Exportação concluída — 

O papel dos neurônios aferentes primários na síntese e liberação de prostaglandina E2 no desenvolvimento da hiperalgesia inflamatória

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Araldi, Dionéia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17133/tde-01042025-114635/
Resumo: O objetivo deste estudo foi avaliar se o neurônio nociceptivo primário é responsável pela síntese e liberação de PGEE2 durante o processo inflamatório do tecido periférico e qual isoforma da enzima ciclooxigenase (COX-1 ou COX-2) estaria envolvida neste processo. Também verificamos a importância da IL-1β produzida no gânglio da raiz dorsal (GRD) para o estabelecimento da hipernocicepção inflamatória. Os resultados demonstraram que tanto o inibidor seletivo para COX-1 quanto para COX-2, administrados diretamente no GRD (L5) inibiram a hipernocicepção mecânica inflamatória induzida pela carragenina ou IL-1β, mas não pela PGEE2, administrados localmente no tecido periférico da pata traseira ipsi-lateral de ratos (i.pl.). O tratamento intraganglionar (i.gl.) com ODN antisense (AS), desenhados especificamente contra a expressão de COX-1 ou COX-2, reduziu a expressão destas enzimas no GRD e inibiu a hipernocicepção induzida pela administração local de IL-1β na pata. Confirmando a participação dos neutrófilos na hipernocicepção induzida pela IL-1β no tecido periférico, demonstramos que o pré-tratamento dos ratos com fucoidina preveniu a hipernocicepção induzida pela IL-1β na pata, mas não pela PGEE2 ou IL-1β no GRD. Verificamos também que o pré-tratamento do tecido periférico com antagonistas de receptores EP (receptores de PGs, EPE2 e EPE4) reduziu a hipernocicepção induzida pela administração no GRD-L5 de IL-1β, mas não pela PGEE2. Em um outro bloco de experimentos, demonstramos que a administração periférica de CFA e/ou carragenina (Cg) aumentou a concentração de IL-1β no GRD e a hipernocicepção induzida por estes agentes inflamatórios foi inibida pela administração no GRD do antagonista natural do receptor de IL-1 (IL-1 Ra), demonstrando, desse modo, a importância da liberação endógena de IL-1β no GRD para o desenvolvimento da hiperalgesia inflamatória. Finalmente, a administração de IL-1β no GRD-L5 aumentou a expressão de COX-2 e TRPV1 no mesmo. Estes dados sugerem uma nova função dos neurônios aferentes primários: a síntese e liberação de PGEE2 a qual possui uma ação autócrina no desenvolvimento das hiperalgesias inflamatórias periféricas. Além disso, os resultados apresentados indicam um papel para a IL-1β produzida no GRD durante o estabelecimento da hiperalgesia induzida por inflamação do tecido periférico.