Contaminação por matérias estranhas e microrganismos em farináceos vendidos a granel e embalados em Ribeirão Preto-SP
Main Author: | |
---|---|
Publication Date: | 2004 |
Format: | Article |
Language: | por |
Source: | Revista do Instituto Adolfo Lutz (Online) |
Download full: | https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/34824 |
Summary: | Considerando a importância, em termos de saúde pública,da qualidade dos alimentos e os riscos que estes podem trazerocasionalmente à saúde da população, aliado ao fato de osfarináceos serem alimentos altamente energéticos e consumidospela maioria da população, o presente trabalho teve comoobjetivo verificar as condições higiênico-sanitárias dosfarináceos comercializados no município de Ribeirão Preto-SP.Foram avaliados os níveis de contaminação por matériasestranhas e por microrganismos presentes nos produtos, os quais foram comparados segundo o tipo de estabelecimento ede acondicionamento e estações do ano. Foram analisadas 320amostras de quatro diferentes tipos de farináceos, sendo 160amostras a granel e 160 embaladas. Estes produtos foramcolhidos em feiras livres, no mercado municipal, emsupermercados e nas mercearias, totalizando 80 produtos paracada local de coleta, sendo 20 de farinha de milho, 20 de fubá, 20de farinha de mandioca crua e 20 de polvilho azedo. O períodode coleta foi de fevereiro de 2001 a janeiro de 2002. Para as análises microbiológicas foram empregadas técnicaspreconizadas no Compendium of Methods for MicrobiologicalExamination of Foods (APHA, 1992) e para as análisesmicroscópicas foram utilizados métodos descritos na Associationof Official Analytical Chemists International (AOACInternational, 2000). Das 320 amostras analisadas, 34,7% estavamem desacordo com a legislação em alguma das análises ou emambas, sendo 31,6% pela análise microscópica e 4,4%, pelamicrobiológica. O farináceo mais contaminado foi o polvilho(55,0%), seguido do fubá (31,2%), farinha de mandioca (30,0%)e farinha de milho (22,2%). Diferença estatisticamentesignificante entre os tipos de acondicionamento só foiencontrada no fubá, na análise microscópica. Quanto às estações do ano, houve diferença significante na análise microscópica,em todos os produtos, e na microbiológica, apenas para o fubá.Quanto aos tipos de estabelecimentos, não houve diferençasignificante dos níveis de contaminação e produtos. Sãonecessários programas de educação e treinamentos direcionadosaos fabricantes e comerciantes, enfocando o controle dasmatérias-primas, os cuidados em cada etapa do processamento,a higiene dos equipamentos, as condições ambientais, o ataquedas pragas; orientando-os sobre os fatores que influem sobre aqualidade desses farináceos, além do alerta aos consumidorescom relação a esses problemas. Esses dados poderão servircomo subsídios à ação da Vigilância Sanitária local, contribuindopara a melhoria dos produtos comercializados no município. |
id |
IAL_9c93d9efe1cf7a08e9ab13dbd2da5106 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs.periodicos.saude.sp.gov.br:article/34824 |
network_acronym_str |
IAL |
network_name_str |
Revista do Instituto Adolfo Lutz (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Contaminação por matérias estranhas e microrganismos em farináceos vendidos a granel e embalados em Ribeirão Preto-SPmatérias estranhasmicrorganismosfarináceosConsiderando a importância, em termos de saúde pública,da qualidade dos alimentos e os riscos que estes podem trazerocasionalmente à saúde da população, aliado ao fato de osfarináceos serem alimentos altamente energéticos e consumidospela maioria da população, o presente trabalho teve comoobjetivo verificar as condições higiênico-sanitárias dosfarináceos comercializados no município de Ribeirão Preto-SP.Foram avaliados os níveis de contaminação por matériasestranhas e por microrganismos presentes nos produtos, os quais foram comparados segundo o tipo de estabelecimento ede acondicionamento e estações do ano. Foram analisadas 320amostras de quatro diferentes tipos de farináceos, sendo 160amostras a granel