Concepções sobre a Matemática e trabalho investigativo
Main Author: | |
---|---|
Publication Date: | 1998 |
Other Authors: | |
Format: | Article |
Language: | por |
Source: | Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
Download full: | https://doi.org/10.48489/quadrante.22710 |
Summary: | As actividades de investigação proporcionam aos alunos uma experiência viva e gratificante – levando-os a aprender processos como generalizar, considerar casos particulares, simbolizar, comunicar, analisar, explorar, conjecturar e provar. Investigação anterior, embora escassa, mostra as suas potencialidades mas também os seus problemas, resultantes dos alunos manifestarem, frequentemente, concepções incorrectas sobre a Matemática e a sua aprendizagem. Este estudo procura saber como é que eles trabalham nestas actividades, e de que forma podem evoluir as suas concepções. Para isso – tendo por base a realização de quatro tarefas de investigação em aulas de Matemática e usando um estudo de caso – analisa-se o modo como um aluno do 6° ano se envolve actividades deste tipo. O aluno em causa, Francisco, mostra grande interesse nas actividades propostas. Nas primeiras não vai além da formulação de conjecturas. Progressivamente, realiza testes, refina conjecturas e ensaia justificações. Revela crescente autonomia, confiança e ousadia nos seus raciocínios. De início, integra-se pouco no grupo mas por fim já interage bastante com os colegas. Inicialmente muito dependente da professora para a validação dos resultados, vai reconhecendo que também é uma autoridade matemática. Estas actividades contribuem para que ele adquira uma nova visão da Matemática como ciência em desenvolvimento, do papel do professor como orientador e do carácter desejavelmente estimulante das tarefas. O estudo conclui que a natureza desafiante e aberta das tarefas, o modo de trabalho usado pela professora e a dinâmica da aula proporcionaram oportunidades de raciocínio e interacção que foram aproveitadas por este aluno. Mostra também que é possível um significativo enriquecimento de aspectos cruciais das concepções dos alunos e sugere que o trabalho investigativo na sala de aula merece grande atenção na pesquisa educacional, indicando novas pistas para trabalho futuro. |
id |
RCAP_4c0645725d1101292ea66a3ef6acfa4a |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/22710 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
repository_id_str |
https://opendoar.ac.uk/repository/7160 |
spelling |
Concepções sobre a Matemática e trabalho investigativoConcepções sobre a Matemática e trabalho investigativoArtigosAs actividades de investigação proporcionam aos alunos uma experiência viva e gratificante – levando-os a aprender processos como generalizar, considerar casos particulares, simbolizar, comunicar, analisar, explorar, conjecturar e provar. Investigação anterior, embora escassa, mostra as suas potencialidades mas também os seus problemas, resultantes dos alunos manifestarem, frequentemente, concepções incorrectas sobre a Matemática e a sua aprendizagem. Este estudo procura saber como é que eles trabalham nestas actividades, e de que forma podem evoluir as suas concepções. Para isso – tendo por base a realização de quatro tarefas de investigação em aulas de Matemática e usando um estudo de caso – analisa-se o modo como um aluno do 6° ano se envolve actividades deste tipo. O aluno em causa, Francisco, mostra grande interesse nas actividades propostas. Nas primeiras não vai além da formulação de conjecturas. Progressivamente, realiza testes, refina conjecturas e ensaia justificações. Revela crescente autonomia, confiança e ousadia nos seus raciocínios. De início, integra-se pouco no grupo mas por fim já interage bastante com os colegas. Inicialmente muito dependente da professora para a validação dos resultados, vai reconhecendo que também é uma autoridade matemática. Estas actividades contribuem para que ele adquira uma nova visão da Matemática como ciência em desenvolvimento, do papel do professor como orientador e do carácter desejavelmente estimulante das tarefas. O estudo conclui que a natureza desafiante e aberta das tarefas, o modo de trabalho usado pela professora e a dinâmica da aula proporcionaram oportunidades de raciocínio e interacção que foram aproveitadas por este aluno. Mostra também que é possível um significativo enriquecimento de aspectos cruciais das concepções dos alunos e sugere que o trabalho investigativo na sala de aula merece grande atenção na pesquisa educacional, indicando novas pistas para trabalho futuro.Investigative activities provide students with lively and gratifying experiences — stimulating learning processes such as generalizing, particularizing, symbolizing, communicating, analyzing, exploring, conjecturing, and proving. Previous research, although scarce, points their potential but also their problems. These result from incorrect conceptions that students often hold about mathematics and learning. This research intends to show how they work in this activities and develop their conceptions. Based in four investigational tasks and using a case study, it analyzes how a sixth-grade student gets involved in this kind of activity. The student, Francisco, shows great interest in the proposed tasks. Firstly he does not go beyond formulating