Aplicação de um processo de análise hierárquica para a avaliação municipal da suscetibilidade a cheias rápidas em Portugal Continental
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| Publication Date: | 2019 |
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| Source: | Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
| Download full: | http://hdl.handle.net/10451/43798 |
Summary: | As cheias rápidas são tipicamente imprevisíveis no espaço e no tempo, o que torna muito complexa a gestão do risco de desastre e a mitigação dos seus impactos. Em Portugal continental, um único evento de cheias rápidas, em 25 e 26 de novembro de 1967, foi responsável por mais de metade de todas as vítimas mortais devidas a cheias, no período coberto pela base de dados DISASTER (1865-2015). Neste estudo pretende-se hierarquizar a suscetibilidade a cheias rápidas em Portugal continental, baseado na construção de um índice municipal. Partindo de um conjunto de sete fatores condicionantes – escoamento acumulado potencial, densidade da rede de drenagem, declive, depósitos aluvionares, grau de impermeabilidade do terreno, litologia de elevada permeabilidade e escoamento anual – e aplicando um processo de análise hierárquica definiu-se de forma empírica, a hierarquia e fatores de ponderação a utilizar no cálculo do índice municipal de suscetibilidade a cheias rápidas (IMSCR). Os valores mais elevados de suscetibilidade municipal a cheias rápidas encontram-se nos municípios com sectores ribeirinhos em bacias hidrográficas de pequena e média dimensão, como sejam: a) Ave, Leça, Tâmega, Tua, Vouga, Mondego e Nabão, nas regiões Norte e Centro; b) Trancão e ribeiras que drenam os municípios de Cascais e Oeiras, na região de Lisboa; e c) Sorraia, Ardila, Odivelas (pertencente à bacia do Sado) e Oeiras (pertencente à bacia do Guadiana), na região Sul. O cruzamento dos valores do IMSCR com os registos de ocorrências e de pessoas afectadas permite identificar os contextos geográficos em que a exposição atua como fator mais relevante que a suscetibilidade na explicação das elevadas perdas observadas. Contudo, também se regista a situação inversa em que, a contextos de elevada suscetibilidade a cheias rápidas correspondem perdas reduzidas. A identificação das condicionantes físicas é fundamental para a compreensão do risco e para a adoção de estratégias de gestão e mitigação que reduzam o impacto das cheias rápidas. |
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Aplicação de um processo de análise hierárquica para a avaliação municipal da suscetibilidade a cheias rápidas em Portugal ContinentalCheias rápidasSuscetibilidadeProcesso de análise hierárquicaNível municipalAs cheias rápidas são tipicamente imprevisíveis no espaço e no tempo, o que torna muito complexa a gestão do risco de desastre e a mitigação dos seus impactos. Em Portugal continental, um único evento de cheias rápidas, em 25 e 26 de novembro de 1967, foi responsável por mais de metade de todas as vítimas mortais devidas a cheias, no período coberto pela base de dados DISASTER (1865-2015). Neste estudo pretende-se hierarquizar a suscetibilidade a cheias rápidas em Portugal continental, baseado na construção de um índice municipal. Partindo de um conjunto de sete fatores condicionantes – escoamento acumulado potencial, densidade da rede de drenagem, declive, depósitos aluvionares, grau de impermeabilidade do terreno, litologia de elevada permeabilidade e escoamento anual – e aplicando um processo de análise hierárquica definiu-se de forma empírica, a hierarquia e fatores de ponderação a utilizar no cálculo do índice municipal de suscetibilidade a cheias rápidas (IMSCR). Os valores mais elevados de suscetibilidade municipal a cheias rápidas encontram-se nos municípios com sectores ribeirinhos em bacias hidrográficas de pequena e média dimensão, como sejam: a) Ave, Leça, Tâmega, Tua, Vouga, Mondego e Nabão, nas regiões Norte e Centro; b) Trancão e ribeiras que drenam os municípios de Cascais e Oeiras, na região de Lisboa; e c) Sorraia, Ardila, Odivelas (pertencente à bacia do Sado) e Oeiras (pertencente à bacia do Guadiana), na região Sul. O cruzamento dos valores do IMSCR com os registos de ocorrências e de pessoas afectadas permite identificar os contextos geográficos em que a exposição atua como fator mais relevante que a suscetibilidade na explicação das elevadas perdas observadas. Contudo, também se regista a situação inversa em que, a contextos de elevada suscetibilidade a cheias rápidas correspondem perdas reduzidas. A identificação das condicionantes físicas é fundamental para a compreensão do risco e para a adoção de estratégias de gestão e mitigação que reduzam o impacto das cheias rápidas.Universidade de Lisboa, Centro de Estudos GeográficosRepositório da Universidade de LisboaSantos, Pedro PintoPereira, SusanaReis, EusébioZêzere, JoséGarcia, RicardoOliveira, SérgioSantos, Mónica2020-06-12T14:21:18Z20192019-01-01T00:00:00Zbook partinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/43798porSantos, Pedro Pinto, Pereira, Susana, Reis, Eusébio [et al] (2019). Aplicação de um processo de análise hierárquica para a avaliação municipal da suscetibilidade a cheias rápidas em Portugal Continental. In: Água e Território: um tributo a Catarina Ramos (pp. 163-180). Lisboa: Centro de Estudos Geográficos, IGOT, Universidade de Lisboa. ISBN: 978-972-636-280-1978-972-636-280-1info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiainstacron:RCAAP2025-03-17T14:21:26Zoai:repositorio.ulisboa.pt:10451/43798Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireinfo@rcaap.ptopendoar:https://opendoar.ac.uk/repository/71602025-05-29T03:09:30.761228Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiafalse |
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