Existe Azilense em Portugal? Novos dados sobre o Tardiglaciar e o Pré-Boreal no Vale do Côa.
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Publication Date: | 2017 |
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Source: | Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
Download full: | http://hdl.handle.net/10451/30443 |
Summary: | O faseamento do Magdalenense definido no Sudoeste francês, estabelecido com base na tipologia da indústria em osso, tem vindo a ser adotado em Portugal (Zilhão 1997, Bicho 1997, Gameiro 2012). Relativamente à transição do Pleistoceno para o Holoceno, tem‑se considerado que, apesar da existência de pontas azilenses, a ausência de indústria óssea em território nacional, bem como a inicialmente defendida continuidade tecnológica entre o Magdalenense e o Azilense franco‑cantábricos, torna impossível a caracterização de um período azilense (Zilhão 1997). O estudo das indústrias líticas de sítios do Baixo Côa (Fariseu, Cardina, Quinta da Barca Sul) e a continuação dos estudos em França e no norte da Península Ibérica conduziram ao abandono da perspectiva de continuidade tipo‑tecnológica entre o Magdalenense e o Azilense. As mudanças tecnológicas das indústrias do Vale do Côa, bem como as convenções morfotécnicas e temáticas das representações artísticas a elas associados, aproximam‑se do faseamento identificado na região franco‑cantábrica entre o fim do Tardiglaciar e o início do Holoceno. |
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Existe Azilense em Portugal? Novos dados sobre o Tardiglaciar e o Pré-Boreal no Vale do Côa.TardiglaciarMagdalenenseAzilenseTecnologia líticaArte paleolíticaVale do CôaLateglacialMagdalenianAzilianLithic technologyPalaeolithic artCôa ValleyO faseamento do Magdalenense definido no Sudoeste francês, estabelecido com base na tipologia da indústria em osso, tem vindo a ser adotado em Portugal (Zilhão 1997, Bicho 1997, Gameiro 2012). Relativamente à transição do Pleistoceno para o Holoceno, tem‑se considerado que, apesar da existência de pontas azilenses, a ausência de indústria óssea em território nacional, bem como a inicialmente defendida continuidade tecnológica entre o Magdalenense e o Azilense franco‑cantábricos, torna impossível a caracterização de um período azilense (Zilhão 1997). O estudo das indústrias líticas de sítios do Baixo Côa (Fariseu, Cardina, Quinta da Barca Sul) e a continuação dos estudos em França e no norte da Península Ibérica conduziram ao abandono da perspectiva de continuidade tipo‑tecnológica entre o Magdalenense e o Azilense. As mudanças tecnológicas das indústrias do Vale do Côa, bem como as convenções morfotécnicas e temáticas das representações artísticas a elas associados, aproximam‑se do faseamento identificado na região franco‑cantábrica entre o fim do Tardiglaciar e o início do Holoceno.The Magdalenian sequence defined for Southwest France, established based on bone industry, has been adopted in the Portuguese studies (Zilhão 1997, Bicho 1997, Gameiro 2012). Concerning the Pleistocene/Holocene transition, it has been considered that, despite the existence of azilian points, the absence of bone industry and the supposed Magdalenian‑Azilian technological continuity doesn’t allow the definition of an azilian period (Zilhão 1997). The study of lithic assemblages from Lower Côa sites (Fariseu, Cardina, Quinta da Barca Sul), and the ongoing studies in France and northern Iberia has led to the abandon the idea of Magdalenian‑Azilian typological and technological continuity. In the Côa Valley, technological, stylistic and thematic artistic changes are closer to the Franco‑Cantabrian Lateglacial to early Holocene sequence.Associação dos Arqueólogos PortuguesesRepositório da Universidade de LisboaAubry, ThierryGameiro, CristinaSantos, AndréLuís, Luís2018-01-12T11:15:27Z20172017-01-01T00:00:00Zbook partinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/30443porAubry, T., Gameiro, C., Santos, A., & Luís, L. (2017). Existe Azilense em Portugal? Novos dados sobre o Tardiglaciar e o Pré-Boreal no Vale do Côa. In J. M. Arnaud & A. Martins (Eds.), Arqueologia em Portugal. 2017 – Estado da Questão (pp. 403-418). Lisboa: Associação dos Arqueólogos Portugueses.978-972-9451-71-3info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiainstacron:RCAAP2025-03-17T13:46:01Zoai:repositorio.ulisboa.pt:10451/30443Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireinfo@rcaap.ptopendoar:https://opendoar.ac.uk/repository/71602025-05-29T02:53:23.040695Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiafalse |
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O faseamento do Magdalenense definido no Sudoeste francês, estabelecido com base na tipologia da indústria em osso, tem vindo a ser adotado em Portugal (Zilhão 1997, Bicho 1997, Gameiro 2012). Relativamente à transição do Pleistoceno para o Holoceno, tem‑se considerado que, apesar da existência de pontas azilenses, a ausência de indústria óssea em território nacional, bem como a inicialmente defendida continuidade tecnológica entre o Magdalenense e o Azilense franco‑cantábricos, torna impossível a caracterização de um período azilense (Zilhão 1997). O estudo das indústrias líticas de sítios do Baixo Côa (Fariseu, Cardina, Quinta da Barca Sul) e a continuação dos estudos em França e no norte da Península Ibérica conduziram ao abandono da perspectiva de continuidade tipo‑tecnológica entre o Magdalenense e o Azilense. As mudanças tecnológicas das indústrias do Vale do Côa, bem como as convenções morfotécnicas e temáticas das representações artísticas a elas associados, aproximam‑se do faseamento identificado na região franco‑cantábrica entre o fim do Tardiglaciar e o início do Holoceno. |
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