e 160 embaladas. Estes produtos foramcolhidos em feiras livres, no mercado municipal, emsupermercados e nas mercearias, totalizando 80 produtos paracada local de coleta, sendo 20 de farinha de milho, 20 de fubá, 20de farinha de mandioca crua e 20 de polvilho azedo. O períodode coleta foi de fevereiro de 2001 a janeiro de 2002. Para as análises microbiológicas foram empregadas técnicaspreconizadas no Compendium of Methods for MicrobiologicalExamination of Foods (APHA, 1992) e para as análisesmicroscópicas foram utilizados métodos descritos na Associationof Official Analytical Chemists International (AOACInternational, 2000). Das 320 amostras analisadas, 34,7% estavamem desacordo com a legislação em alguma das análises ou emambas, sendo 31,6% pela análise microscópica e 4,4%, pelamicrobiológica. O farináceo mais contaminado foi o polvilho(55,0%), seguido do fubá (31,2%), farinha de mandioca (30,0%)e farinha de milho (22,2%). Diferença estatisticamentesignificante entre os tipos de acondicionamento só foiencontrada no fubá, na análise microscópica. Quanto às estações do ano, houve diferença significante na análise microscópica,em todos os produtos, e na microbiológica, apenas para o fubá.Quanto aos tipos de estabelecimentos, não houve diferençasignificante dos níveis de contaminação e produtos. Sãonecessários programas de educação e treinamentos direcionadosaos fabricantes e comerciantes, enfocando o controle dasmatérias-primas, os cuidados em cada etapa do processamento,a higiene dos equipamentos, as condições ambientais, o ataquedas pragas; orientando-os sobre os fatores que influem sobre aqualidade desses farináceos, além do alerta aos consumidorescom relação a esses problemas. Esses dados poderão servircomo subsídios à ação da Vigilância Sanitária local, contribuindopara a melhoria dos produtos comercializados no município.Instituto Adolfo Lutz2004-12-30info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/34824Instituto Adolfo Lutz Journal - RIAL; Vol. 63 No. 1 (2004); 122-123Revista del Instituto Adolfo Lutz - RIAL; Vol. 63 Núm. 1 (2004); 122-123Revista do Instituto Adolfo Lutz; v. 63 n. 1 (2004); 122-1231983-38140073-985510.18241/rial.v63i1reponame:Revista do Instituto Adolfo Lutz (Online)instname:Instituto Adolfo Lutzinstacron:IALporhttps://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/34824/33333Copyright (c) 2004 Prado, S.P.T.info:eu-repo/semantics/openAccessS.P.T., Prado, 2024-03-08T13:38:47Zoai:ojs.periodicos.saude.sp.gov.br:article/34824Revistahttps://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/indexPUBhttps://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/oairial@saude.sp.gov.brhttps://doi.org/10.53393/rial1983-38140073-9855opendoar:2024-03-08T13:38:47Revista do Instituto Adolfo Lutz (Online) - Instituto Adolfo Lutzfalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Contaminação por matérias estranhas e microrganismos em farináceos vendidos a granel e embalados em Ribeirão Preto-SP |
title |
Contaminação por matérias estranhas e microrganismos em farináceos vendidos a granel e embalados em Ribeirão Preto-SP |
spellingShingle |
Contaminação por matérias estranhas e microrganismos em farináceos vendidos a granel e embalados em Ribeirão Preto-SP S.P.T., Prado, matérias estranhas microrganismos farináceos |
title_short |
Contaminação por matérias estranhas e microrganismos em farináceos vendidos a granel e embalados em Ribeirão Preto-SP |
title_full |
Contaminação por matérias estranhas e microrganismos em farináceos vendidos a granel e embalados em Ribeirão Preto-SP |
title_fullStr |
Contaminação por matérias estranhas e microrganismos em farináceos vendidos a granel e embalados em Ribeirão Preto-SP |
title_full_unstemmed |
Contaminação por matérias estranhas e microrganismos em farináceos vendidos a granel e embalados em Ribeirão Preto-SP |
title_sort |
Contaminação por matérias estranhas e microrganismos em farináceos vendidos a granel e embalados em Ribeirão Preto-SP |
author |
S.P.T., Prado, |
author_facet |
S.P.T., Prado, |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
