Tempo de execução de endoscopia e sua relação com as características clínicas e endoscópicas de pacientes com hemorragia digestiva alta não varicosa por úlcera péptica em um hospital terciário no nordeste do Brasil

• Autor(a) principal: Gurgel, Rafael Lopes
• Data de Publicação: 2024
• Outros Autores: Jorge, Roberta Jeane Bezerra, Carmo, Gardênia Costa do, Chaves, Hellíada Vasconcelos, Mendonça Filho, Valder Cavalcante Maia, Goes, Paula, Bezerra, Mirna Marques
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
• Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/71405
• topic: endoscopia gastrointestinal; sangramento gastrointestinal; úlcera péptica; epidemiologia; hospitalização

Antecedentes e objetivos: O sangramento gastrointestinal alto não varicoso (SGNAV) é uma causa significativa de morbidade e mortalidade. Este estudo analisou o impacto da endoscopia digestiva alta precoce (EDA) em desfechos de pacientes com SGNAV devido à doença ulcerosa péptica (DUP) no nordeste do Brasil. Métodos: Estudo de coorte retrospectivo com dados de pacientes admitidos no Hospital Regional Norte em Sobral, Ceará, Brasil, de agosto de 2018 a julho de 2019. Incluiu 67 pacientes com SGNAV, divididos em dois grupos: EDA em menos de 12 horas (G1) e entre 12 e 48 horas (G2) após a chegada ao hospital. Resultados: 76% dos pacientes eram homens e 50,7% tinham menos de 60 anos. Houve significância entre o tempo de EDA e a necessidade de transfusão, além de uma associação com níveis de hematócrito e hemoglobina. O grupo G2 teve uma estadia hospitalar mais longa (6±5 dias) comparado ao grupo G1 (4±3 dias). A taxa de mortalidade foi de 7,4%. As características endoscópicas mostraram maior classificação de Forrest II no G1 e Forrest III no G2, sem significância. O escore de Rockall não se associou ao tempo de EDA. Conclusão: Os pacientes do grupo G2 necessitaram mais transfusões, apresentaram piores índices hematimétricos, estadias hospitalares mais longas e maior taxa de mortalidade, indicando maior necessidade de cuidados médicos e hospitalares.