Aspectos afetivos, sociais e emocionais da personagem Riley, do filme DivertidaMente: considerações acerca do autoconceito e da regulação emocional na infância

• Main Author: Fontes, Bruna Brajato Sandreschi
• Publication Date: 2025
• Format: Bachelor thesis
• Language: por
• Source: Repositório Institucional da PUC_SP
• Download full: https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/44733
• topic: Desenvolvimento infantil; Autoconceito; Regulação emocional

O propósito deste trabalho de conclusão de curso foi buscar refletir sobre o que a literatura no campo da psicologia do desenvolvimento propõe quanto ao desenvolvimento do autoconceito e o processo de regulação emocional no período de transição entre a infância e adolescência. Para isso, procedeu-se a escolha do filme “DivertidaMente”, e especialmente de algumas vivências da personagem principal, Riley, que experimenta novas e desafiadoras situações neste período de vida. Buscou-se a realização de um exercício de interlocução entre partes do filme e obras e artigos de referência sobre o tema na literatura da ciência do desenvolvimento humano. Inicialmente, é feita uma apresentação do tema com seus principais conceitos (desenvolvimento infantil e adolescente, autoconceito e regulação emocional) formulada a partir de um trabalho inicial de revisão bibliográfica, seguida de uma descrição sintética do filme e de reflexões resultantes do exercício de interlocução formulado. No filme DivertidaMente (2015), a personagem Riley passa por um processo de organização do seu autoconceito que vai se tornando mais complexo, favorecendo com que a expressão dos sentimentos por parte da garota se amplie e ela consiga expressar a tristeza, por exemplo, bem como de sua regulação emocional, com outras estratégias para além da distração. Na apresentação inicial da personagem, os elementos que representam seu autoconceito são todos consequência de memórias inteiramente alegres, sendo que no final seu autoconceito e sua autoimagem se mostram mais complexos, envolvendo a alegria, a raiva, a tristeza, o medo e o nojo, ou seja, ela é capaz de se reconhecer a partir de todos esses sentimentos/emoções, e não apenas quando se sente feliz. Quanto aos pais e ao modo como a relação com eles contribui para o processo de desenvolvimento de Riley, é possível identificar transformações no modo como essa relação vai ocorrendo: eles acabam conseguindo validar as frustrações e tristezas da filha que resultam da série de mudanças ocorridas na vida dela, e a acolhem. Riley também expressa dificuldades com a externalização e internalização dos sentimentos, uma vez que reprime a expressão de parte deles e acaba sofrendo. No final do filme, a garota demonstra ter desenvolvido habilidades de regulação emocional e a expressar suas emoções e sentimentos de forma integrada, buscando acolhimento em um lugar seguro para ela, o que também se refletiu em seu autoconceito, que passou a comportar características diversas e complexas