S.P.T., Prado, |
dc.subject.por.fl_str_mv |
matérias estranhas microrganismos farináceos |
topic |
matérias estranhas microrganismos farináceos |
description |
Considerando a importância, em termos de saúde pública,da qualidade dos alimentos e os riscos que estes podem trazerocasionalmente à saúde da população, aliado ao fato de osfarináceos serem alimentos altamente energéticos e consumidospela maioria da população, o presente trabalho teve comoobjetivo verificar as condições higiênico-sanitárias dosfarináceos comercializados no município de Ribeirão Preto-SP.Foram avaliados os níveis de contaminação por matériasestranhas e por microrganismos presentes nos produtos, os quais foram comparados segundo o tipo de estabelecimento ede acondicionamento e estações do ano. Foram analisadas 320amostras de quatro diferentes tipos de farináceos, sendo 160amostras a granel e 160 embaladas. Estes produtos foramcolhidos em feiras livres, no mercado municipal, emsupermercados e nas mercearias, totalizando 80 produtos paracada local de coleta, sendo 20 de farinha de milho, 20 de fubá, 20de farinha de mandioca crua e 20 de polvilho azedo. O períodode coleta foi de fevereiro de 2001 a janeiro de 2002. Para as análises microbiológicas foram empregadas técnicaspreconizadas no Compendium of Methods for MicrobiologicalExamination of Foods (APHA, 1992) e para as análisesmicroscópicas foram utilizados métodos descritos na Associationof Official Analytical Chemists International (AOACInternational, 2000). Das 320 amostras analisadas, 34,7% estavamem desacordo com a legislação em alguma das análises ou emambas, sendo 31,6% pela análise microscópica e 4,4%, pelamicrobiológica. O farináceo mais contaminado foi o polvilho(55,0%), seguido do fubá (31,2%), farinha de mandioca (30,0%)e farinha de milho (22,2%). Diferença estatisticamentesignificante entre os tipos de acondicionamento só foiencontrada no fubá, na análise microscópica. Quanto às estações do ano, houve diferença significante na análise microscópica,em todos os produtos, e na microbiológica, apenas para o fubá.Quanto aos tipos de estabelecimentos, não houve diferençasignificante dos níveis de contaminação e produtos. Sãonecessários programas de educação e treinamentos direcionadosaos fabricantes e comerciantes, enfocando o controle dasmatérias-primas, os cuidados em cada etapa do processamento,a higiene dos equipamentos, as condições ambientais, o ataquedas pragas; orientando-os sobre os fatores que influem sobre aqualidade desses farináceos, além do alerta aos consumidorescom relação a esses problemas. Esses dados poderão servircomo subsídios à ação da Vigilância Sanitária local, contribuindopara a melhoria dos produtos comercializados no município. |
publishDate |
2004 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2004-12-30 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/34824 |
url |
https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/34824 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/34824/33333 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2004 Prado, S.P.T. info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2004 Prado, S.P.T. |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Instituto Adolfo Lutz |
publisher.none.fl_str_mv |
Instituto Adolfo Lutz |
dc.source.none.fl_str_mv |
Instituto Adolfo Lutz Journal - RIAL; Vol. 63 No. 1 (2004); 122-123 Revista del Instituto Adolfo Lutz - RIAL; Vol. 63 Núm. 1 (2004); 122-123 Revista do Instituto Adolfo Lutz; v. 63 n. 1 (2004); 122-123 1983-3814 0073-9855 10.18241/rial.v63i1 reponame:Revista do Instituto Adolfo Lutz (Online) instname:Instituto Adolfo Lutz instacron:IAL |
instname_str |
Instituto Adolfo Lutz |
instacron_str |
IAL |
institution |
IAL |
reponame_str |
Revista do Instituto Adolfo Lutz (Online) |
collection |
Revista do Instituto Adolfo Lutz (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Revista do Instituto Adolfo Lutz (Online) - Instituto Adolfo Lutz |
repository.mail.fl_str_mv |
rial@saude.sp.gov.br |
_version_ |
1836991962092142592 |