ordem familiar e total das atitudes, respetivamente, e “suporte social total” (p=0,005 ) relativamente aos motivos de ordem socioeconómica; e a Satisfação em áreas da vida conjugal, nas dimensões “sexualidade” (p=0,000) e “autonomia” (p=0,021 ), quanto aos motivos de ordem familiar e pessoal, respetivamente; têm poder preditivo sobre as atitudes da mulher face à interrupção voluntária da gravidez. Conclusão: Podemos assim afirmar que a idade, a situação laboral, a nacionalidade, ser primigesta, as motivações económicas, funcionalidade familiar, a satisfação com o suporte social e a satisfação conjugal apresentam evidências de sensibilidade no contexto da interrupção voluntária da gravidez. O conhecimento mais aprofundado das atitudes da mulher face à interrupção voluntária da gravidez, permitirá produzir reflexos na prática de cuidados especializados, no contexto do planeamento familiar e pré-concecional, visando a excelência das práticas em Saúde Materna, Obstetrícia e Ginecologia. Palavras-chave: Atitudes, interrupção voluntária da gravidez, funcionalidade familiar, autoestima, suporte social e satisfação conjugal.Ferreira, Manuela Maria ConceiçãoDuarte, João CarvalhoInstituto Politécnico de ViseuFernandes, Bruno Filipe Almeida2015-01-20T11:50:20Z2014-03-2620142014-03-26T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.19/2557urn:tid:201164701porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiainstacron:RCAAP2025-03-06T13:55:24Zoai:repositorio.ipv.pt:10400.19/2557Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireinfo@rcaap.ptopendoar:https://opendoar.ac.uk/repository/71602025-05-29T00:09:21.045297Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiafalse
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