Infecções maxilo-faciais: diagnóstico e tratamento em 42 pacientes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Martini, Marcelo Zillo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23139/tde-22032010-092328/
Resumo: As infecções maxilo-faciais são condições clínicas graves, de ocorrência relativa comum, caracterizadas pela rápida disseminação do processo infeccioso aos tecidos adjacentes e espaços fasciais da região de cabeça e pescoço, podendo resultar em complicações diversas ou mesmo levar ao óbito. Sua causa é geralmente odontogênica. O objetivo deste estudo foi avaliar dados referentes às causas, características clínicas, manifestações clínicas e eficácia do tratamento realizado em 42 pacientes admitidos com infecção maxilo-facial no Departamento de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial do Hospital Tatuapé, São Paulo, no período de março de 2005 a fevereiro de 2006. Houve predomínio de infecções maxilo-faciais em adultos jovens, afetando ambos os sexos com igual freqüência. A média de idade dos pacientes foi de 27,6 anos. As infecções odontogênicas (83,3%), com predomínio das infecções periapicais, foram as principais causas das infecções maxilo-faciais, havendo maior acometimento da região mandibular (78,6%). As manifestações clínicas mais comuns encontradas nos registros foram o edema acentuado (97,6%), trismo (52,4%) e prostração (47,6%). Os pacientes diabéticos não-controlados apresentaram tempo de internação maior quando comparados ao dos pacientes não-diabéticos (P = 0,001). Em 76,2% dos casos, o tratamento preferencialmente instituído foi a drenagem cirúrgica complementada por antibioticoterapia endovenosa e remoção da causa (exodontia ou fixação das fraturas), sendo efetiva com baixo índice de complicações. Houve apenas 1 caso de óbito decorrente de quadro clínico sistêmico desfavorável.