Mastocitoma Intestinal no Cão - Case Report
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.26/51195 |
Resumo: | O mastocitoma canino apresenta-se maioritariamente sobre a forma de massa cutânea e/ou subcutânea, no entanto, estão descritas formas viscerais. O seu quadro clínico e prognóstico variam substancialmente entre animais, localização anatómica, grau e estadio da doença. Os mastocitomas intestinais em cães estão ainda pouco descritos, existindo poucas publicações a documentá-los, sendo importante que todos sejam relatados e expostos à comunidade científica, a fim de melhorar as estratégias de diagnóstico, tratamento e prognóstico. O presente caso clínico refere-se a uma cadela esterilizada, bulldog francês, com 8 anos de idade com história de hematoquezia, sem alterações nas análises sanguíneas (hemograma e bioquímicas). Nos exames complementares de imagem (ecografia abdominal, radiografia abdominal, tomografia computorizada e endoscopia completa) foi possível observar sinais de intussusceção íleo ceco-cólica e a identificação de uma massa de grandes dimensões ao nível do cólon. Na endoscopia gastrointestinal completa foram realizadas biópsias dos diferentes segmentos, incluindo da massa, contudo estas não foram conclusivas. Como forma de diagnóstico e tratamento, foi realizada enterectomia com remoção da massa e posteriormente avaliação histopatológica. O resultado da histopatologia foi compatível com tumor de células redondas, sendo que após imunohistoquímica com o marcador CD117, confirmou-se o diagnóstico de mastocitoma intestinal. A evolução rápida dos achados nos controlos ecográficos realizados (linfonodos reativos de tamanhos diversos, massa mural adjacente à anastomose da parede intestinal e posteriormente aparecimento de uma massa no fígado) levaram à determinação presuntiva de uma recidiva local, de metastização ganglionar e envolvimento hepático. Após diagnóstico definitivo e identificação da nova massa no local da anastomose implementou-se terapia adjuvante com fosfato de toceranib na dose de 3,25 mg/kg. O estado geral do animal foi piorando e sete semanas e dois dias após diagnóstico foi eutanasiado. Com o presente trabalho pretende-se contribuir para o conhecimento do mastocitoma intestinal no cão, bem como retratar a evolução de uma neoplasia ainda pouco reportada em cães. |
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O mastocitoma canino apresenta-se maioritariamente sobre a forma de massa cutânea e/ou subcutânea, no entanto, estão descritas formas viscerais. O seu quadro clínico e prognóstico variam substancialmente entre animais, localização anatómica, grau e estadio da doença. Os mastocitomas intestinais em cães estão ainda pouco descritos, existindo poucas publicações a documentá-los, sendo importante que todos sejam relatados e expostos à comunidade científica, a fim de melhorar as estratégias de diagnóstico, tratamento e prognóstico. O presente caso clínico refere-se a uma cadela esterilizada, bulldog francês, com 8 anos de idade com história de hematoquezia, sem alterações nas análises sanguíneas (hemograma e bioquímicas). Nos exames complementares de imagem (ecografia abdominal, radiografia abdominal, tomografia computorizada e endoscopia completa) foi possível observar sinais de intussusceção íleo ceco-cólica e a identificação de uma massa de grandes dimensões ao nível do cólon. Na endoscopia gastrointestinal completa foram realizadas biópsias dos diferentes segmentos, incluindo da massa, contudo estas não foram conclusivas. Como forma de diagnóstico e tratamento, foi realizada enterectomia com remoção da massa e posteriormente avaliação histopatológica. O resultado da histopatologia foi compatível com tumor de células redondas, sendo que após imunohistoquímica com o marcador CD117, confirmou-se o diagnóstico de mastocitoma intestinal. A evolução rápida dos achados nos controlos ecográficos realizados (linfonodos reativos de tamanhos diversos, massa mural adjacente à anastomose da parede intestinal e posteriormente aparecimento de uma massa no fígado) levaram à determinação presuntiva de uma recidiva local, de metastização ganglionar e envolvimento hepático. Após diagnóstico definitivo e identificação da nova massa no local da anastomose implementou-se terapia adjuvante com fosfato de toceranib na dose de 3,25 mg/kg. O estado geral do animal foi piorando e sete semanas e dois dias após diagnóstico foi eutanasiado. Com o presente trabalho pretende-se contribuir para o conhecimento do mastocitoma intestinal no cão, bem como retratar a evolução de uma neoplasia ainda pouco reportada em cães. |
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