Parâmetros genéticos da peeira em ovinos das raças Merina Branca e Merina Preta em Portugal

Bibliographic Details
Main Author: Carolino, Nuno
Publication Date: 2019
Other Authors: Monteiro, Helena, Madeira, Miguel, Santos, João, Tábuas, Lino, Branco, Sandra, Bettencourt, Elisa, Padre, Ludovina, Romão, Ricardo, Caetano, Pedro, Damião, Pedro, Dias, Clara, Bettencourt, Carlos, Marcos Ramos, António, Matos, Claudino
Format: Conference object
Language: por
Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Download full: http://hdl.handle.net/10174/26444
Summary: A peeira influencia negativamente diversos aspetos da ovinicultura e tem grande impacto económico e social em diversos países produtores de ovinos de ambos os hemisférios, particularmente na indústria da lã fina, amplamente dominada pelas raças Merinas. Com este trabalho pretendeu-se estimar componentes de variância associados à peeira em ovinos das raças Merina Branca (MB) e Merina Preta (MP), tendo sido realizado no âmbito das atividades previstas no Projeto GEN-RES-Alentejo, que tem como objetivo principal, contribuir para a melhoria da produtividade das explorações de ovinos no Alentejo, através da identificação, por metodologias genómicas de última geração, de marcadores genéticos associados à resistência à peeira e ao parasitismo gastrointestinal por nematodos. Utilizaram-se 745 registos de scores de peeira (positivo vs negativo) de 437 fêmeas inscritas nos Livros de Adultos (239♀MB e 198♀MP), recolhidos entre 2016 e 2018 em 3 criadores. A partir dos 437 animais com registos de score de peeira, construiu-se de forma ascendente um ficheiro de pedigrees, que incluiu toda a informação genealógica destes animais, obtendo-se no final um ficheiro com 1229 indivíduos (136♂ e 1093♀). Os registos disponíveis foram analisados segundo uma abordagem frequentista e depois bayesiana. Assim, inicialmente foram analisados por máxima verosimilhança restrita, com o software MTDFREML e com um critério de convergência de 10-9, através de um modelo animal com registos repetidos, que incluiu os efeitos fixos do criador*ano de avaliação do score, estação, raça e idade à avaliação (covariável linear e quadrática); como efeitos aleatórios foram considerados o valor genético do animal, o efeito ambiental permanente e o erro residual. Posteriormente, exatamente com mesmo tipo de modelo animal, efeitos fixos e aleatórios, os dados foram submetidos a análise com o software TM e por amostragem de Gibbs. As estimativas dos parâmetros genéticos e ambientais foram semelhantes segundo as duas metodologias, respetivamente, frequentista e bayesiana: variância genética, 0.12595 e 0.12781; variância ambiental permanente, 0.00000 e 0.00000; variância residual, 0.86336 e 0.85372; variância fenotípica, 0.98931 e 0.98153; heritabilidade, 0.127 e 0.130 e repetibilidade, 0.127 e 0.130. Os resultados obtidos neste trabalho, ainda que preliminares e baseados em pouca informação, permitiram demonstrar que existe algum determinismo genético associado à suscetibilidade/resistência à peeira. Consequentemente, é possível encarar com otimismo as ações a desenvolver no âmbito do projeto GEN-RES-Alentejo, designadamente, na identificação de marcadores genéticos relacionados com esta doença infeciosa de tão grande impacto nos ovinos e, num futuro próximo, a possibilidade das raças Merinas portuguesas poderem integrar novas metodologias de seleção nos respetivos programas de melhoramento genético.
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