A utilidade da cintigrafia com DMSA e da ecografia renal na identificação de crianças com primeiro episódio de infecção urinária febril que beneficiam ou não da realização de cistografia miccional
Main Author: | |
---|---|
Publication Date: | 2014 |
Other Authors: | , |
Format: | Article |
Language: | por |
Source: | Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
Download full: | https://doi.org/10.25754/pjp.2013.3423 |
Summary: | Introdução: Numa infecção do tracto urinário (ITU) febril inaugural, a ecografia renal (Eco), a cintigrafia com 99mTc-ácido dimercaptosuccínico (DMSA) e a cistouretrografia miccional seriada (CUMS) são habitualmente realizadas, em crianças pequenas, para identificar risco aumentado de recorrência e consequentes cicatrizes renais. A CUMS, exame invasivo envolvendo radiação, permite o diagnóstico definitivo de refluxo vesicoureteral (RVU). Objectivos: Determinar se a DMSA ou a DMSA e a Eco (abordagem combinada), na fase aguda da primeira ITU febril em crianças com idade igual ou inferior a 36 meses, podem ser utilizadas para seleccionar crianças que beneficiam ou não da realização de CUMS para o diagnóstico definitivo de RVU, limitando a realização deste exame. Material e Métodos: Estudo prospectivo das crianças com ITU febril inaugural internadas ou seguidas em ambulatório. Realizaram-se Eco e DMSA na fase aguda e CUMS posteriormente. Calcularam-se, para DMSA vs DMSA e Eco, a sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo (VPP) e negativo (VPN) para RVU e RVU alto grau (grau III ou superior). Considerou-se alterada a abordagem combinada se se verificou alteração de qualquer um dos exames. Resultados: Incluíram-se 68 crianças (mediana de idades 7,5 meses). A DMSA estava alterada em 40 (59%), a Eco em 13 (19%). Quinze (22%) apresentaram RVU (12 RVU>=III) na CUMS. A sensibilidade, especificidade, VPP e VPN para DMSA foi 40%, 36%, 15%, 68% para RVU e 50%, 39%, 15% e 79% para RVU>=III; para a abordagem combinada, 60%, 33%, 21%, 74% para RVU e 67%, 35%, 19% e 83% para RVU>=III. Discussão: A abordagem combinada tem maior sensibilidade, VPP e VPN para o diagnóstico de RVU (principalmente RVU>=III) do que a DMSA isolada, o que coincide com estudos prévios. Os valores encontrados são, na maioria, inferiores aos publicados e não permitem afirmar que qualquer uma destas abordagens pode, isoladamente, ser utilizada na fase aguda de ITU febril inaugural para seleccionar crianças que beneficiam ou não da realização de CUMS. |
id |
RCAP_17ed61cc7c78e21811c159672ca18e11 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/3423 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
repository_id_str |
https://opendoar.ac.uk/repository/7160 |
spelling |
A utilidade da cintigrafia com DMSA e da ecografia renal na identificação de crianças com primeiro episódio de infecção urinária febril que beneficiam ou não da realização de cistografia miccionalOriginal articlesIntrodução: Numa infecção do tracto urinário (ITU) febril inaugural, a ecografia renal (Eco), a cintigrafia com 99mTc-ácido dimercaptosuccínico (DMSA) e a cistouretrografia miccional seriada (CUMS) são habitualmente realizadas, em crianças pequenas, para identificar risco aumentado de recorrência e consequentes cicatrizes renais. A CUMS, exame invasivo envolvendo radiação, permite o diagnóstico definitivo de refluxo vesicoureteral (RVU). Objectivos: Determinar se a DMSA ou a DMSA e a Eco (abordagem combinada), na fase aguda da primeira ITU febril em crianças com idade igual ou inferior a 36 meses, podem ser utilizadas para seleccionar crianças que beneficiam ou não da realização de CUMS para o diagnóstico definitivo de RVU, limitando a realização deste exame. Material e Métodos: Estudo prospectivo das crianças com ITU febril inaugural internadas ou seguidas em ambulatório. Realizaram-se Eco e DMSA na fase aguda e CUMS posteriormente. Calcularam-se, para DMSA vs DMSA e Eco, a sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo (VPP) e negativo (VPN) para RVU e RVU alto grau (grau III ou superior). Considerou-se alterada a abordagem combinada se se verificou alteração de qualquer um dos exames. Resultados: Incluíram-se 68 crianças (mediana de idades 7,5 meses). A DMSA estava alterada em 40 (59%), a Eco em 13 (19%). Quinze (22%) apresentaram RVU (12 RVU>=III) na CUMS. A sensibilidade, especificidade, VPP e VPN para DMSA foi 40%, 36%, 15%, 68% para RVU e 50%, 39%, 15% e 79% para RVU>=III; para a abordagem combinada, 60%, 33%, 21%, 74% para RVU e 67%, 35%, 19% e 83% para RVU>=III. Discussão: A abordagem combinada tem maior sensibilidade, VPP e VPN para o diagnóstico de RVU (principalmente RVU>=III) do que a DMSA isolada, o que coincide com estudos prévios. Os valores encontrados são, na maioria, inferiores aos publicados e não permitem afirmar que qualquer uma destas abordagens pode, isoladamente, ser utilizada na fase aguda de ITU febril inaugural para seleccionar crianças que beneficiam ou não da realização de CUMS.Sociedade Portuguesa de Pediatria2014-01-15info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://doi.org/10.25754/pjp.2013.3423por2184-44532184-3333Rebelo, JoanaMiguel, CristinaTeixeira, Pauloinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiainstacron:RCAAP2024-05-06T15:07:55Zoai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/3423Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireinfo@rcaap.ptopendoar:https://opendoar.ac.uk/repository/71602025-05-28T14:34:11.705090Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiafalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
