Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Barbosa, Vanessa Ribeiro Pires |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23160/tde-23082021-132307/
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Resumo: |
Introdução e objetivo: A terapia pulpar em dentes decíduos ainda é um procedimento muitas vezes necessário, mas não existe um consenso sobre o melhor material de obturação. Um dos materiais bastante utilizados no Brasil é a Pasta Guedes-Pinto (PGP), uma pasta a base de iodofórmio, paramonoclorofenol canforado, prednisolona e um antibiótico, a rifamicina. No entanto, a legislação corrente brasileira tem dificultado a comercialização de antibióticos. Portanto, o objetivo do presente estudo foi comparar, através de um estudo clínico randomizado, o sucesso da pulpectomia em molares decíduos realizados com a PGP sem a rifamicina, comparado ao tratamento realizado com a PGP convencional. Material e métodos: O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (parecer 2.523.030) e o protocolo registrado no Clinical Trials (NCT03839485). Foram incluídos no estudo molares decíduos com necessidade de pulpectomia, de crianças que procuraram o serviço odontológico do município de Cubatão/SP e da Universidade de São Paulo. Foi realizado estudo clínico randomizado triplo-cego de não inferioridade com dois braços paralelos, com 6 meses de acompanhamento. O grupo experimental foi a PGP formulada sem o antibiótico, enquanto o grupo controle foi a PGP convencional, contendo a rifamicina. O tratamento foi realizado por duas operadoras treinadas, utilizando instrumentação manual convencional associada a substâncias químicas auxiliares. Ao final da instrumentação, o dente era randomizado para um dos grupos. O desfecho primário foi o sucesso clínico e radiográfico do tratamento endodôntico após 6 meses. A comparação da ocorrência de insucesso entre os grupos foi avaliada considerando os valores de p unicaudais obtidos em análise de regressão logística (teste de Wald) ajustada pelo cluster (mais de um dente por criança). Resultados: Foram randomizados 100 molares decíduos, sendo 50 em cada grupo, de 76 crianças entre 4 e 9 anos de idade. A taxa de sucesso após 6 meses da PGP convencional foi de 85,7% e da PGP sem antibiótico foi de 91,8%, sem diferenças estatisticamente significantes (p= 0,830). Conclusão: A pulpectomia de molares decíduos obturada com PGP sem rifamicina parece não ser inferior a PGP convencional após 6 meses de acompanhamento. |