Avaliação do uso de coagulantes naturais da semente de moringa oleifera na desidratação de lamas do tratamento de águas residuais

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Main Author: Martins, Ramiro
Publication Date: 2021
Other Authors: Higawa, Gustavo Eiji
Language: por
Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Download full: http://hdl.handle.net/10198/27339
Summary: A água é um dos recursos naturais mais vitais para o desenvolvimento da humanidade, estando presente no dia a dia de todas as pessoas das mais variadas formas, e a sua qualidade depende da maioria das atividades humanas, de referir a descarga de águas residuais sem tratamento ou parcialmente tratados, que causam problemas ao meio ambiente e à saúde humana. Para evitar estes problemas estes efluentes devem ser direcionados para estações de tratamento de águas residuais para poderem retornar à natureza. Durante o processo de tratamento há a produção de lamas, que face ao seu volume e características têm de ser tratadas antes da sua deposição. Um dos processos mais importantes no tratamento de lamas é o processo de desidratação, cuja eficácia é melhorada mediante o uso de coagulantes. Sendo os químicos à base de ferro e alumínio, mas devido ao custo de produção e os impactos causados no ambiente resultantes do seu uso, estes têm perdido a sua popularidade. Neste cenário o uso de Moringa oleífera como substituto tem ganhado força, por possuir menor custo, ter menor impacto ambiental e por ter apresentado resultados equivalentes ao dos condicionantes químicos. O objetivo deste trabalho foi avaliar duas formas de preparação do coagulante a partir de sementes de Moringa oleífera: pó da semente, sem e com extração prévia do óleo, em solução de NaCl 1M, MO-NaCl e MOE-NaCl, respetivamente, e comparar a eficácia com o sulfato de alumínio (Al2). O experimento foi feito extraindo o coagulante das sementes, para ser usado em ensaio de coagulação usando o equipamento de jar test, para então passar as colunas de desidratação, variando quer a concentração do coagulante (5, 10, 25 e 50 mL/Llama,), quer a altura da lama na coluna (10, 20 e 40 cm), para verificar as condições ideais. Os parâmetros analisados foram a concentração de sólidos na lama espessada, turvação do filtrado e taxa de drenagem. Os resultados mostram que o coagulante MOE-NaCl, proporcionou um melhor desempenho relativamente aos outros dois coagulantes em termos da concentração de sólidos, sendo que o máximo valor apresentou um aumento de 2146%, além disso, todos os coagulantes apresentaram comportamento semelhante com relação à altura da lama utilizada, à medida que o a altura há uma menor eficiência no processo de coagulação. Os coagulantes naturais, MO-NaCl e MOE-NaCl, apresentaram tenderam a apresentar maiores valores de turbidez, com exceção na altura de 20 cm e concentração de 5 mL/Llama do coagulante MO-NaCl, que apresentou o menor valor de turbidez, de 11 NTU. E a taxa de drenagem teve melhorias significativas com o uso do coagulante MOE-NaCl e Al2 para as alturas de 20 e 40 cm. Em vista dos resultados é possível concluir que o uso do coagulante MOE-NaCl como condicionante, possui maior potencial como substituto do coagulante químico sulfato de alumínio, apresentando maior concentração de sólidos e taxas de drenagem equiparáveis, mas o coagulante apresenta piore resultados para remoção de turbidez do filtrado, tornando necessário estudos mais aprofundados para melhorar ainda mais o desempenho deste coagulante.
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