Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Nobrega, Vitor Augusto |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8139/tde-13022019-162354/
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Resumo: |
Investigamos, nesta tese, as bases filogenéticas do léxico humano e o modo como elas foram articuladas às habilidades combinatoriais no curso da evolução. Partimos de uma avaliação da interação entre o léxico e a sintaxe com o intuito de determinar quanto da derivação sintática é dependente de informações lexicais e, em que medida, as propostas disponíveis são coerentes com o desenvolvimento evolutivo humano. Nosso objetivo principal é fornecer uma hipótese para a interface entre o léxico e a sintaxe que seja explicativa e evolutivamente adequada. Para esclarecer as discordâncias empíricas e teóricas observadas, propomos, em contrapartida, uma nova abordagem para a gramática, a Abordagem Isomórfica. Argumentamos que o léxico humano decorre do agrupamento de um conjunto de sistemas pré-adaptados que evoluíram separadamente um sistema conceitual-intencional, um sistema sensório-motor e um sistema funcional, cuja integração é um produto direto da emergência de um sistema combinatorial recursivo. Operacionalmente, buscamos, com essa abordagem, reduzir a influência lexical na formação de um objeto linguístico, na tentativa de assegurar uma isonomia funcional entre o léxico e a sintaxe. Motivamos, adicionalmente, a exaptação de um sistema responsável por derivar as unidades discretas empregadas pelo sistema combinatorial, a que damos o nome de sistema funcional. Compartilhado com primatas não humanos, o sistema funcional justifica-se pelo paralelismo entre a denotação rígida das vocalizações de alerta de primatas não humanos e o conteúdo fixo das unidades funcionais da linguagem humana. Propomos, com base nessa correlação, que os mecanismos cognitivos subjacentes aos sistemas de vocalização primata, instanciados pelo sistema funcional, correspondem aos precursores filogenéticos dos traços formais. Funcionalmente, essa nova abordagem incorpora a visão neoconstrucionista de que a derivação da estrutura sintática independe de informações codificadas nas entradas lexicais. Tal conjectura assegura a autonomia funcional da sintaxe, o que, como resultado, nos aproxima do caminho para se ir além da adequação explicativa. |