Influência dos Mecanismos de Produção de Dor Subjacentes à Dor Lombar Crónica, na Resposta ao Tratamento Multimodal de Fisioterapia

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Main Author: Miguens, Carlos
Publication Date: 2019
Format: Master thesis
Language: por
Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Download full: http://hdl.handle.net/10400.26/25730
Summary: Introdução: Nas últimas duas décadas a literatura tem apontado para a potencial influência dos mecanismos de produção de dor subjacentes à dor lombar crónica (DLC), nas respostas à intervenção multimodal de fisioterapia. Com base nestes mecanismos parece existir alguma evidência que sugere a existência de diferenças nas características clínicas pré-intervenção entre indivíduos com diferentes tipos de dor. Além disso, evidência preliminar também sugere que diferentes tipos de dor, parecem responder clinicamente de forma diferente à intervenção multimodal de fisioterapia. Objetivo: Investigar se os diferentes mecanismos de produção de dor, subjacentes à DLC, permitem antever respostas de intervenção mais ou menos favoráveis, ao nível da intensidade da dor, incapacidade funcional e perceção global de melhoria. Metodologia: Foi realizado um estudo de coorte prospetivo com 40 participantes a iniciar tratamento de Fisioterapia, avaliados antes da intervenção (baseline), após 4 semanas, após 8 semanas ou à data de alta por melhoria clínica se anterior a este período e 3 meses após o início da intervenção. Os instrumentos utilizados foram o Questionário de Caracterização Sociodemográfica e Clínica, o questionário PainDetect, a Escola Numérica da Dor (END), a Quebec Back Pain Disability Scale – Versão Portuguesa (QBPDS-PT) e a Global Back Recovery Scale – Versão Portuguesa (GBRSPT). Foi realizada uma análise a dois níveis: avaliação das diferenças inter-grupos, em cada momento de avaliação, e uma análise intra-grupo, ao longo dos diferentes momentos de avaliação, nos outcomes considerados. Resultados: Dos 40 participantes avaliados na baseline, 39 completaram o período de intervenção, e 31 o follow-up 3 meses após o início da intervenção. Na análise da baseline, apesar dos participantes com dor de predomínio neuropático reportarem níveis superiores de intensidade da dor (7.00 ± 0.89) e incapacidade funcional (49.33 ± 13.69) em relação aos indivíduos com dor de predomínio nocicetivo (6.38 ± 1.79 e 39.81 ± 18.45, respetivamente) e dor de padrão misto (6.00 ± 0.93 e 32.88 ± 12.77, respetivamente), as diferenças encontradas não são estatisticamente significativas. Na resposta à intervenção da fisioterapia, também não foram encontradas diferenças entre os diferentes subgrupos (p>0.05). Os participantes parecem responder favoravelmente ao longo do tempo, diminuindo os níveis de intensidade da dor e incapacidade funcional, independentemente do mecanismo de dor predominante (p<0.05). Conclusão: Os resultados parecem sugerir que subgrupos de indivíduos com diferentes mecanismos de produção de dor, não diferem entre si nas respostas à intervenção de fisioterapia multimodal, verificando-se que independentemente dos mecanismos de dor predominantes, os indivíduos parecem evoluir de forma favorável ao longo da intervenção
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