Guia Prático da Fauna de Artrópodes Predadores dos Ecossistemas Agrícolas dos Açores

Bibliographic Details
Main Author: Borges, Paulo A. V.
Publication Date: 2022
Other Authors: Lamelas-López, Lucas, Ferrante, Marco, Monjardino, Paulo, Lopes, David João Horta, Soares, António O., Gil, Artur José Freire, Nunes, Rui, Gabriel, Rosalina, Arroz, Ana Moura, Rigal, François, Bacher, Sven, Lövei, Gábor L.
Format: Book
Language: por
Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Download full: http://hdl.handle.net/10400.3/6527
Summary: A agricultura intensiva é uma das actividades que mais influencia a estrutura da paisagem, levando frequentemente à destruição e à perda de biodiversidade local. Por exemplo, a intensidade e gestão das actividades agrícolas pode influenciar dramaticamente a composição e abundância das comunidades de artrópodes que habitam nos agroecosistemas. Alguns artrópodes fitófagos podem causar danos aos pomares ao consumirem parte da planta ou fruto. No entanto, muitos outros podem fornecer serviços benéficos, como a polinização, o controlo de pragas e a decomposição. Os carochos, formigas e aranhas são predadores generalistas importantes para ajudar a controlar pragas de insectos, e, inclusive, reduzir a quantidade de ervas daninhas ao consumir as suas sementes. Quer os ecólogos quer os agrónomos acreditam que a simplicidade dos modernos campos agrícolas, especialmente os extensos campos em monoculturas que recebem frequentes aplicações de pesticidas, contribuem para os surtos de pragas, bastante típicos desses tipos de sistema. Os agroecossistemas mais simples podem ser ambientes relativamente hostis para os inimigos naturais, conduzindo à depauperação das comunidades de predadores e parasitóides. Os ecossistemas agrícolas mais diversificados, por outro lado, tendem a recrutar espécies ruderais, as quais, em geral, são mais resistentes à perturbação destes ambientes agrícolas. O declínio da biodiversidade dos inimigos naturais geralmente enfraquece o controlo biológico. Uma das razões por trás disso é que as comunidades mais ricas podem reunir espécies de inimigos naturais que atacam pragas usando diferentes estratégias ou nichos espaciais e temporais, de modo que a mortalidade total infligida sobre as pragas é maximizada apenas quando várias espécies inimigas ocorrem simultaneamente. O desafio que se coloca aos ecólogos e agrónomos é entender de que forma a biodiversidade dos inimigos naturais pode fortalecer o controlo biológico. Este livro contribui para a identificação e proteção dos artrópodes predadores, que são muito úteis para a agricultura e por isso benéficos para toda a sociedade. [da Nota Introdutória]
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