#24. Recobrimento de recessões: retalho de reposicionamento coronal com enxerto conjuntivo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Glória, Margarida
Data de Publicação: 2015
Outros Autores: Marques, Tiago, Sousa, Manuel Correia, Santos, Nuno Bernardo Malta
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.14/34528
Resumo: Introdução: Por definição, as recessões gengivais constituem a migração da gengiva marginal em direção apical em relação à junção amelocementária, com consequente exposição da superfície radicular ao meio bucal. Paciente do sexo feminino, 34 anos, ASA I, fumadora (10 cigarros por dia) e utilização de aparelho ortodôntico. Apresentava como diagnóstico periodontal periodontite crónica leve (IP de 43,00% e BOP de 5,33%). Tinha como queixa principal a hipersensibilidade dentária, associada a uma recessão na face vestibular do dente 41, com cerca de 5 mm, classe II de Miller. Descrição do caso clínico: A técnica por nós utilizada foi a de Coronally Advanced Flap Connective Tissue Graft (CAF CTG), podendo‐se dividir em 3 fases: a fase de preparação do leito recetor, fase de recolha do enxerto, e a colocação e sutura. O primeiro passo da cirurgia foi, então, a realização de retalho de espessura parcial com incisões verticais, que são feitas estendendo‐se para além da junção mucogengival. Posteriormente, foi feito o aplanamento da raiz e o condicionamento da mesma com tetraciclinas. Em seguida obteve‐se um enxerto de tecido conjuntivo da zona posterior do palato duro, através da técnica de Langer & Langer. O enxerto obtido foi colocado no leito recetor e recoberto pelo retalho, que foi mobilizado coronalmente e fixado com sutura suspensa. Discussão e conclusões: O sucesso desta técnica está diretamente relacionado com fatores biológicos, a habilidade do profissional e a colaboração do paciente. A utilização do enxerto conjuntivo subepitelial apresenta vantagens estéticas, uma vez que a coloração final do tecido epitelial é semelhante ao original, o que proporciona resultados mais satisfatórios. Num estudo realizado por Casati et al. (2006), a percentagem média de recobrimento radicular com a técnica do enxerto subepitelial de tecido conjuntivo foi de 96,10%. As recessões gengivais representam um grande desafio estético em determinadas situações clínicas. Neste caso, a técnica alcançou resultados satisfatórios, sendo que, em 9 meses, a taxa de recobrimento da recessão foi de aproximadamente 75%, diminuindo as queixas da paciente.
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