MEDICAMENTALIZAÇÃO NA PANDEMIA DE COVID-19: Consumo de psicofármacos em duas farmácias no sul fluminense
| Main Author: | |
|---|---|
| Publication Date: | 2025 |
| Other Authors: | |
| Format: | Article |
| Language: | por |
| Source: | Psicologia e Saúde em Debate |
| Download full: | https://psicodebate.dpgpsifpm.com.br/index.php/periodico/article/view/1204 |
Summary: | O isolamento social e as mudanças na rotina durante a pandemia de COVID-19 trouxe impactos na saúde mental da população e a medicamentalização foi usada como resposta a este problema. É compreensível que as pessoas enfrentem dificuldades durante períodos de privação social, que podem levar a sintomas como medo, tristeza e ansiedade. Porém é importante ressaltar que a abordagem da saúde mental não deve ser limitada apenas à medicalização. Um estudo foi realizado através de análise documental em duas farmácias no município de Barra Mansa, no Rio de Janeiro, no qual foram quantificados os psicofármacos dispensados antes, durante e após a pandemia de COVID-19. Os resultados obtidos revelaram que na farmácia A de 2018 a 2019 houve uma tendência no aumento do consumo dos psicofármacos, com destaque aos antipsicóticos, porém o consumo total de 2019 a 2020 durante a pandemia de COVID-19 caiu 9,02%. Na farmácia B, no ano de 2020, no auge da pandemia de COVID-19 no Brasil ao ano de 2021, houve uma redução de 26,35% no consumo total de psicofármacos. No período de declínio dos casos da doença em 2022, foi observada uma queda de 3,14% no consumo desses medicamentos, porém o consumo de ansiolíticos aumentou 149%. Estes resultados apresentam apenas um recorte apontando um aumento no consumo de antipsicóticos no período pré-crise e um aumento no consumo de ansiolíticos no período pós-crise, evidenciando a medicamentalização, especialmente projetada ao uso de ansiolíticos devido à dependência e à tolerância que conduzem ao uso prolongado de tais fármacos. |
| id |
FPM-1_ed01dcf8644d2ceddfb8e261e06bd310 |
|---|---|
| oai_identifier_str |
oai:ojs2.psicodebate.dpgpsifpm.com.br:article/1204 |
| network_acronym_str |
FPM-1 |
| network_name_str |
Psicologia e Saúde em Debate |
| repository_id_str |
|
| spelling |
MEDICAMENTALIZAÇÃO NA PANDEMIA DE COVID-19: Consumo de psicofármacos em duas farmácias no sul fluminenseMEDICATION IN THE COVID-19 PANDEMIC: Consumption of psychodrugs in two pharmacies in south fluminenseMEDICAMENTOS EN LA PANDEMIA COVID-19: Consumo de psicodrogas en dos farmacias del sur fluminenseSalud mentalPrescripcionesSars-Cov-2Mental HealthPrescriptionSARS-CoV-2SAÚDE MENTALPRESCRIÇÃOSARS-CoV-2O isolamento social e as mudanças na rotina durante a pandemia de COVID-19 trouxe impactos na saúde mental da população e a medicamentalização foi usada como resposta a este problema. É compreensível que as pessoas enfrentem dificuldades durante períodos de privação social, que podem levar a sintomas como medo, tristeza e ansiedade. Porém é importante ressaltar que a abordagem da saúde mental não deve ser limitada apenas à medicalização. Um estudo foi realizado através de análise documental em duas farmácias no município de Barra Mansa, no Rio de Janeiro, no qual foram quantificados os psicofármacos dispensados antes, durante e após a pandemia de COVID-19. Os resultados obtidos revelaram que na farmácia A de 2018 a 2019 houve uma tendência no aumento do consumo dos psicofármacos, com destaque aos antipsicóticos, porém o consumo total de 2019 a 2020 durante a pandemia de COVID-19 caiu 9,02%. Na farmácia B, no ano de 2020, no auge da pandemia de COVID-19 no Brasil ao ano de 2021, houve uma redução de 26,35% no consumo total de psicofármacos. No período de declínio dos casos da doença em 2022, foi observada uma queda de 3,14% no consumo desses medicamentos, porém o consumo de ansiolíticos aumentou 149%. Estes resultados apresentam apenas um recorte apontando um aumento no consumo de antipsicóticos no período pré-crise e um aumento no consumo de ansiolíticos no período pós-crise, evidenciando a medicamentalização, especialmente projetada ao uso de ansiolíticos devido à dependência e à tolerância que conduzem ao uso prolongado de tais fármacos.Social isolation and changes in routine during the COVID-19 pandemic had impacts on the mental health of the population and medicalization was used as a response to this problem. It is understandable that people face difficulties during periods of social deprivation, which can lead to symptoms such as fear, sadness and anxiety. However, it is important to emphasize that the approach to mental health should not be limited to medicalization alone. A study was carried out through document