A influência da verificação de factos e da orientação coletivista/individualista na capacidade para detetar notícias falsas

Bibliographic Details
Main Author: Bernardo, Sílvia da Rocha
Publication Date: 2023
Format: Master thesis
Language: por
Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Download full: http://hdl.handle.net/10400.22/23767
Summary: A transformação digital e a intensificação de uso das redes sociais como canal de distribuição de notícias, tornam as notícias falsas num problema crescente. Existe um consenso generalizado sobre as várias consequências deste aumento dos níveis de desinformação, e os problemas causados pela impossibilidade dos cidadãos de acederem a informações fiáveis para fazerem escolhas informadas como: na área da política, podendo favorecer a polarização ideológica da sociedade, ameaçando o sistema democrático; na área da saúde, causando barreiras à partilha e acesso a conteúdos sobre procedimentos médicos a seguir e em casos extremos, estimular uma crise sanitária; e na área social, deturpando uma cidadania informada, devido à pressão exercida sobre o pensamento crítico da sociedade. Tendo em conta esta grande problemática, o grande objetivo desta investigação consiste em avaliar a capacidade para identificar notícias falsas tendo em conta seis determinantes: Consumo dos Media, Confiança nas Fontes de Informação, Confiança na Ciência, Orientação Individualista/Coletivista, Hábitos de Verificação de Factos e Confiança nos Verificadores de Factos. Aplicando uma metodologia quantitativa, baseada num processo hipotético-dedutivo, suportado por inquérito por questionário autoadministrado online, estudamos estas determinantes numa amostra de 377 participantes. Os resultados evidenciam que a maior parte dos inquiridos não possui capacidade suficiente para detetar notícias falsas, uma vez que 95,8% dos inquiridos obteve uma classificação de “muito insuficiente” ou “insuficiente” nesse diagnóstico. Dos seis determinantes mencionados apenas o Consumo de Media, a Confiança nos Media Tradicionais e Digitais, a Confiança nos Cientistas e os Hábitos de Verificação de Factos revelaram diferenças estatisticamente significativas nos diferentes escalões de diagnóstico. No Consumo de Media, concluiu-se que pessoas que vêm televisão com mais frequência têm tendência a ter uma melhor capacidade para identificar notícias falsas, bem como as pessoas que Confiam nos Media Tradicionais e nos Media Digitais. No que diz respeito à Confiança na Ciência, os resultados evidenciaram que níveis mais elevados de confiança também produzem melhores resultados na verificação de factos. Inquiridos com hábitos de verificação de factos mais assíduos nas redes sociais também tem médias mais altas na avaliação das notícias falsas. Estes resultados evidenciam um cenário preocupante e favorável à expressão contínua da desinformação, potenciando riscos nas áreas sociais, económicas políticas e também na área da saúde, tornando urgente o desenvolvimento de estratégias de combate à desinformação.
id RCAP_08807893fcdd7f0ed9be8dc5cf2d6ba0
oai_identifier_str oai:recipp.ipp.pt:10400.22/23767
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
repository_id_str https://opendoar.ac.uk/repository/7160
spelling A influência da verificação de factos e da orientação coletivista/individualista na capacidade para detetar notícias falsasNotícias falsasPós-verdadeVerificadores de factosIndividualismoColetivismoFake newsIndividualismCollectivismPost-truthFact-checkingA transformação digital e a intensificação de uso das redes sociais como canal de distribuição de notícias, tornam as notícias falsas num problema crescente. Existe um consenso generalizado sobre as várias consequências deste aumento dos níveis de desinformação, e os problemas causados pela impossibilidade dos cidadãos de acederem a informações fiáveis para fazerem escolhas informadas como: na área da política, podendo favorecer a polarização ideológica da sociedade, ameaçando o sistema democrático; na área da saúde, causando barreiras à partilha e acesso a conteúdos sobre procedimentos médicos a seguir e em casos extremos, estimular uma crise sanitária; e na área social, deturpando uma cidadania informada, devido à pressão exercida sobre o pensamento crítico da sociedade. Tendo em conta esta grande problemática, o grande objetivo desta investigação consiste em avaliar a capacidade para identificar notícias falsas tendo em conta seis determinantes: Consumo dos Media, Confiança nas Fontes de Informação, Confiança na Ciência, Orientação Individualista/Coletivista, Hábitos de Verificação de Factos e Confiança nos Verificadores de Factos. Aplicando uma metodologia quantitativa, baseada num processo hipotético-dedutivo, suportado por inquérito por questionário autoadministrado online, estudamos estas determinantes numa amostra de 377 participantes. Os resultados evidenciam que a maior parte dos inquiridos não possui capacidade suficiente para detetar notícias falsas, uma vez que 95,8% dos inquiridos obteve uma classificação de “muito insuficiente” ou “insuficiente” nesse diagnóstico. Dos seis determinantes mencionados apenas o Consumo de Media, a Confiança nos Media Tradicionais e Digitais, a Confiança nos Cientistas e os Hábitos de Verificação de Factos revelaram diferenças estatisticamente significativas nos diferentes escalões de diagnóstico. No Consumo de Media, concluiu-se que pessoas que vêm televisão com mais frequência têm tendência a ter uma melhor capacidade para identificar notícias falsas, bem como as pessoas que Confiam nos Media Tradicionais e nos Media Digitais. No que diz respeito à Confiança na Ciência, os resultados evidenciaram que níveis mais elevados de confiança também produzem melhores resultados na verificação de factos. Inquiridos com hábitos de verificação de factos mais assíduos nas redes sociais também tem médias mais altas na avaliação das notícias falsas. Estes resultados evidenciam um cenário preocupante e favorável à expressão contínua da desinformação, potenciando riscos nas áreas sociais, económicas políticas e também na área da saúde, tornando urgente o desenvolvimento de estratégias de combate à desinformação.Oliveira, Luciana Gomes deREPOSITÓRIO P.PORTOBernardo, Sílvia da Rocha2023-10-25T07:48:25Z2023-07-182023-07-18T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.22/23767urn:tid:203372476porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiainstacron:RCAAP2025-03-07T10:11:47Zoai:recipp.ipp.pt:10400.22/23767Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireinfo@rcaap.ptopendoar:https://opendoar.ac.uk/repository/71602025-05-29T00:40:44.918339Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiafalse
