Second Life : representation and remediation of social space

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ferreira, Cátia Sofia Afonso
Data de Publicação: 2012
Idioma: eng
Título da fonte: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.14/10195
Resumo: Ao longo da última década os jogos online e as plataformas sociais têm-se tornado cada vez mais populares, tendo vindo a contribuir para o desenvolvimento da internet. Os jogos online multiplayer têm conquistado cada vez mais utilizadores. Estes têm como locus a realidade virtual e como objetivo a recriação de um novo mundo. Um exemplo deste tipo de jogos é o Second Life, um jogo social que conta com um elevado número de utilizadores – cerca de 31 milhões de utilizadores registados. Esta plataforma foi desenvolvida pela Linden Lab e reúne as características de um mundo virtual: é um cenário digital tridimensional, no qual utilizadores de todo o mundo, representados por avatares, interagem em tempo real formando diversos tipos de redes sociais. Uma das suas características distintivas é o facto de 99% do conteúdo existente dentro do espaço virtual ter sido desenvolvido pelos utilizadores. Os jogadores, denominados residentes, estão a contribuir não só na construção do espaço, mas também para o desenvolvimento social deste mundo virtual. Para além disto, existem mais quatro características que tornam o Second Life um objeto de estudo interessante: todos os avatares são controlados por seres humanos em tempo real; o reconhecimento de direitos de propriedade intelectual; a existência de uma micro-moeda – o Linden Dollar; e o facto de todos os jogadores terem acesso a ferramentas básicas de construção, e à linguagem de programação desenvolvida pela Linden Lab, a Linden Scripting Language, essenciais para criar objetos. O Second Life é um espaço colaborativo e participativo que, apesar de ser um jogo, oferece aos seus utilizadores uma experiência muito diferente da vivida nos videojogos tradicionais. Por ser um jogo do tipo caixa de areia os jogadores podem estabelecer uma relação diferente com esta plataforma, pois podem contribuir para as diversas dimensões da vida dentro do jogo. Devido às suas características, este mundo virtual tem despertado o interesse de investigadores de diferentes áreas que têm procurado perceber o seu impacto para a interação social, educação, economia, lei, e indústrias criativas. No entanto, tendo em conta que o ‘espaço’ é um elemento fulcral na investigação em Ciências Humanas e uma das áreas priveligiadas pela European Science Foundation para a investigação em Ciências Sociais e Humanas, há, ainda, a necessidade de perceber como é que este espaço digital está a ser desenvolvido, e que narrativas culturais o estão a moldar. Uma vez que o Second Life reflete a importância dos mundos virtuais para a interação online, torna-se fundamental compreender que impacto a virtualização das relações sociais pode ter para a interação interpessoal e para o desenvolvimento de um novo tipo de ‘comunidades imaginadas’. A presente investigação centra-se no Second Life e procura perceber de que forma poderá este novo espaço de interação estar a contribuir para o aparecimento de uma nova dimensão social. Uma dimensão resultante das possibilidades oferecidas por uma plataforma tecnológica apenas disponível através da internet, combinadas com o potencial criativo dos seus utilizadores. Com o intuito de contribuir para um melhor entendimento do potencial sociocultural deste mundo virtual, este estudo tem como base uma investigação empírica desenvolvida a partir de uma metodologia qualitativa específica para o estudo de comunidades online, a netnografia. Os métodos de recolha de dados adotados são: observação participante, auto-netnografia, entrevista e análise de conteúdo dos perfis dos utilizadores entrevistados. Os dados são analisados seguindo uma abordagem indutiva. A principal hipótese deste estudo centra-se na premissa que se o Second Life é um mundo virtual que está a ser coproduzido pela Linden Lab e pelos utilizadores, é provável que o envolvimento dos residentes com a realidade virtual resulte na criação de um sistema de representação re-mediado. Partindo desta hipótese, os objetivos principais desta investigação são confirmar se de facto os mundos virtuais estão a ser usados para representar e re-mediar o espaço social, e perceber que efeito isto tem nos jogadores. Uma das principais conclusões retiradas prende-se com o facto de os utilizadores estarem a tirar partido deste mundo virtual para renegociarem os modelos socioculturais que informam as suas ‘primeiras vidas’. Após a análise da relação que os utilizadores estabelecem com o espaço virtual, com os seus próprios avatares e entre si, concluiu-se que são três as principais narrativas culturais que estão a resultar das experiências vividas pelos residentes deste mundo virtual. As primeiras intrinsecamente relacionadas com a organização geográfica da vida humana – narrativas de espaço; as segundas, com a necessidade de nos compreendermos a nós mesmos, narrativas identitárias; e as terceiras, com o facto de os seres humanos serem na sua essência seres sociais, narrativas resultantes da interação social com outros residentes. A ‘re-mediação’ de narrativas culturais dentro de um ambiente online, anónimo e flexível evidencia a necessidade que os seres humanos têm de reconhecer os espaços sociais que frequentam, de modo a envolverem-se e atribuírem significado às experiências digitais vividas.
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Os jogadores, denominados residentes, estão a contribuir não só na construção do espaço, mas também para o desenvolvimento social deste mundo virtual. Para além disto, existem mais quatro características que tornam o Second Life um objeto de estudo interessante: todos os avatares são controlados por seres humanos em tempo real; o reconhecimento de direitos de propriedade intelectual; a existência de uma micro-moeda – o Linden Dollar; e o facto de todos os jogadores terem acesso a ferramentas básicas de construção, e à linguagem de programação desenvolvida pela Linden Lab, a Linden Scripting Language, essenciais para criar objetos. O Second Life é um espaço colaborativo e participativo que, apesar de ser um jogo, oferece aos seus utilizadores uma experiência muito diferente da vivida nos videojogos tradicionais. 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