Carcinoma da próstata: importância da glicoproteína MUC-1 no prognóstico
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Publication Date: | 2010 |
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Summary: | Introdução: A MUC-1, glicoproteína da membrana celular, tem sido implicada no carcinoma da próstata e está frequentemente sobre-expressa no carcinoma prostático onde a alteração da sua expressão estará associada a mau prognóstico, pelo que tem sido proposta como um novo marcador molecular de prognóstico. Objectivo: Este estudo pretendeu estabelecer o valor prognóstico da expressão imunohistoquímica da MUC-1 no carcinoma da próstata, através da sua validação em biópsias prostáticas. Material e Métodos: Efectuou-se o estudo retrospectivo em 53 biópsias de carcinomas da próstata (pré- ‑terapêutica) diagnosticados no Serviço de Urologia do I.P.O. – Coimbra - F.G., E.P.E.. Procedeu-se à avaliação da expressão imunohistoquímica da MUC-1 em cortes de parafina das biópsias prostáticas, utilizando o anticorpo monoclonal Ma552 Novocastra-Menarini e analisou-se a relação da expressão desta glicoproteína com os factores de prognóstico convencionais (PSA sérico pré-terapêutica, estádio clínico e grau histológico do tumor) e com a recidiva bioquímica e sobrevivência. Resultados: Em 23/53 das biópsias (43%) foi observada a expressão positiva da MUC-1 (≥10% das células) com expressão membranar apical e coexistência de expressão citoplasmática e membranar apical, respectivamente, no epitélio normal da próstata e no carcinoma. No período médio de follow-up de 80 meses ocorreu uma recidiva bioquímica em 35/53 dos doentes (66%) (p=0,624), 17 MUC-1 positivo (48,6%) e 18 MUC-1 negativo (51,4%); 4/47 dos doentes (8,5%) morreram devido ao carcinoma (p=0,901), com igual frequência (n=2 [50%]) em carcinomas MUC-1 positivo e negativo. Conclusões: A expressão imunohistoquímica da MUC-1 no carcinoma da próstata não mostrou ter valor prognóstico no presente estudo (n=53), à semelhança de outros estudos com amostragens idênticas previamente publicados. |
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Carcinoma da próstata: importância da glicoproteína MUC-1 no prognósticoProstate carcinoma: prognostic relevance of glicoprotein MUC-1Carcinoma da próstataMUC-1PrognósticoImunohistoquímicaIntrodução: A MUC-1, glicoproteína da membrana celular, tem sido implicada no carcinoma da próstata e está frequentemente sobre-expressa no carcinoma prostático onde a alteração da sua expressão estará associada a mau prognóstico, pelo que tem sido proposta como um novo marcador molecular de prognóstico. Objectivo: Este estudo pretendeu estabelecer o valor prognóstico da expressão imunohistoquímica da MUC-1 no carcinoma da próstata, através da sua validação em biópsias prostáticas. Material e Métodos: Efectuou-se o estudo retrospectivo em 53 biópsias de carcinomas da próstata (pré- ‑terapêutica) diagnosticados no Serviço de Urologia do I.P.O. – Coimbra - F.G., E.P.E.. Procedeu-se à avaliação da expressão imunohistoquímica da MUC-1 em cortes de parafina das biópsias prostáticas, utilizando o anticorpo monoclonal Ma552 Novocastra-Menarini e analisou-se a relação da expressão desta glicoproteína com os factores de prognóstico convencionais (PSA sérico pré-terapêutica, estádio clínico e grau histológico do tumor) e com a recidiva bioquímica e sobrevivência. Resultados: Em 23/53 das biópsias (43%) foi observada a expressão positiva da MUC-1 (≥10% das células) com expressão membranar apical e coexistência de expressão citoplasmática e membranar apical, respectivamente, no epitélio normal da próstata e no carcinoma. No período médio de follow-up de 80 meses ocorreu uma recidiva bioquímica em 35/53 dos doentes (66%) (p=0,624), 17 MUC-1 positivo (48,6%) e 18 MUC-1 negativo (51,4%); 4/47 dos doentes (8,5%) morreram devido ao carcinoma (p=0,901), com igual frequência (n=2 [50%]) em carcinomas MUC-1 positivo e negativo. Conclusões: A expressão imunohistoquímica da MUC-1 no carcinoma da próstata não mostrou ter valor prognóstico no presente estudo (n=53), à semelhança de outros estudos com amostragens idênticas previamente publicados.Estudo subsidiado pelo Gabinete de Apoio à Investigação (G.A.I.), Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC) (Projecto nº 10/07)Associação Portuguesa de Urologia2010-09info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://hdl.handle.net/10316/14386https://hdl.handle.net/10316/14386porMARQUES, Ana Filipa [et al.] - Carcinoma da próstata: importância da glicoproteína MUC-1 no prognóstico. "Acta Urológica". 27:3 (2010) 11-18Marques, Ana FilipaEspírito Santo, JoanaGomes, AnaCastelo-Branco, NoémiaCarvalho, Linainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiainstacron:RCAAP2021-05-25T07:48:35Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/14386Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireinfo@rcaap.ptopendoar:https://opendoar.ac.uk/repository/71602025-05-29T04:55:01.003108Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiafalse |
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Introdução: A MUC-1, glicoproteína da membrana celular, tem sido implicada no carcinoma da próstata e está frequentemente sobre-expressa no carcinoma prostático onde a alteração da sua expressão estará associada a mau prognóstico, pelo que tem sido proposta como um novo marcador molecular de prognóstico. Objectivo: Este estudo pretendeu estabelecer o valor prognóstico da expressão imunohistoquímica da MUC-1 no carcinoma da próstata, através da sua validação em biópsias prostáticas. Material e Métodos: Efectuou-se o estudo retrospectivo em 53 biópsias de carcinomas da próstata (pré- ‑terapêutica) diagnosticados no Serviço de Urologia do I.P.O. – Coimbra - F.G., E.P.E.. Procedeu-se à avaliação da expressão imunohistoquímica da MUC-1 em cortes de parafina das biópsias prostáticas, utilizando o anticorpo monoclonal Ma552 Novocastra-Menarini e analisou-se a relação da expressão desta glicoproteína com os factores de prognóstico convencionais (PSA sérico pré-terapêutica, estádio clínico e grau histológico do tumor) e com a recidiva bioquímica e sobrevivência. Resultados: Em 23/53 das biópsias (43%) foi observada a expressão positiva da MUC-1 (≥10% das células) com expressão membranar apical e coexistência de expressão citoplasmática e membranar apical, respectivamente, no epitélio normal da próstata e no carcinoma. No período médio de follow-up de 80 meses ocorreu uma recidiva bioquímica em 35/53 dos doentes (66%) (p=0,624), 17 MUC-1 positivo (48,6%) e 18 MUC-1 negativo (51,4%); 4/47 dos doentes (8,5%) morreram devido ao carcinoma (p=0,901), com igual frequência (n=2 [50%]) em carcinomas MUC-1 positivo e negativo. Conclusões: A expressão imunohistoquímica da MUC-1 no carcinoma da próstata não mostrou ter valor prognóstico no presente estudo (n=53), à semelhança de outros estudos com amostragens idênticas previamente publicados. |
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