dc.title.none.fl_str_mv A influência da verificação de factos e da orientação coletivista/individualista na capacidade para detetar notícias falsas
title A influência da verificação de factos e da orientação coletivista/individualista na capacidade para detetar notícias falsas
spellingShingle A influência da verificação de factos e da orientação coletivista/individualista na capacidade para detetar notícias falsas
Bernardo, Sílvia da Rocha
Notícias falsas
Pós-verdade
Verificadores de factos
Individualismo
Coletivismo
Fake news
Individualism
Collectivism
Post-truth
Fact-checking
title_short A influência da verificação de factos e da orientação coletivista/individualista na capacidade para detetar notícias falsas
title_full A influência da verificação de factos e da orientação coletivista/individualista na capacidade para detetar notícias falsas
title_fullStr A influência da verificação de factos e da orientação coletivista/individualista na capacidade para detetar notícias falsas
title_full_unstemmed A influência da verificação de factos e da orientação coletivista/individualista na capacidade para detetar notícias falsas
title_sort A influência da verificação de factos e da orientação coletivista/individualista na capacidade para detetar notícias falsas
author Bernardo, Sílvia da Rocha
author_facet Bernardo, Sílvia da Rocha
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Oliveira, Luciana Gomes de
REPOSITÓRIO P.PORTO
dc.contributor.author.fl_str_mv Bernardo, Sílvia da Rocha
dc.subject.por.fl_str_mv Notícias falsas
Pós-verdade
Verificadores de factos
Individualismo
Coletivismo
Fake news
Individualism
Collectivism
Post-truth
Fact-checking
topic Notícias falsas
Pós-verdade
Verificadores de factos
Individualismo
Coletivismo
Fake news
Individualism
Collectivism
Post-truth
Fact-checking
description A transformação digital e a intensificação de uso das redes sociais como canal de distribuição de notícias, tornam as notícias falsas num problema crescente. Existe um consenso generalizado sobre as várias consequências deste aumento dos níveis de desinformação, e os problemas causados pela impossibilidade dos cidadãos de acederem a informações fiáveis para fazerem escolhas informadas como: na área da política, podendo favorecer a polarização ideológica da sociedade, ameaçando o sistema democrático; na área da saúde, causando barreiras à partilha e acesso a conteúdos sobre procedimentos médicos a seguir e em casos extremos, estimular uma crise sanitária; e na área social, deturpando uma cidadania informada, devido à pressão exercida sobre o pensamento crítico da sociedade. Tendo em conta esta grande problemática, o grande objetivo desta investigação consiste em avaliar a capacidade para identificar notícias falsas tendo em conta seis determinantes: Consumo dos Media, Confiança nas Fontes de Informação, Confiança na Ciência, Orientação Individualista/Coletivista, Hábitos de Verificação de Factos e Confiança nos Verificadores de Factos. Aplicando uma metodologia quantitativa, baseada num processo hipotético-dedutivo, suportado por inquérito por questionário autoadministrado online, estudamos estas determinantes numa amostra de 377 participantes. Os resultados evidenciam que a maior parte dos inquiridos não possui capacidade suficiente para detetar notícias falsas, uma vez que 95,8% dos inquiridos obteve uma classificação de “muito insuficiente” ou “insuficiente” nesse diagnóstico. Dos seis determinantes mencionados apenas o Consumo de Media, a Confiança nos Media Tradicionais e Digitais, a Confiança nos Cientistas e os Hábitos de Verificação de Factos revelaram diferenças estatisticamente significativas nos diferentes escalões de diagnóstico. No Consumo de Media, concluiu-se que pessoas que vêm televisão com mais frequência têm tendência a ter uma melhor capacidade para identificar notícias falsas, bem como as pessoas que Confiam nos Media Tradicionais e nos Media Digitais. No que diz respeito à Confiança na Ciência, os resultados evidenciaram que níveis mais elevados de confiança também produzem melhores resultados na verificação de factos. Inquiridos com hábitos de verificação de factos mais assíduos nas redes sociais também tem médias mais altas na avaliação das notícias falsas. Estes resultados evidenciam um cenário preocupante e favorável à expressão contínua da desinformação, potenciando riscos nas áreas sociais, económicas políticas e também na área da saúde, tornando urgente o desenvolvimento de estratégias de combate à desinformação.
publishDate 2023
dc.date.none.fl_str_mv 2023-10-25T07:48:25Z
2023-07-18
2023-07-18T00:00:00Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10400.22/23767
urn:tid:203372476
url http://hdl.handle.net/10400.22/23767
identifier_str_mv urn:tid:203372476
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia
instacron:RCAAP
instname_str FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
collection Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
repository.name.fl_str_mv Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia
repository.mail.fl_str_mv info@rcaap.pt
_version_ 1833600646767443968