conjectures. Progressively, he carries out tests, refines his conjectures, and sketches justifications. He reveals growing autonomy, confidence, and willingness to take risks in his reasoning. In the beginning, he does not relate to the group but at the end he interacts with his colleagues. Initially very dependent from the teacher to validate results, he recognizes himself as a mathematical authority. These activities contribute for his acquiring of a new conception of mathematics as a developing science, of the role of the teacher as a facilitator, and regarding classroom tasks, as desirably challenging. The study concludes that the open and challenging nature of tasks, the working procedures of the teacher, and the dynamic of the classroom yielded opportunities for reasoning and interaction that were uptaken by this student. It also shows that a significant enrichment of crucial aspects of students’ conceptions is possible and suggests that investigative work in the classroom deserves clear attention in educational research, indicating new leads for future work.APM - Associação de Professores de Matemática1998-12-30info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://doi.org/10.48489/quadrante.22710por2183-2838Segurado, IrenePonte, João Pedro dainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiainstacron:RCAAP2025-02-20T20:49:52Zoai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/22710Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireinfo@rcaap.ptopendoar:https://opendoar.ac.uk/repository/71602025-05-28T20:38:59.873216Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiafalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Concepções sobre a Matemática e trabalho investigativo Concepções sobre a Matemática e trabalho investigativo |
title |
Concepções sobre a Matemática e trabalho investigativo |
spellingShingle |
Concepções sobre a Matemática e trabalho investigativo Segurado, Irene Artigos |
title_short |
Concepções sobre a Matemática e trabalho investigativo |
title_full |
Concepções sobre a Matemática e trabalho investigativo |
title_fullStr |
Concepções sobre a Matemática e trabalho investigativo |
title_full_unstemmed |
Concepções sobre a Matemática e trabalho investigativo |
title_sort |
Concepções sobre a Matemática e trabalho investigativo |
author |
Segurado, Irene |
author_facet |
Segurado, Irene Ponte, João Pedro da |
author_role |
author |
author2 |
Ponte, João Pedro da |
author2_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Segurado, Irene Ponte, João Pedro da |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Artigos |
topic |
Artigos |
description |
As actividades de investigação proporcionam aos alunos uma experiência viva e gratificante – levando-os a aprender processos como generalizar, considerar casos particulares, simbolizar, comunicar, analisar, explorar, conjecturar e provar. Investigação anterior, embora escassa, mostra as suas potencialidades mas também os seus problemas, resultantes dos alunos manifestarem, frequentemente, concepções incorrectas sobre a Matemática e a sua aprendizagem. Este estudo procura saber como é que eles trabalham nestas actividades, e de que forma podem evoluir as suas concepções. Para isso – tendo por base a realização de quatro tarefas de investigação em aulas de Matemática e usando um estudo de caso – analisa-se o modo como um aluno do 6° ano se envolve actividades deste tipo. O aluno em causa, Francisco, mostra grande interesse nas actividades propostas. Nas primeiras não vai além da formulação de conjecturas. Progressivamente, realiza testes, refina conjecturas e ensaia justificações. Revela crescente autonomia, confiança e ousadia nos seus raciocínios. De início, integra-se pouco no grupo mas por fim já interage bastante com os colegas. Inicialmente muito dependente da professora para a validação dos resultados, vai reconhecendo que também é uma autoridade matemática. Estas actividades contribuem para que ele adquira uma nova visão da Matemática como ciência em desenvolvimento, do papel do professor como orientador e do carácter desejavelmente estimulante das tarefas. O estudo conclui que a natureza desafiante e aberta das tarefas, o modo de trabalho usado pela professora e a dinâmica da aula proporcionaram oportunidades de raciocínio e interacção que foram aproveitadas por este aluno. Mostra também que é possível um significativo enriquecimento de aspectos cruciais das concepções dos alunos e sugere que o trabalho investigativo na sala de aula merece grande atenção na pesquisa educacional, indicando novas pistas para trabalho futuro. |
publishDate |
1998 |
dc.date.none.fl_str_mv |
1998-12-30 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://doi.org/10.48489/quadrante.22710 |
url |
https://doi.org/10.48489/quadrante.22710 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
2183-2838 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
APM - Associação de Professores de Matemática |
publisher.none.fl_str_mv |
APM - Associação de Professores de Matemática |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia instacron:RCAAP |
instname_str |
FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
collection |
Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia |
repository.mail.fl_str_mv |
info@rcaap.pt |
_version_ |
1833598767016706048 |