analysis in two pharmacies in the municipality of Barra Mansa, in Rio de Janeiro, in which the psychotropic drugs dispensed before, during and after the COVID-19 pandemic were quantified. The results obtained revealed that in pharmacy A from 2018 to 2019 there was a tendency towards an increase in the consumption of psychotropic drugs, with emphasis on antipsychotics, however the total consumption from 2019 to 2020 during the COVID-19 pandemic fell by 9.02%. In pharmacy B, in 2020, at the height of the COVID-19 pandemic in Brazil in 2021, there was a 26.35% reduction in the total consumption of psychotropic drugs. During the period of decline in cases of the disease in 2022, a 3.14% drop in the consumption of these medications was observed, but the consumption of anxiolytics increased by 149%. These results only show an increase in the consumption of antipsychotics in the pre-crisis period and an increase in the consumption of anxiolytics in the post-crisis period, highlighting medicalization, especially in the use of anxiolytics due to the dependence and tolerance that lead to prolonged use of these drugs.El aislamiento social y los cambios de rutina durante la pandemia de COVID-19 tuvieron impactos en la salud mental de la población y se utilizó medicalización como respuesta a este problema. Es comprensible que las personas enfrenten dificultades durante períodos de privación social, lo que puede provocar síntomas como miedo, tristeza y ansiedad. Sin embargo, es importante enfatizar que el abordaje de la salud mental no debe limitarse únicamente a la medicalización. Se realizó un estudio mediante análisis documental en dos farmacias del municipio de Barra Mansa, en Río de Janeiro, en el que se cuantificaron los psicofármacos dispensados antes, durante y después de la pandemia de COVID-19. Los resultados obtenidos revelaron que en la farmacia A del 2018 al 2019 hubo una tendencia al aumento en el consumo de psicofármacos, con énfasis en antipsicóticos, sin embargo el consumo total del 2019 al 2020 durante la pandemia de COVID-19 disminuyó en un 9.02 % . En la farmacia B, en 2020, en el pico de la pandemia de COVID-19 en Brasil en 2021, hubo una reducción del 26,35% en el consumo total de psicofármacos. Durante el periodo de descenso de casos de la enfermedad en 2022, se observó una caída del 3,14% en el consumo de estos medicamentos, pero el consumo de ansiolíticos aumentó un 149%. Estos resultados sólo muestran un aumento del consumo de antipsicóticos en el periodo anterior a la crisis y un aumento del consumo de ansiolíticos en el periodo posterior a la crisis, lo que pone de manifiesto la medicalización, especialmente en lo que respecta al uso de ansiolíticos debido a la dependencia y tolerancia que conlleva el uso prolongado de estos fármacos.Faculdade Patos de Minas2025-01-06info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://psicodebate.dpgpsifpm.com.br/index.php/periodico/article/view/120410.22289/2446-922X.V10A2A38Psicologia e Saúde em debate; Vol. 10 No. 2 (2024); 615-637Psicologia e Saúde em debate; Vol. 10 Núm. 2 (2024); 615-637Psicologia e Saúde em debate; v. 10 n. 2 (2024); 615-6372446-922X10.22289/2446-922X.V10N2reponame:Psicologia e Saúde em Debateinstname:Faculdade Patos de Minas (FPM)instacron:FPMporhttps://psicodebate.dpgpsifpm.com.br/index.php/periodico/article/view/1204/759Copyright (c) 2024 Psicologia e Saúde em debatehttps://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessGuimarães Martins Afonso, JéssicaRocha Borges dos Santos, Jaqueline2025-01-06T17:47:03Zoai:ojs2.psicodebate.dpgpsifpm.com.br:article/1204Revistahttp://psicodebate.dpgpsifpm.com.br/index.php/periodicoPRIhttps://psicodebate.dpgpsifpm.com.br/index.php/periodico/oaieditor@dpgpsifpm.com.br2446-922X2446-922Xopendoar:2025-01-06T17:47:03Psicologia e Saúde em Debate - Faculdade Patos de Minas (FPM)false |
| dc.title.none.fl_str_mv |
MEDICAMENTALIZAÇÃO NA PANDEMIA DE COVID-19: Consumo de psicofármacos em duas farmácias no sul fluminense MEDICATION IN THE COVID-19 PANDEMIC: Consumption of psychodrugs in two pharmacies in south fluminense MEDICAMENTOS EN LA PANDEMIA COVID-19: Consumo de psicodrogas en dos farmacias del sur fluminense |
| title |
MEDICAMENTALIZAÇÃO NA PANDEMIA DE COVID-19: Consumo de psicofármacos em duas farmácias no sul fluminense |
| spellingShingle |
MEDICAMENTALIZAÇÃO NA PANDEMIA DE COVID-19: Consumo de psicofármacos em duas farmácias no sul fluminense Guimarães Martins Afonso, Jéssica Salud mental Prescripciones Sars-Cov-2 Mental Health Prescription SARS-CoV-2 SAÚDE MENTAL PRESCRIÇÃO SARS-CoV-2 |
| title_short |
