A Cidade como Agente (não) Cuidador - Apropriações do espaço público com perspetiva de género na Covilhã: Praça do Município

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Main Author: Henriques, Cristiana de Jesus
Publication Date: 2022
Format: Master thesis
Language: por
Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Download full: http://hdl.handle.net/10400.6/12975
Summary: Partir da ideia de que a cidade oferece igualdade de direitos, oportunidades e segurança entre mulheres e homens é por si só uma falsa suposição. Examinando a formação das sociedades ocidentais é inegável a carência de um efetivo pensamento para todas as pessoas nas políticas públicas que resultam no desenho das cidades. Isto conduziu à projeção de ambientes hierarquizados impulsionados pela lógica patriarcal, uma problemática que se estendeu até à contemporaneidade. Durante séculos, o papel da mulher como agente participativo de quem vivencia os espaços públicos, não tem tido o devido reconhecimento. Por isto, a contribuição da perspetiva de género na arquitetura e no urbanismo é imprescindível na mudança deste paradigma de modo a recaraterizar e reorientar os espaços vivenciados de forma humana e anticapitalista. Entre os espaços urbanos, a praça pode-se considerar tradicionalmente como um coração das cidades. Deste modo, pretende-se analisar a ocupação na Praça do Município, na cidade da Covilhã, sob a perspetiva de género. Esta escolha passa pela sua caraterização espacial, considerando-se um núcleo rico em interações sociais que abrange uma multiplicidade de setores comerciais, infraestruturas, acessibilidades e edifícios que marcam a urbe. Com isto, pretende-se uma avaliação da sua ocupação e das dinâmicas socio-espaciais de modo a perceber como se pode integrar o conceito de espaços cuidadores neste local em particular. Partindo deste contexto, a presente dissertação apoia-se num enquadramento teórico e metodológico de estudos e propostas que se têm dedicado a pensar o urbanismo e na reavaliação dos espaços, integrando o conceito de cidades cuidadoras. Estas contribuições têm demonstrado que a valorização da perspetiva de género permite resolver problemas das experiências vivenciadas pelas mulheres e raparigas na cidade, considerando o seu contexto social, urbano e cultural.
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