Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Doneida, Victor Carlos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17157/tde-21022025-103815/
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Resumo: |
Medicamentos consomem grande parte do orçamento destinado à saúde. Decisões sobre a incorporação de tecnologias devem incluir uma análise de custo atenta por toda a sociedade, em especial pelos gestores públicos. As farmácias vivas são um modelo inovador de serviço em saúde, habilitado a realizar todas as etapas produtivas de um fitoterápico, desde o cultivo das plantas medicinais até o medicamento. Embora estejam instituídas desde 2010, não há estudos de custeio da produção de fitoterápicos nessas organizações na literatura indexada. O objetivo deste estudo foi custear a produção de dez fitoterápicos na farmácia viva Farmácia da Natureza. A pesquisa de campo adotada foi o estudo de caso e, para a avaliação dos custos, aplicou-se a metodologia de custeio baseado em atividade (ABC - activity-based cost). O custeio foi realizado com base em dados internos (consumo de recursos e tempo para cada atividade) da Farmácia da Natureza e externos (salários) da Prefeitura de Jardinópolis-SP, onde se localiza a farmácia viva. Para o levantamento, utilizaram-se os dados do ano base de 2022. A pesquisa demonstrou que os custos para a produção dos fitoterápicos variaram entre R$1,59 a R$14,18 (preparação extemporânea de Cymbopogon citratus e extrato fluido de Melissa officinalis, respectivamente) variando em função das atividades necessárias a cada produto. A atividade que agregou mais custos aos fitoterápicos foi a unitarização da formulação, variando de 10% (sabonete de Calendula officinalis) a 42% (tintura de Passiflora incarnata) dos custos finais. Os custos dos fitoterápicos produzidos na farmácia viva mostraram-se menores do que os preços praticados pelas empresas privadas ao mercado público, com economia mínima de 34,33% para o xarope de Mikania laevigata e máxima de 95,18% para as cápsulas com droga vegetal de Curcuma longa. Os resultados sugerem que a organização tecnológica farmácia viva gera acesso a fitoterápicos com custos competitivos, contribuindo diretamente para o novo modelo do complexo econômico-industrial da saúde, integrando saúde pública, direitos sociais e sustentabilidade. |