Doentes paliativos nos hospitais públicos portugueses
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Data de Publicação: | 2018 |
Outros Autores: | , , , , , , , , , , , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.14/34194 |
Resumo: | Introdução: A identificação e referenciação precoce dos doentes com necessidades paliativas é fundamental para que em tempo útil possam usufruir da efetividade da intervenção precoce de cuidados paliativos. Referenciar para cuidados Paliativos é um importante, crescente e complexo desafio e processo para a prática dos profissionais de saúde, nomeadamente para os médicos. A falta de informação e formação podem impedir a proatividade no processo de referenciação precoce. Atualmente, existem já alguns instrumentos multidimensionais que ajudam a identificar a população com necessidades paliativas. A pergunta surpresa, validada para Portugal, “Ficaria surpreendido se este doente morresse durante o próximo ano?” é uma ferramenta importante, útil e fiável para esta identificação. Objetivo: determinar a prevalência de doentes adultos com necessidades paliativas internados em hospitais públicos. Como objetivos secundários, determinar o número de doentes referenciados para cuidados paliativos e identificar os motivos de não referenciação destes doentes. Materiais e Métodos: Estudo analítico, observacional e transversal, realizado no primeiro trimestre de 2015 em 11 hospitais do SNS. O instrumento de colheita de dados consistiu num questionário com caracterização demográfica e clinica, a pergunta surpresa relativa a 1 ano, 6 e 1 mês e, 15 dias, e 19 possíveis motivos para não referenciação dos doentes. Os dados recolhidos forma analisados com recurso à estatística descritiva e analítica, considerando-se significância estatística se p<0.05. Resultados: De um total de 1273 doentes, 51.4% eram doentes com necessidades paliativas, a maioria proveniente dos serviços de oncologia (79.3%) e medicina (62.3%), e maioritariamente com doença oncológica (67.2%). Apenas estavam referenciados 6.8 a 9.9% dos doentes, maioritariamente oncológicos (15.1%) ou com 15 ou menos dias de vida (9.8%). Os cinco principais motivos para não referenciação foram: ainda estar a fazer tratamento ativo (61.5%), “ainda se poder fazer alguma coisa do ponto de vista curativo” (40.9%), o doente estar controlado a nível sintomático (33.2%), ainda não estar a morrer (27.6%) e os cuidados paliativos não serem uma mais-valia para o doente (15.4%). Conclusão: Elevada prevalência de doentes e baixa taxa de referenciação. É necessária e imperiosa a formação e capacitação dos profissionais de saúde para uma adequada identificação e referenciação e tempo útil dos doentes com necessidades paliativas. |
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Doentes paliativos nos hospitais públicos portuguesesPalliative patients in Portuguese public hospitalsCuidados paliativosReferenciaçãoDoença terminalPalliative careReferral and consultationTerminally IllIntrodução: A identificação e referenciação precoce dos doentes com necessidades paliativas é fundamental para que em tempo útil possam usufruir da efetividade da intervenção precoce de cuidados paliativos. Referenciar para cuidados Paliativos é um importante, crescente e complexo desafio e processo para a prática dos profissionais de saúde, nomeadamente para os médicos. A falta de informação e formação podem impedir a proatividade no processo de referenciação precoce. Atualmente, existem já alguns instrumentos multidimensionais que ajudam a identificar a população com necessidades paliativas. A pergunta surpresa, validada para Portugal, “Ficaria surpreendido se este doente morresse durante o próximo ano?” é uma ferramenta importante, útil e fiável para esta identificação. Objetivo: determinar a prevalência de doentes adultos com necessidades paliativas internados em hospitais públicos. Como objetivos secundários, determinar o número de doentes referenciados para cuidados paliativos e identificar os motivos de não referenciação destes doentes. Materiais e Métodos: Estudo analítico, observacional e transversal, realizado no primeiro trimestre de 2015 em 11 hospitais do SNS. O instrumento de colheita de dados consistiu num questionário com caracterização demográfica e clinica, a pergunta surpresa relativa a 1 ano, 6 e 1 mês e, 15 dias, e 19 possíveis motivos para não referenciação dos doentes. Os dados recolhidos forma analisados com recurso à estatística descritiva e analítica, considerando-se significância estatística se p<0.05. Resultados: De um total de 1273 doentes, 51.4% eram doentes com necessidades paliativas, a maioria proveniente dos serviços de oncologia (79.3%) e medicina (62.3%), e maioritariamente com doença oncológica (67.2%). Apenas estavam referenciados 6.8 a 9.9% dos doentes, maioritariamente oncológicos (15.1%) ou com 15 ou menos dias de vida (9.8%). Os cinco principais motivos para não referenciação foram: ainda estar a fazer tratamento ativo (61.5%), “ainda se poder fazer alguma coisa do ponto de vista curativo” (40.9%), o doente estar controlado a nível sintomático (33.2%), ainda não estar a morrer (27.6%) e os cuidados paliativos não serem uma mais-valia para o doente (15.4%). Conclusão: Elevada prevalência de doentes e baixa taxa de referenciação. É necessária e imperiosa a formação e capacitação dos profissionais de saúde para uma adequada identificação e referenciação e tempo útil dos doentes com necessidades paliativas.VeritatiCapelas, Manuel LuísSapeta, PaulaMamede, AnaJorge, MartaOliveira, MartaPereira, CátiaSimões, NunoPassos, VilmaMacedo, Ana PaulaMendes, Clara MariaMacedo, ErmelindaMacedo, João CarlosGomes, Maria FilomenaMendes, Maria GoretiEncarnação, Paula CristinaBatista, SandraVilaça, Simão PedroCoelho, Sílvia Patrícia2021-07-20T09:32:08Z2018-01-022018-01-02T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.14/34194por1647-055910.34632/cadernosdesaude.2018.7263info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiainstacron:RCAAP2025-03-13T13:38:23Zoai:repositorio.ucp.pt:10400.14/34194Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireinfo@rcaap.ptopendoar:https://opendoar.ac.uk/repository/71602025-05-29T01:58:10.385426Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiafalse |
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