Intervenções de enfermagem em quadros de dor crónica e depressão / sintomas depressivos: revisão sistemática da literatura
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Publication Date: | 2015 |
Format: | Master thesis |
Language: | por |
Source: | Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
Download full: | http://hdl.handle.net/10400.26/10875 |
Summary: | A dor crónica afeta a globalidade da pessoa, não apenas na sua dimensão física, mas também na sua dimensão psicológica, espiritual e emocional. Vários estudos têm verificado existir uma relação entre dor crónica e depressão/sintomas depressivos, tendo o enfermeiro um papel fundamental a desempenhar em quadros em que se verifica a coocorrência destas condições. Objetivos: Os objetivos desta revisão sistemática da literatura consistem em identificar as intervenções de enfermagem referenciadas na literatura para a redução da dor crónica e da depressão/sintomas depressivos em pessoas com a coocorrência destas condições e identificar as intervenções de enfermagem referenciadas na literatura que promovem o coping adaptativo, a autoeficácia e o autocontrolo em pessoas com dor crónica e depressão/sintomas depressivos. Foram estabelecidas as seguintes questões de investigação: Quais as intervenções de enfermagem referenciadas na literatura que para a redução da dor crónica e da depressão/sintomas depressivos em pessoas com a coocorrência destas condições? Quais as intervenções de enfermagem referenciadas na literatura que promovem o coping adaptativo, a autoeficácia e o autocontrolo em pessoas com dor crónica e depressão/sintomas depressivos? Método: Foi realizada uma pesquisa eletrónica de artigos nas bases de dados CINHAL Complete, CINHAL Plus with full text e MEDLINE with full text (via EBSCOhost), sendo estabelecidos os seguintes critérios de seleção: estudos experimentais ou quase-experimentais publicados entre 1 de janeiro de 2007 e 31 de dezembro de 2014; participantes com idade superior a 18 anos, com dor crónica; parte ou a totalidade dos participantes com depressão/sintomas depressivos; intervenções de enfermagem de domínio não exclusivamente farmacológico; resultados no alívio da dor ou da depressão/sintomas depressivos, aumento das habilidades de coping, aumento da autoeficácia e aumento do autocontrolo. Resultados: 17 estudos experimentais e quase experimentais foram incluídos na amostra final, todos com alto nível de evidência. As intervenções de enfermagem para o tratamento da dor e da depressão/sintomas depressivos reportadas pelos estudos analisados foram: a psicoterapia interpessoal, a terapia cognitivo-comportamental, o exercício físico, o relaxamento, a entrevista motivacional, a educação, o biofeedback e a massagem. Destas, duas destacaram-se pela frequência com que foram utilizadas e pela eficácia na melhoria dos níveis de dor e de depressão/sintomas depressivos: a terapia cognitivo-comportamental e a educação. O exercício físico e o relaxamento, incluídos num tratamento multimodal da dor e da depressão/sintomas depressivos, também mostraram contribuir para a obtenção de resultados positivos na melhoria destes quadros. Não foram obtidos resultados significativos sobre quais as intervenções eficazes na promoção do coping adaptativo, da autoeficácia e do autocontrolo em pessoas com dor crónica e depressão/sintomas depressivos. Conclusão: Com base nos resultados desta revisão da literatura, há indícios de que a conjugação de vertentes de intervenção como a terapia cognitivo-comportamental, a educação e, eventualmente, o exercício físico e o relaxamento, poderá ter um contributo positivo na redução da dor crónica e da depressão/sintomas depressivos. A aplicação destas intervenções deverá ser englobada num plano de tratamento complexo, multimodal e deverá ter em vista o aumento das habilidades de coping, da autoeficácia e do autocontrolo. A intervenção deverá ser individualizada, adaptada às características específicas de cada indivíduo. Para tal, deverá ser precedida de uma ampla avaliação. Apesar de não terem sido obtidos resultados