O impacte da intolerância à atividade no quotidiano dos clientes com doença pulmonar obstrutiva crónica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Moreira, Márcia Maria
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.26/9379
Resumo: A Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) é uma doença crónica e progressiva, que tem efeitos pulmonares e sistémicos que condicionam a disponibilidade de energia para a concretização das atividades de autocuidado. A resposta humana à detioração da condição de saúde pode influenciar negativamente a capacidade do cliente gerir a energia disponível, o que se traduz em dispneia associada à atividade física, e em incapacidade para iniciar ou concluir as atividades de autocuidado A intolerância à atividade limita para além da capacidade do cliente se autocuidar, a interação familiar, social e profissional, com graves consequências sobre a qualidade de vida pessoal e familiar. Este estudo teve como objetivos aumentar o conhecimento sobre o impacte da doença sobre o desenvolvimento de intolerância à atividade no quotidiano dos clientes com DPOC; assim como, avaliar o potencial do instrumento de avaliação utilizado, para identificar e descrever o nível de intolerância à atividade no quotidiano destes clientes, de forma a produzir informação que apoie a definição de prioridades de intervenção terapêutica de Enfermagem. Para dar resposta aos objetivos delineados recorremos a uma abordagem quantitativa, realizando um estudo exploratório, descritivo e transversal. Para a sua concretização, construímos um formulário de avaliação da intolerância à atividade para clientes com DPOC, que aplicamos a uma amostra não probabilística e de conveniência constituída por 173 clientes da Consulta de Medicina do CHP/HSA e do Serviço de Cinesiterapia do CHVNG/E. Os clientes desta amostra tinham em média 68,37 anos, sendo a maioria do sexo masculino (75,10%) e reformados (83,20%). Apresentavam um valor médio de FEV1 de 49,26% e um tempo médio de evolução da doença de 15,93 anos. O formulário desenvolvido é um instrumento válido, de fácil aplicação, de baixo custo e apresenta um nível de fidelidade elevado (Alpha de Cronbach de 0,980). Neste estudo constata-se que 1,2% dos clientes referem muita falta de ar, 7,5% alguma falta de ar, 37,6% pouca falta ar e 53,8% nenhuma falta de ar, na concretização das atividades de autocuidado. Constatamos ainda que é na subescala do autocuidado andar e atividade recreativa que estes clientes referem maior falta de ar. Este estudo permitiu constatar que ser reformado, do sexo feminino e ter mais idade são fatores que estão associados ao aumento da intolerância à atividade. Constatamos ainda que, um aumento da intolerância à atividade em qualquer subescala do autocuidado está associado a um aumento de intolerância à atividade nas restantes. Na abordagem do cliente com DPOC, a avaliação do grau de intolerância à atividade para as atividades de autocuidado torna-se fundamental para a conceção de cuidados de Enfermagem do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Reabilitação. Neste contexto as estratégias terapêuticas de Enfermagem devem centrar-se, no envolvimento do cliente para o desenvolvimento do autocontrolo da condição de saúde, através do desenvolvimento de competências cognitivas, instrumentais e comportamentais, que promovam o controlo da progressão da doença e a qualidade de vida.
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