Violência contra os profissionais de saúde nos serviços de urgência

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Main Author: Martins, Helena Gomes
Publication Date: 2017
Format: Master thesis
Language: por
Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Download full: http://hdl.handle.net/10400.19/5055
Summary: Enquadramento: Os profissionais de saúde dos serviços de urgência são alvo de incidentes de violência tornando-se este facto uma preocupação atual de várias entidades e organizações. Os serviços de urgência propiciam situações de elevado stress para os doentes e acompanhantes, bem como para os profissionais de saúde, criando situações de violência e de insegurança. A violência no local de trabalho para além de gerar transtornos físicos e psicológicos leva a ausências ao trabalho e à diminuição do empenho dos profissionais, diminuindo o seu rendimento. Objetivos: Identificar e caraterizar a violência percecionada pelos profissionais de saúde em serviços de urgência; Descrever a relação das variáveis sociodemográficas e de contexto com a violência nos serviços de urgência; Identificar as consequências resultantes da violência nos profissionais de saúde Métodos: Estudo transversal, de natureza descritiva, numa amostra de 263 profissionais de saúde da região do Algarve sendo 65,8% do sexo feminino e 34,2% do masculino. A recolha de dados foi efetuada em novembro de 2017 por questionário autoaplicado com dados de caracterização sociodemográfica dos profissionais de saúde e do agressor e com questões relacionadas com a caracterização da violência e consequências nos profissionais de saúde. Resultados: Verificamos que 64,3% dos profissionais são vítimas de violência e 66,1% destes não notificam os episódios de violência. O tipo de violência mais frequente foi a verbal (94,1%), seguido da violência física (34,9%). Dentro do serviço de urgência o local mais frequente da violência foi na triagem e na decisão clínica e o principal agressor reportado foi o utente (81,1%) e o familiar (54,4%). A violência ocorre maioritariamente no turno das 16-24h (60,4%) e a maioria dos agressores (80,5%) são do sexo masculino, sem aparentarem doença mental e sem estarem etilizados (40,8%). O tipo de dano mais frequente foi a perturbação emocional, assinalada por (86,4%) dos profissionais, e as consequências mais referidas foram a irritabilidade assinalada por (39,6%) e o desinteresse pela profissão em (23,7%). A maioria dos profissionais não notificou a ocorrência de violência (67,5%). Conclusões: A violência contra os profissionais de saúde no serviço de urgência é uma realidade e traz consequências para os mesmos. Esta realidade será mais visível se os profissionais notificarem os episódios pelos sistemas instalados. Emerge a necessidade de promover o registo das ocorrências de violência e de implementar estratégias de prevenção do fenómeno e de criar fluxogramas para lidar com cada tipo de violência. Palavras-chave – Violência no local trabalho; Profissional de saúde; Enfermeiros; Serviço de Urgência.
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