Avaliação da função respiratória: Comparação entre valores de referência percentuais fixos e o 5.º percentil para diagnóstico de obstrução das vias aéreas
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Summary: | Introdução: Têm sido utilizados critérios fixos para avaliação funcional de doentes com patologia respiratória. É actualmente recomendado pelas orientações internacionais a utilização preferencial do limite inferior (LLN) ou superior da normalidade (inferior ou superior ao 5.º percentil). Objectivo: Comparar os resultados das provas de função respiratória (PFR), utilizando os valores percentuais fixos versus 5.º percentil (método de referência) como limites da normalidade, no diagnóstico funcional de obstrução das vias aéreas. Métodos: Análise retrospectiva dos registos de PFR (espirometria e pletismografia corporal) efectuados pelos autores em 2011. Foi avaliada a concordância entre os dois métodos na amostra global, sendo os doentes distribuídos por faixas etárias.Posteriormente foram seleccionadas as PFR com razão FEV1/VC (volume expiratório máximo no 1.º segundo/capacidade vital) < LLN. Nestas, foram analisados os parâmetros FEV1, FVC (capacidade vital forçada), TLC (capacidade pulmonar total) e RV (volume residual) quando considerados o 5.º percentil versus valores percentuais fixos. A análise estatística for realizada com SPSS 20.0, com recurso ao teste Kappa de Cohen. Resultados: Em 2011, 1358 indivíduos realizaram PFR. Foram excluídos 8 por dados incompletos. O grau de concordância entre os dois critérios foi Kappa = 0,655 ± 0,035. Entre os 124 doentes que apresentavam obstrução pelo LLN, 32 (26%) tiveram um teste normal pelo cut-off de 0,70, pelo que seriam erradamente subdiagnosticados. Este facto apenas se verificou nas faixas etárias mais jovens, enquanto nos grupos etários mais idosos se observou uma elevada taxa de sobrediagnóstico (51 indivíduos - 36%). Entre os doentes com obstrução, a concordância para os restantes parâmetros foi boa, excepto para a hiperinsuflação diagnosticada por TLC. Conclusão: A utilização de valores percentuais fixos para diagnóstico de obstrução resulta em elevada taxa de subdiagnóstico em idades jovens e sobrediagnóstico em idades avançadas. |
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