significativos sobre quais as intervenções eficazes na promoção do coping adaptativo, da autoeficácia e do autocontrolo em pessoas com dor crónica e depressão/sintomas depressivos, percebe-se, pela frequente alusão a estes conceitos nos estudos analisados, que a sua importância no tratamento da dor e da depressão é cada vez mais evidenciada pela literatura. Tendo por base os resultados desta revisão da literatura, partindo dos importantes contributos que os estudos analisados forneceram e de toda a pesquisa bibliográfica que a sustentou, foi elaborado um “roteiro clínico tipo” destinado ao diagnóstico e à intervenção de enfermagem em quadros em que se verifica a coocorrência de dor crónica e depressão/sintomas depressivos. |
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Foram estabelecidas as seguintes questões de investigação: Quais as intervenções de enfermagem referenciadas na literatura que para a redução da dor crónica e da depressão/sintomas depressivos em pessoas com a coocorrência destas condições? Quais as intervenções de enfermagem referenciadas na literatura que promovem o coping adaptativo, a autoeficácia e o autocontrolo em pessoas com dor crónica e depressão/sintomas depressivos? Método: Foi realizada uma pesquisa eletrónica de artigos nas bases de dados CINHAL Complete, CINHAL Plus with full text e MEDLINE with full text (via EBSCOhost), sendo estabelecidos os seguintes critérios de seleção: estudos experimentais ou quase-experimentais publicados entre 1 de janeiro de 2007 e 31 de dezembro de 2014; participantes com idade superior a 18 anos, com dor crónica; parte ou a totalidade dos participantes com depressão/sintomas depressivos; intervenções de enfermagem de domínio não exclusivamente farmacológico; resultados no alívio da dor ou da depressão/sintomas depressivos, aumento das habilidades de coping, aumento da autoeficácia e aumento do autocontrolo. Resultados: 17 estudos experimentais e quase experimentais foram incluídos na amostra final, todos com alto nível de evidência. As intervenções de enfermagem para o tratamento da dor e da depressão/sintomas depressivos reportadas pelos estudos analisados foram: a psicoterapia interpessoal, a terapia cognitivo-comportamental, o exercício físico, o relaxamento, a entrevista motivacional, a educação, o biofeedback e a massagem. Destas, duas destacaram-se pela frequência com que foram utilizadas e pela eficácia na melhoria dos níveis de dor e de depressão/sintomas depressivos: a terapia cognitivo-comportamental e a educação. O exercício físico e o relaxamento, incluídos num tratamento multimodal da dor e da depressão/sintomas depressivos, também mostraram contribuir para a obtenção de resultados positivos na melhoria destes quadros. Não foram obtidos resultados significativos sobre quais as intervenções eficazes na promoção do coping adaptativo, da autoeficácia e do autocontrolo em pessoas com dor crónica e depressão/sintomas depressivos. Conclusão: Com base nos resultados desta revisão da literatura, há indícios de que a conjugação de vertentes de intervenção como a terapia cognitivo-comportamental, a educação e, eventualmente, o exercício físico e o relaxamento, poderá ter um contributo positivo na redução da dor crónica e da depressão/sintomas depressivos. A aplicação destas intervenções deverá ser englobada num plano de tratamento complexo, multimodal e deverá ter em vista o aumento das habilidades de coping, da autoeficácia e do autocontrolo. A intervenção deverá ser individualizada, adaptada às características específicas de cada indivíduo. Para tal, deverá ser precedida de uma ampla avaliação. Apesar de não terem sido obtidos resultados significativos sobre quais as intervenções eficazes na promoção do coping adaptativo, da autoeficácia e do autocontrolo em pessoas com dor crónica e depressão/sintomas depressivos, percebe-se, pela frequente alusão a estes conceitos nos estudos analisados, que a sua importância no tratamento da dor e da depressão é cada vez mais evidenciada pela literatura. 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