Operacionalização dos recursos, reservas e reconciliação em uma mina de ouro com mineralização em veios estreitos.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Pignatari, Luiz Eduardo Campos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3134/tde-07032023-111638/
Resumo: Com o aumento significativo do preço internacional do ouro, a partir de 2003, grande número de projetos com mineralização em veios estreitos foram concebidos e implantados, por vezes sem uma interpretação adequada dos indicadores tecnológicos de lavra em minas subterrâneas. As dificuldades operacionais da sondagem do corpo mineral em grandes profundidades implicam em reduzido conhecimento da mineralização e baixa assertividade na produção, com elevado nível de imprecisão e diluição. Estas avaliações preliminares e pouco detalhadas ocasionaram o insucesso de inúmeros projetos no Brasil e no mundo, resultantes das imprevisibilidades quando os corpos minerais foram lavrados, com as premissas incorretas adotadas na conversão dos recursos em reservas, com a inadequada definição dos métodos de lavra e inserção dos demais fatores modificadores. A pesquisa realizada neste projeto foi desenvolvida em uma mina subterrânea localizada no sudoeste do Mato Grosso e conhecida como Pau a Pique. Após um início de operação muito difícil em 2011, a operação desenvolveu trabalhos voltados para a evolução do conhecimento da jazida e, mesmo com a paralização da empresa em final de 2014 e com a venda do projeto e posterior retomada em 2017, atingiu uma operação superavitária, com um programa de produção viável para o triênio de 2018 a 2020,o que foi demostrado por meio dos resultados reconciliados na operação da mina em 2018 e 2019, bem como na análise do orçamento de produção e custos de 2020. Comprovou-se que somente é possível operacionalizar o recurso mineral e torná-lo mais representativo, se o conhecimento do comportamento do corpo mineral in loco for incrementado, através do desenvolvimento de diversas técnicas para melhoria da qualidade da informação para tomada de decisões estratégicas. O objetivo principal deste trabalho foi estabelecer uma sequência de estudos para adensar o conhecimento sobre o maciço rochoso, a mineralização, o comportamento estrutural e geotécnico, os procedimentos de amostragem e demais aspectos tecnológicos. Para tanto, foi proposta a implantação de um sistema de planejamento e operação da mina subterrânea, com a revisão dos modelos de médio e curto prazos, dos desenhos dos realces, das diluições planejadas e operacionais, do sequenciamento da mina e da reconciliação da operação, baseado em amostragem sistemática e criteriosa das galerias de desenvolvimento, com definição da massa mínima representativa de amostras e otimização do protocolo de preparação de amostras no laboratório. Quanto ao planejamento da mina, este trabalho propõe uma sequência para a elaboração dos modelos de longo e médio prazo e para o modelo de curto prazo, com uso de um sólido operacionalizado para cada modelo, que será a base da operação e reconciliação da produção da mina. O resultado efetivo do trabalho proposto é aumentar a segurança durante o processo produtivo, para reduzir ao mínimo a diluição planejada e operacional, além de garantir aderência ao orçamento da mina.