Expansão maxilar em doentes odontopediátricos : estudo retrospetivo

• Autor(a) principal: Deiana, Letizia
• Data de Publicação: 2024
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.14/46520
• topic: Atresia maxilar; Dentição mista; Expansão maxilar rápida; Expansão maxilar lenta; Maxillary atresia; Mixed dentition; Rapid maxillary expansion; Slow maxillary expansion

Introdução: A hipoplasia transversal maxilar superior é um problema comum na região craniofacial, frequentemente acompanhada por apinhamento dentário, mordida cruzada e desvio mandibular. A sua etiologia é multifatorial, incluindo fatores genéticos e hábitos parafuncionais. A expansão maxilar tem sido um tratamento eficaz, especialmente quando realizada antes do pico de crescimento ósseo. A expansão maxilar influência positivamente a respiração nasal e pode corrigir desvios do septo nasal. Materiais e métodos: Este estudo retrospetivo é descritivo e observacional, realizado na Clínica Universitária da Universidade Católica Portuguesa de Viseu nos últimos dois anos. A amostra é constituída por 30 indivíduos, divididos por género e distribuídos em duas faixas etárias: 6-10 anos e 11-14 anos. Os critérios de inclusão incluíram pacientes com dentição mista, atresia maxilar, má-oclusão e apinhamento na arcada superior. Os critérios de exclusão incluem pacientes adultos, tratamentos iniciados antes de 2020 e todos aqueles que apresentavam dentição definitiva ou cirurgia maxilar anterior à expansão. Resultados: A maioria dos participantes estava na faixa etária de 6 a 10 anos, com predominância da classe I esquelética. A presença de parafunções, especialmente respiração oral, foi comum. O expansor Hyrax foi amplamente utilizado e mostrou-se eficaz, especialmente em pacientes com parafunções. Este estudo analisa as consequências do palato estreito no desenvolvimento dentário, esquelético e funcional infantil. Discussão: A intervenção precoce na expansão maxilar, especialmente entre 6 e 10 anos, é crucial para resultados ideais e poucos efeitos secundários. O uso eficaz do expansor Hyrax em pacientes com parafunções indica sua viabilidade como opção de tratamento para a expansão maxilar. Conclusão: Este estudo enfatiza a necessidade de planos de tratamento para diagnóstico precoce em crianças com anomalias e hábitos parafuncionais. Destaca-se a expansão maxilar para melhorar a respiração e o sono, sugerindo investigações sobre a eficácia do aparelho Hyrax em melhorar dimensões transversais e condições funcionais.