Perceção dos encarregados de educação, de uma escola do 1º ciclo do ensino básico, do Concelho de Sintra, relativamente à perturbação de hiperatividade e défice de atenção : estudo exploratório
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Publication Date: | 2012 |
Format: | Master thesis |
Language: | por |
Source: | Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
Download full: | http://hdl.handle.net/10400.14/18006 |
Summary: | Muitas são as afirmações, frequentemente proferidas com alguma leveza, que atualmente levam a uma banalização do termo hiperatividade. Tudo isto resultou numa vulgarização no diagnóstico desta perturbação, o que faz com que qualquer criança que apresente modificações a nível comportamental possa ser, desde logo, identificada como uma criança hiperativa, sem muitas vezes se tentar compreender quais as circunstâncias ou as variáveis que podem justificar tais comportamentos. Com este trabalho pretendemos compreender como é percecionada esta perturbação por famílias de crianças com PHDA, a frequentar o 1º ciclo do ensino básico português. A metodologia deste trabalho é de índole qualitativa. Para a sua concretização prática, recorremos à entrevista semiestruturada como instrumento de recolha de dados, posteriormente apresentados e discutidos. Ao longo da nossa investigação, verificámos que a dinâmica familiar é afetada, surgindo mais preocupações no seio familiar. Concluímos que no momento do diagnóstico, os pais preocupam-se e sentem-se culpados. Estes pais, diariamente, questionam-se sobre a sua responsabilidade, perguntam-se a si próprios onde é que erraram, o que fizeram para merecer isto. Ao questionarmos os encarregados de educação sobre o que os preocupa atualmente constatamos que a preocupação com a escola e com todo o processo de ensino/aprendizagem. É a maior preocupação porque o tempo de aprendizagem do seu filho é distinto do tempo de aprendizagem da criança dita “normal”. Existem ainda preocupações com a forma como se irá integrar, a socialização com os adultos e com os seus pares, porque não será tratada da forma que é tratada em casa, pois os seus colegas poderão discriminá-la e não se interessar por ela. Quando questionamos os pais sobre as suas perspetivas/ preocupações futuras, verificamos que as preocupações estão mais relacionadas com o processo ensino/aprendizagem. Quanto questionámos os encarregados de educação sobre a pertinência de reuniões e discussões, com encarregados de educação de outras crianças com a mesma problemática, a maioria dos encarregados de educação considerou pertinente a realização das mesmas. Desta discussão, sobressai a importância de formação de pais para melhorar a comunicação e a intervenção junto destas crianças. |
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Muitas são as afirmações, frequentemente proferidas com alguma leveza, que atualmente levam a uma banalização do termo hiperatividade. Tudo isto resultou numa vulgarização no diagnóstico desta perturbação, o que faz com que qualquer criança que apresente modificações a nível comportamental possa ser, desde logo, identificada como uma criança hiperativa, sem muitas vezes se tentar compreender quais as circunstâncias ou as variáveis que podem justificar tais comportamentos. Com este trabalho pretendemos compreender como é percecionada esta perturbação por famílias de crianças com PHDA, a frequentar o 1º ciclo do ensino básico português. A metodologia deste trabalho é de índole qualitativa. Para a sua concretização prática, recorremos à entrevista semiestruturada como instrumento de recolha de dados, posteriormente apresentados e discutidos. Ao longo da nossa investigação, verificámos que a dinâmica familiar é afetada, surgindo mais preocupações no seio familiar. Concluímos que no momento do diagnóstico, os pais preocupam-se e sentem-se culpados. Estes pais, diariamente, questionam-se sobre a sua responsabilidade, perguntam-se a si próprios onde é que erraram, o que fizeram para merecer isto. Ao questionarmos os encarregados de educação sobre o que os preocupa atualmente constatamos que a preocupação com a escola e com todo o processo de ensino/aprendizagem. É a maior preocupação porque o tempo de aprendizagem do seu filho é distinto do tempo de aprendizagem da criança dita “normal”. Existem ainda preocupações com a forma como se irá integrar, a socialização com os adultos e com os seus pares, porque não será tratada da forma que é tratada em casa, pois os seus colegas poderão discriminá-la e não se interessar por ela. Quando questionamos os pais sobre as suas perspetivas/ preocupações futuras, verificamos que as preocupações estão mais relacionadas com o processo ensino/aprendizagem. Quanto questionámos os encarregados de educação sobre a pertinência de reuniões e discussões, com encarregados de educação de outras crianças com a mesma problemática, a maioria dos encarregados de educação considerou pertinente a realização das mesmas. Desta discussão, sobressai a importância de formação de pais para melhorar a comunicação e a intervenção junto destas crianças. |
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