MEDICAMENTALIZAÇÃO NA PANDEMIA DE COVID-19: Consumo de psicofármacos em duas farmácias no sul fluminense |
| title_full |
MEDICAMENTALIZAÇÃO NA PANDEMIA DE COVID-19: Consumo de psicofármacos em duas farmácias no sul fluminense |
| title_fullStr |
MEDICAMENTALIZAÇÃO NA PANDEMIA DE COVID-19: Consumo de psicofármacos em duas farmácias no sul fluminense |
| title_full_unstemmed |
MEDICAMENTALIZAÇÃO NA PANDEMIA DE COVID-19: Consumo de psicofármacos em duas farmácias no sul fluminense |
| title_sort |
MEDICAMENTALIZAÇÃO NA PANDEMIA DE COVID-19: Consumo de psicofármacos em duas farmácias no sul fluminense |
| author |
Guimarães Martins Afonso, Jéssica |
| author_facet |
Guimarães Martins Afonso, Jéssica Rocha Borges dos Santos, Jaqueline |
| author_role |
author |
| author2 |
Rocha Borges dos Santos, Jaqueline |
| author2_role |
author |
| dc.contributor.author.fl_str_mv |
Guimarães Martins Afonso, Jéssica Rocha Borges dos Santos, Jaqueline |
| dc.subject.por.fl_str_mv |
Salud mental Prescripciones Sars-Cov-2 Mental Health Prescription SARS-CoV-2 SAÚDE MENTAL PRESCRIÇÃO SARS-CoV-2 |
| topic |
Salud mental Prescripciones Sars-Cov-2 Mental Health Prescription SARS-CoV-2 SAÚDE MENTAL PRESCRIÇÃO SARS-CoV-2 |
| description |
O isolamento social e as mudanças na rotina durante a pandemia de COVID-19 trouxe impactos na saúde mental da população e a medicamentalização foi usada como resposta a este problema. É compreensível que as pessoas enfrentem dificuldades durante períodos de privação social, que podem levar a sintomas como medo, tristeza e ansiedade. Porém é importante ressaltar que a abordagem da saúde mental não deve ser limitada apenas à medicalização. Um estudo foi realizado através de análise documental em duas farmácias no município de Barra Mansa, no Rio de Janeiro, no qual foram quantificados os psicofármacos dispensados antes, durante e após a pandemia de COVID-19. Os resultados obtidos revelaram que na farmácia A de 2018 a 2019 houve uma tendência no aumento do consumo dos psicofármacos, com destaque aos antipsicóticos, porém o consumo total de 2019 a 2020 durante a pandemia de COVID-19 caiu 9,02%. Na farmácia B, no ano de 2020, no auge da pandemia de COVID-19 no Brasil ao ano de 2021, houve uma redução de 26,35% no consumo total de psicofármacos. No período de declínio dos casos da doença em 2022, foi observada uma queda de 3,14% no consumo desses medicamentos, porém o consumo de ansiolíticos aumentou 149%. Estes resultados apresentam apenas um recorte apontando um aumento no consumo de antipsicóticos no período pré-crise e um aumento no consumo de ansiolíticos no período pós-crise, evidenciando a medicamentalização, especialmente projetada ao uso de ansiolíticos devido à dependência e à tolerância que conduzem ao uso prolongado de tais fármacos. |
| publishDate |
2025 |
| dc.date.none.fl_str_mv |
2025-01-06 |
| dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
| format |
article |
| status_str |
publishedVersion |
| dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://psicodebate.dpgpsifpm.com.br/index.php/periodico/article/view/1204 10.22289/2446-922X.V10A2A38 |
| url |
https://psicodebate.dpgpsifpm.com.br/index.php/periodico/article/view/1204 |
| identifier_str_mv |
10.22289/2446-922X.V10A2A38 |
| dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
| language |
por |
| dc.relation.none.fl_str_mv |
https://psicodebate.dpgpsifpm.com.br/index.php/periodico/article/view/1204/759 |
| dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2024 Psicologia e Saúde em debate https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 info:eu-repo/semantics/openAccess |
| rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2024 Psicologia e Saúde em debate https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 |
| eu_rights_str_mv |
openAccess |
| dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
| dc.publisher.none.fl_str_mv |
Faculdade Patos de Minas |
| publisher.none.fl_str_mv |
Faculdade Patos de Minas |
| dc.source.none.fl_str_mv |
Psicologia e Saúde em debate; Vol. 10 No. 2 (2024); 615-637 Psicologia e Saúde em debate; Vol. 10 Núm. 2 (2024); 615-637 Psicologia e Saúde em debate; v. 10 n. 2 (2024); 615-637 2446-922X 10.22289/2446-922X.V10N2 reponame:Psicologia e Saúde em Debate instname:Faculdade Patos de Minas (FPM) instacron:FPM |
| instname_str |
Faculdade Patos de Minas (FPM) |
| instacron_str |
FPM |
| institution |
FPM |
| reponame_str |
Psicologia e Saúde em Debate |
| collection |
Psicologia e Saúde em Debate |
| repository.name.fl_str_mv |
Psicologia e Saúde em Debate - Faculdade Patos de Minas (FPM) |
| repository.mail.fl_str_mv |
editor@dpgpsifpm.com.br |
| _version_ |
1832010620702031872 |