Mineração sustentável e responsável em ambiente marinho profundo
Main Author: | |
---|---|
Publication Date: | 2019 |
Language: | por |
Source: | Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
Download full: | http://hdl.handle.net/10451/51566 |
Summary: | Verifica-se presentemente um aumento acelerado da procura e consumo de recursos metálicos, muitos deles críticos, incluindo terras raras, cobalto, níquel, tungsténio, molibdénio, cobre, titânio, nióbio, platinídeos, índio, gálio, telúrio e muitos outros. A sociedade em geral mal se apercebe deste facto, alimentado pelo crescimento da população e sobretudo pelo aumento generalizado do poder de compra, e o concomitante crescimento do consumo de bens de alta tecnologia. A chamada economia circular terá de continuar a ser alimentada por mineração. A situação é particularmente grave para a UE, pois nela produzem-se apenas 5% dos recursos minerais utilizados pela indústria dessa mesma UE. Por este motivo, aumentou muito a procura de novas fontes de matérias-primas minerais, nomeadamente alvos a grande profundidade nos continentes, o Árctico, e os fundos marinhos, destacando-se estes últimos, onde são já conhecidas vastas quantidades de recursos. Mais que partir apressadamente para mineração sub-oceânia profunda em larga escala, precisamos de prontidão, o que implica, entre outras condicionantes, conhecer melhor o ecossistema. À ciência compete indicar o caminho, à indústria adoptar as descobertas científicas, à governança criar o quadro legal, e fazê-lo cumprir. A primeira regra terá de ser sempre “as operações ilegais ou não reguladas têm de ser encerradas”. Urge criar “mineração azul”, que respeite o ecossistema, da mesma forma que necessitamos de pescas e agricultura sustentáveis. Há bons exemplos a seguir, com relevo para o da Noruega. Sem prejuízo da necessária mudança de mentalidades (com menos consumismo), não queremos escolher entre indústria e ambiente, queremos ambos. |
id |
RCAP_1ccbea96d1a7f8345763f01088d4926e |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ulisboa.pt:10451/51566 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
repository_id_str |
https://opendoar.ac.uk/repository/7160 |
spelling |
Mineração sustentável e responsável em ambiente marinho profundoEarth SciencesDeep seafloor miningSeafloor sulphidesVerifica-se presentemente um aumento acelerado da procura e consumo de recursos metálicos, muitos deles críticos, incluindo terras raras, cobalto, níquel, tungsténio, molibdénio, cobre, titânio, nióbio, platinídeos, índio, gálio, telúrio e muitos outros. A sociedade em geral mal se apercebe deste facto, alimentado pelo crescimento da população e sobretudo pelo aumento generalizado do poder de compra, e o concomitante crescimento do consumo de bens de alta tecnologia. A chamada economia circular terá de continuar a ser alimentada por mineração. A situação é particularmente grave para a UE, pois nela produzem-se apenas 5% dos recursos minerais utilizados pela indústria dessa mesma UE. Por este motivo, aumentou muito a procura de novas fontes de matérias-primas minerais, nomeadamente alvos a grande profundidade nos continentes, o Árctico, e os fundos marinhos, destacando-se estes últimos, onde são já conhecidas vastas quantidades de recursos. Mais que partir apressadamente para mineração sub-oceânia profunda em larga escala, precisamos de prontidão, o que implica, entre outras condicionantes, conhecer melhor o ecossistema. À ciência compete indicar o caminho, à indústria adoptar as descobertas científicas, à governança criar o quadro legal, e fazê-lo cumprir. A primeira regra terá de ser sempre “as operações ilegais ou não reguladas têm de ser encerradas”. Urge criar “mineração azul”, que respeite o ecossistema, da mesma forma que necessitamos de pescas e agricultura sustentáveis. Há bons exemplos a seguir, com relevo para o da Noruega. Sem prejuízo da necessária mudança de mentalidades (com menos consumismo), não queremos escolher entre indústria e ambiente, queremos ambos.Academia das Ciências de LisboaRepositório da Universidade de LisboaBarriga, Fernando J A S2022-03-02T12:23:51Z20192019-01-01T00:00:00Zbook partinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/51566porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiainstacron:RCAAP2025-03-17T14:42:06Zoai:repositorio.ulisboa.pt:10451/51566Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireinfo@rcaap.ptopendoar:https://opendoar.ac.uk/repository/71602025-05-29T03:22:31.592789Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiafalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Mineração sustentável e responsável em ambiente marinho profundo |
title |
Mineração sustentável e responsável em ambiente marinho profundo |
spellingShingle |
Mineração sustentável e responsável em ambiente marinho profundo Barriga, Fernando J A S Earth Sciences Deep seafloor mining Seafloor sulphides |
title_short |
Mineração sustentável e responsável em ambiente marinho profundo |
title_full |
Mineração sustentável e responsável em ambiente marinho profundo |
title_fullStr |
Mineração sustentável e responsável em ambiente marinho profundo |
title_full_unstemmed |
Mineração sustentável e responsável em ambiente marinho profundo |
title_sort |
Mineração sustentável e responsável em ambiente marinho profundo |
author |
Barriga, Fernando J A S |
author_facet |
Barriga, Fernando J A S |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Repositório da Universidade de Lisboa |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Barriga, Fernando J A S |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Earth Sciences Deep seafloor mining Seafloor sulphides |
topic |
Earth Sciences Deep seafloor mining Seafloor sulphides |
description |
Verifica-se presentemente um aumento acelerado da procura e consumo de recursos metálicos, muitos deles críticos, incluindo terras raras, cobalto, níquel, tungsténio, molibdénio, cobre, titânio, nióbio, platinídeos, índio, gálio, telúrio e muitos outros. A sociedade em geral mal se apercebe deste facto, alimentado pelo crescimento da população e sobretudo pelo aumento generalizado do poder de compra, e o concomitante crescimento do consumo de bens de alta tecnologia. A chamada economia circular terá de continuar a ser alimentada por mineração. A situação é particularmente grave para a UE, pois nela produzem-se apenas 5% dos recursos minerais utilizados pela indústria dessa mesma UE. Por este motivo, aumentou muito a procura de novas fontes de matérias-primas minerais, nomeadamente alvos a grande profundidade nos continentes, o Árctico, e os fundos marinhos, destacando-se estes últimos, onde são já conhecidas vastas quantidades de recursos. Mais que partir apressadamente para mineração sub-oceânia profunda em larga escala, precisamos de prontidão, o que implica, entre outras condicionantes, conhecer melhor o ecossistema. À ciência compete indicar o caminho, à indústria adoptar as descobertas científicas, à governança criar o quadro legal, e fazê-lo cumprir. A primeira regra terá de ser sempre “as operações ilegais ou não reguladas têm de ser encerradas”. Urge criar “mineração azul”, que respeite o ecossistema, da mesma forma que necessitamos de pescas e agricultura sustentáveis. Há bons exemplos a seguir, com relevo para o da Noruega. Sem prejuízo da necessária mudança de mentalidades (com menos consumismo), não queremos escolher entre indústria e ambiente, queremos ambos. |
publishDate |
2019 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2019 2019-01-01T00:00:00Z 2022-03-02T12:23:51Z |
dc.type.driver.fl_str_mv |
book part |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10451/51566 |
url |
http://hdl.handle.net/10451/51566 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Academia das Ciências de Lisboa |
publisher.none.fl_str_mv |
Academia das Ciências de Lisboa |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia instacron:RCAAP |
instname_str |
FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
collection |
Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia |
repository.mail.fl_str_mv |
info@rcaap.pt |
_version_ |
1833601678183497728 |