A utilidade da cintigrafia com DMSA e da ecografia renal na identificação de crianças com primeiro episódio de infecção urinária febril que beneficiam ou não da realização de cistografia miccional |
title |
A utilidade da cintigrafia com DMSA e da ecografia renal na identificação de crianças com primeiro episódio de infecção urinária febril que beneficiam ou não da realização de cistografia miccional |
spellingShingle |
A utilidade da cintigrafia com DMSA e da ecografia renal na identificação de crianças com primeiro episódio de infecção urinária febril que beneficiam ou não da realização de cistografia miccional Rebelo, Joana Original articles |
title_short |
A utilidade da cintigrafia com DMSA e da ecografia renal na identificação de crianças com primeiro episódio de infecção urinária febril que beneficiam ou não da realização de cistografia miccional |
title_full |
A utilidade da cintigrafia com DMSA e da ecografia renal na identificação de crianças com primeiro episódio de infecção urinária febril que beneficiam ou não da realização de cistografia miccional |
title_fullStr |
A utilidade da cintigrafia com DMSA e da ecografia renal na identificação de crianças com primeiro episódio de infecção urinária febril que beneficiam ou não da realização de cistografia miccional |
title_full_unstemmed |
A utilidade da cintigrafia com DMSA e da ecografia renal na identificação de crianças com primeiro episódio de infecção urinária febril que beneficiam ou não da realização de cistografia miccional |
title_sort |
A utilidade da cintigrafia com DMSA e da ecografia renal na identificação de crianças com primeiro episódio de infecção urinária febril que beneficiam ou não da realização de cistografia miccional |
author |
Rebelo, Joana |
author_facet |
Rebelo, Joana Miguel, Cristina Teixeira, Paulo |
author_role |
author |
author2 |
Miguel, Cristina Teixeira, Paulo |
author2_role |
author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Rebelo, Joana Miguel, Cristina Teixeira, Paulo |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Original articles |
topic |
Original articles |
description |
Introdução: Numa infecção do tracto urinário (ITU) febril inaugural, a ecografia renal (Eco), a cintigrafia com 99mTc-ácido dimercaptosuccínico (DMSA) e a cistouretrografia miccional seriada (CUMS) são habitualmente realizadas, em crianças pequenas, para identificar risco aumentado de recorrência e consequentes cicatrizes renais. A CUMS, exame invasivo envolvendo radiação, permite o diagnóstico definitivo de refluxo vesicoureteral (RVU). Objectivos: Determinar se a DMSA ou a DMSA e a Eco (abordagem combinada), na fase aguda da primeira ITU febril em crianças com idade igual ou inferior a 36 meses, podem ser utilizadas para seleccionar crianças que beneficiam ou não da realização de CUMS para o diagnóstico definitivo de RVU, limitando a realização deste exame. Material e Métodos: Estudo prospectivo das crianças com ITU febril inaugural internadas ou seguidas em ambulatório. Realizaram-se Eco e DMSA na fase aguda e CUMS posteriormente. Calcularam-se, para DMSA vs DMSA e Eco, a sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo (VPP) e negativo (VPN) para RVU e RVU alto grau (grau III ou superior). Considerou-se alterada a abordagem combinada se se verificou alteração de qualquer um dos exames. Resultados: Incluíram-se 68 crianças (mediana de idades 7,5 meses). A DMSA estava alterada em 40 (59%), a Eco em 13 (19%). Quinze (22%) apresentaram RVU (12 RVU>=III) na CUMS. A sensibilidade, especificidade, VPP e VPN para DMSA foi 40%, 36%, 15%, 68% para RVU e 50%, 39%, 15% e 79% para RVU>=III; para a abordagem combinada, 60%, 33%, 21%, 74% para RVU e 67%, 35%, 19% e 83% para RVU>=III. Discussão: A abordagem combinada tem maior sensibilidade, VPP e VPN para o diagnóstico de RVU (principalmente RVU>=III) do que a DMSA isolada, o que coincide com estudos prévios. Os valores encontrados são, na maioria, inferiores aos publicados e não permitem afirmar que qualquer uma destas abordagens pode, isoladamente, ser utilizada na fase aguda de ITU febril inaugural para seleccionar crianças que beneficiam ou não da realização de CUMS. |
publishDate |
2014 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2014-01-15 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://doi.org/10.25754/pjp.2013.3423 |
url |
https://doi.org/10.25754/pjp.2013.3423 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
2184-4453 2184-3333 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Portuguesa de Pediatria |
publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Portuguesa de Pediatria |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia instacron:RCAAP |
instname_str |
FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
collection |
Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia |
repository.mail.fl_str_mv |
info@rcaap.pt |
_version_ |
1833594716282683392 |